Considera-se que no início da civilização a arte teria principalmente funções mágicas e rituais, mas ao longo dos séculos e das diferentes culturas tanto conceito como função mudaram de maneira importante, adquirindo componentes estéticos, sociológicos, lúdicos, religiosos, morais, experimentais, pedagógicos, mercantis, psicológicos, políticos e ornamentais, entre outros. O conceito de arte continua hoje em dia objeto de grandes debates, e permanece, a rigor, indefinido. A palavra também é usada para designar simplesmente uma habilidade ou talento especial, como a "arte médica", a "arte da pesca", etc, mas na bibliografia especializada designa geralmente atividades que têm características criativas e estéticas.
O principal problema na definição do que é arte é o fato de que esta definição varia com o tempo e de acordo com as várias culturas humanas. Devemos, pois, ter em mente que a própria definição de arte é uma construção cultural variável e sem significado constante. Até numa mesma época e numa mesma cultura pode haver múltiplas acepções do que é arte. Também é preciso lembrar que muito do que hoje chamamos de arte não era ou não é considerado como tal pelas culturas, diferentes da nossa, que a produziram, e o inverso também é verdadeiro: certas culturas podem produzir objetos artísticos que nós não reconhecemos como tais. As sociedades pré-industriais em geral não possuem ou possuíam sequer um termo para designar arte.1
Numa visão muito simplificada, arte está ligada principalmente a um ou mais dos seguintes aspectos:1
- a manifestação de alguma habilidade especial;
- a criação artificial de algo pelo homem;
- o desencadeamento de algum tipo de resposta no ser humano, como o senso de prazer ou beleza;
- a apresentação de algum tipo de ordem, padrão ou harmonia;
- a transmissão de um senso de novidade e ineditismo;
- a expressão da realidade interior do criador;
- a comunicação de algo sob a forma de uma linguagem especial;
- a noção de valor e importância;
- a excitação da imaginação e a fantasia;
- a indução ou comunicação de uma experiência-pico;
- coisas que possuam reconhecidamente um sentido;
- coisas que deem uma resposta a um dado problema.
Mesmo que se possa estabelecer parâmetros gerais válidos consensualmente, a análise de cada caso pode ser extraordinariamente complexa e inconsistente. Num contexto geográfico, se a cultura ocidental chama de arte a ópera, possivelmente uma cultura não ocidental poderia considerar aquele tipo de canto muito estranho. Na perspectiva histórica, muitas vezes um objeto considerado artístico em uma determinada época pode ser considerado não-artístico em outra.1
História do conceito
No ocidente, um conceito geral de arte, ou seja, aquilo que teriam em comum coisas tão distintas como, por exemplo, um madrigal renascentista, uma catedral gótica, a poesia de Homero, os autos de mistério medievais, um retábulo barroco, só começou a se formar em meados do século XVIII, embora a palavra já estivesse em uso há séculos para designar qualquer habilidade especial.2Na Antiguidade clássica, uma das principais bases da civilização ocidental e a primeira cultura que refletiu sobre o tema, considerava-se arte qualquer atividade que envolvesse uma habilidade especial: habilidade para construir um barco, para comandar um exército, para convencer o público em um discurso, em suma, qualquer atividade que se baseasse em regras definidas e que fosse sujeita a um aprendizado e desenvolvimento técnico. Em contraste, a poesia, por exemplo, não era tida como arte, pois era considerada fruto de uma inspiração.3 Platão definiu arte como uma capacidade de fazer coisas de modo inteligente através de um aprendizado, sendo um reflexo da capacidade criadora do ser humano;4 Aristóteles a definiu como uma disposição de produzir coisas de forma racional, e Quintiliano a entendia como aquilo que era baseado em um método e em uma ordem.5 Já Cassiodoro destacou seu aspecto produtivo e ordenado, assinalando três funções para ela: ensinar, comover e agradar ou dar prazer.6

O Juízo Final, de Michelangelo: a arte veiculando todo um universo simbólico, tendo um propósito educativo
O Maneirismo assinala o início da arte moderna. O conceito de beleza se relativizou, privilegiando-se a visão pessoal e a imaginação do artista em detrimento do conceito mais ou menos unificado e de índole científica do Renascimento. Também se deu valor ao fantástico e ao grotesco. Para Giordano Bruno, havia tantas artes quantos eram os artistas, introduzindo o conceito de originalidade, pois para ele a arte não tem normas, não se aprende e procede da inspiração.9
No século XVIII começou a se consolidar a estética como um elemento-chave para a definição de arte como hoje a entendemos - a despeito da vagueza e inconsistências do conceito. Até então toda a arte do ocidente estava indissociavelmente ligada a uma ou mais funções definidas, ou seja, era uma atividade essencialmente utilitária: servia para a transmissão de conhecimento, para a estruturação e decoração de rituais e festividades, para a invocação ou mediação de poderes espirituais ou mágicos, para o embelezamento de edifícios, locais e cidades, para a distinção social, para a recordação da história e a preservação de tradições, para a educação moral, cívica, religiosa e cultural, para a consagração e perpetuação de valores e ideologias socialmente relevantes, e assim por diante.10
Esta mudança de paradigma estava ligada a transformações culturais desencadeadas pelo cientificismo e pelo iluminismo. Estas correntes de pensamento passaram a defender a tese de que a arte não era uma ciência, não podia descrever com exatidão a realidade, e por isso não poderia ser um veículo adequado para o conhecimento verdadeiro. Não sendo uma ciência, a arte passou para a esfera da emoção, da sensorialidade e do sentimento. A própria origem da palavra estética deriva de um termo grego que significa sensação. Em trabalhos de Jean-Baptiste Dubos, Friedrich von Schlegel, Arthur Schopenhauer, Théophile Gautier e outros nasceu o conceito de arte pela arte, onde ela tinha um fim em si mesma, despojando-a de toda a sua antiga funcionalidade e utilidade prática e associações com a moral. Ao mesmo tempo em que isso abriu um novo e rico campo filosófico, gerou dificuldades importantes: perdeu-se a capacidade de se entender a arte antiga em seu próprio contexto, onde ela era toda funcional - um testemunho desta tendência é a proliferação de museus no século XIX, instituições onde todos os tipos de arte são apresentados fora de seu contexto original -, e criaram-se conceitos inteiramente baseados na subjetividade, tornando cada vez mais difícil encontrar-se pontos objetivos em comum que pudessem ser aplicados a qualquer tipo de arte, tanto para defini-la quanto para valorá-la ou interpretar seu significado. O esteticismo foi um dos elementos teóricos básicos para a emergência do Romantismo, que rejeitou o utilitarismo da arte e deu um valor principal à criatividade, à intuição, à liberdade e à visão individuais do artista, erigindo-o ao status de demiurgo e profeta e fomentando com isso o culto do gênio. Por outro lado, o esteticismo ofereceu uma alternativa para a descrição de aspectos do mundo e da vida que não estão ao alcance da ciência e da razão.11 12 Charles Baudelaire foi um dos primeiros a analisar a relação da arte com o progresso e a era industrial, prefigurando a noção de que não existe beleza absoluta, mas que é relativa e mutável de acordo com os tempos e com as predisposições de cada indivíduo. Acreditava que a arte tinha um componente eterno e imutável - sua alma - e um componente circunstancial e transitório - seu corpo. Este dualismo nada mais do que expressava a dualidade inerente ao homem em seu anelo pelo ideal e seu enfrentamento da realidade concreta.13

Kazimir Malevich: Quadrado negro sobre fundo branco, uma das obras paradigmáticas da escola abstrata
Na mesma época a arte começou a ser estudada sob o ponto de vista psicológico e semiótico através da contribuição de Sigmund Freud. Ele declarou que a arte poderia ser uma forma de representação de desejos e de sublimação de pulsões irracionais reprimidas. Disse que o artista era um narcisista, e que as obras de arte podiam ser analisadas da mesma forma que os sonhos, os símbolos e as doenças mentais. Continuou nessa linha seu discípulo Carl Jung, que introduziu o conceito de arquétipo na análise artística.18 Outra novidade foi introduzida por Wilhelm Dilthey, considerando arte e vida serem uma unidade. Prefigurando a arte contemporânea, reconheceu a importância da reação do público na definição do que é um objeto artístico, o que instaurava uma espécie de anarquia do gosto, inaugurando a estética cultural. Reconheceu também que a época assinalava uma mudança social e uma nova interpretação da realidade. Ao artista caberia intensificar nossa visão de mundo em uma obra coerente e significativa.19
Na primeira metade do século XX conceitos inovadores foram introduzidos pela Escola de Frankfurt, destacando-se Walter Benjamin e Theodor Adorno, estudando os efeitos da industrialização, da tecnologia e da cultura de massa sobre a arte. Benjamin analisou a perda da aura do objeto artístico na sociedade contemporânea, e Adorno refletiu que a arte não é um reflexo mecânico da sociedade que a produz, pois a arte expressa o que não existe e indica a possibilidade de transformação e transcendência. Representante do pragmatismo, John Dewey definiu a arte como "a culminação da natureza", defendendo que a base da estética é a experiência sensorial. A atividade artística seria uma consequência da atividade natural do ser humano, cuja forma organizativa depende dos condicionamentos ambientais em que se desenvolve. Assim, arte seria o mesmo que "expressão", onde fins e meios se fundem em una experiência agradável. Já Ortega y Gasset apontou o caráter elitista e a desumanização da arte de vanguarda, devido ao seu hermetismo, ao repúdio da imitação da natureza e à perda da perspectiva histórica. Na escola semiótica, Luigi Pareyson elaborou uma estética hermenêutica, onde arte é a interpretação da verdade. Para ele, a arte é "formativa", ou seja, expressa uma forma de fazer que ao mesmo tempo inventa sua própria linguagem e seus meios. Assim a arte não seria o resultado de um projeto predeterminado, mas simplesmente encontraria o resultado no processo de fazer. Pareyson influenciou a chamada Escola de Turim, que desenvolveu o conceito ontológico de arte. Umberto Eco, seu maior expoente, afirmou que a obra de arte só existe em sua interpretação, na abertura de múltiplos significados que pode ter para o espectador.20

A fonte, de Marcel Duchamp, originalmente um urinol: um exemplo da transformação contemporânea do conceito de arte
Formas, gêneros, mídias, e estilos
Ver artigo principal: Estilo (arte)
As artes são muitas vezes divididas em categorias específicas, tais como artes decorativas, artes plásticas, artes do espectáculo, ou literatura. Assim, por exemplo, pintura é uma forma de arte plástica, e a poesia é uma forma de arte literária.Uma forma de arte é uma forma específica de expressão artística, é um termo mais específico do que arte em geral, mas menos específico do que gênero. Alguns exemplos incluem Arquitectura, Arte digital, Banda desenhada, Cinema, Dança, Desenho, Escultura, Graffiti, Fotografia, Literatura (Poesia e Prosa), Teatro, Música, Pintura.
As mídias (meios) para uma obra de arte ser construída são as mais diversas. Precisa-se de materiais propícios para ela ser realizada pelo artista. Assim, por exemplo, pedra e bronze são duas mídias capazes de construir uma obra de arte, como, no caso, uma escultura. A música e a poesia usam o som, a pintura usa tintas e suportes, como a tela e a madeira.
Um gênero artístico é o conjunto de convenções, temáticas e estilos dentro de uma forma de arte e mídia. Por exemplo, o Cinema possui uma gama de gêneros, como aventura, horror, comédia, romance. É assim também na literatura. Na música, há centenas de gêneros musicais, que variam de região, cultura e etc., e vão desde rock, até MPB. Na pintura incluem paisagem, retrato, cotidiano (ruas, pessoas em suas atividades diárias, etc.).
Periodização
Ver artigo principal: História da arte
Arte pré-histórica (c. 25000-3000 a.C.)
Ver artigo principal: Arte da Pré-História
Desenvolveu-se entre o Paleolítico Superior e o Neolítico, onde aparecem as primeiras manifestações que podem ser considerados como arte. No Paleolítico o homem, dedicado à caça e vivendo em cavernas, praticou a chamada arte rupestre. No Neolítico tornou-se sedentário e desenvolveu a agricultura, com sociedades cada vez mais complexas, onde a religião ganhou importância. São exemplos os monumentos megalíticos e um início de produção artesanal na forma de vasos de cerâmica e estatuetas.23-
Pinturas rupestres na gruta de Lascaux
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Monumento megalítico de Stonehenge
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Gravuras rupestres em Bohuslän
Arte antiga (c. 3000-300 a.C.)
No Egito e na Mesopotâmia viveram as primeiras civilizações altamente estruturadas, e seus artistas/artesãos produziram obras complexas que já apresentam uma especialização profissional. A arte egípcia se caracterizou pelo caráter religioso e político, com destaque para a arquitetura, a pintura e a escultura. A escultura e a pintura mostram a figura humana em um estilo fortemente hierático e esquemático, devido à rigidez de seus cânones simbólicos e religiosos. A arte mesopotâmica se desenvolveu na área entre os rios Tigre e Eufrates, sendo testemunha de culturas diferentes, como os sumérios, acadianos, assírios e persas. Na arquitetura se incluem os zigurates, grandes templos piramidais em degraus, enquanto que na escultura predomina cenas religiosas, de caça e de guerra, com a presença de figuras humanas e animais reais ou mitológicos.24-
Templo egípcio em Filas
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Relevo em ouro e esmaltes do tesouro de Tutancâmon
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Um shedu assírio
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Dama de Elche ibérica
Arte clássica (1000 a.C.-300 d.C.)
A arte da Grécia Antiga marcou a evolução da arte ocidental. Depois de um começo em que salientaram as civilizações Minoica e Micênica, a arte grega se desenvolveu em três períodos: arcaico, clássico e helenístico. Na arquitetura se destacaram os templos, com suas três ordens: dórica, jônica e coríntia. Na escultura dominou a representação do corpo humano, atingindo uma síntese entre naturalismo e idealismo no período clássico, com destaque para a produção de Míron, Fídias, Policleto e Praxíteles. Com claros precedentes na arte etrusca e na arte grega, a arte romana alcançou quase todos os cantos da Europa, Norte de África e do Oriente Médio, estabelecendo as bases da arte ocidental. Grandes engenheiros e construtores, se destacaram na arquitetura civil desenvolvendo o arco e a cúpula, com a construção de estradas, pontes, aquedutos e obras urbanas, bem como os templos, palácios, teatros, anfiteatros, circos, banhos, arcos triunfais, etc. A escultura, inspirada na grega, é também centrada na figura humana, mas de forma mais realista. A pintura e o mosaico são conhecidos pelos vestígios encontrados em Pompeia e alguns outros lugares.25Arte medieval (c. 300-1350)
Ver artigo principal: Arte da Idade Média
A arte medieval, sendo uma derivação direta da arte romana, inicia com a arte paleocristã, após a oficialização do cristianismo como religião do Império Romano.
Trabalharam as formas clássicas para interpretar a nova doutrina
religiosa. Porém, logo o estilo clássico se pulverizou em uma
multiplicidade de escolas regionais, com o aparecimento de formas mais
esquemáticas e simplificadas. Na arquitetura destacou-se como o tipo basílica, enquanto que na escultura os sarcófagos assumiram papel destacado, bem como os mosaicos e as pinturas das catacumbas. A etapa seguinte constituiu a chamada arte bizantina, incorporando influências orientais e gregas, e tendo no ícone e nos mosaicos seus gêneros principais. A arte românica seguiu-lhe paralelamente, recebendo a influência de povos bárbaros como os germânicos, celtas e godos.
Foi o primeiro estilo de arte internacional depois da queda do Império
Romano. Eminentemente religiosa, a maioria da arte românica visa a
exaltação e difusão do cristianismo. A arquitetura enfatiza o uso de
abóbadas e arcos, começando a construção de grandes catedrais, que
continuará durante o gótico. A escultura se desenvolveu principalmente no âmbito arquitetônico, com formas esquematizadas. A arte gótica
se desenvolveu entre os séculos XII e XVI, sendo um momento de
florescimento econômico e cultural. A arquitetura foi profundamente
alterada a partir da introdução do arco ogival e do arcobotante,
nascendo formas mais leves e mais dinâmicas, que possibilitaram a
construção de edifícios mais altos e com aberturas maiores, tipificados
na catedral gótica. A escultura continua principalmente enquadrada na
obra arquitetônica, mas começou a desenvolver-se de forma autônoma, com
formas mais realistas e elegantes inspirados pela natureza e, em parte,
numa recuperação de influências clássicas. Aparecem grandes retábulos
escultóricos e a pintura desenvolve técnicas inovadoras como o óleo e a
têmpera, criando-se obras de grande detalhamento.26-
Imagem do Bom Pastor na catacumba de São Calisto
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Fachada principal da Catedral de Amiens, gótica
Arte na Idade Moderna (c. 1350-1850)
Ver artigo principal: Arte moderna
A Idade Moderna inicia no Renascimento, período de grande esplendor
cultural na Europa. A religião deu lugar a uma concepção científica do
homem e do universo, no sistema do humanismo.
As novas descobertas geográficas levaram a civilização europeia a se
expandir para todos os continentes, e através da invenção da imprensa
a cultura se universalizou. Sua arte foi inspirada basicamente na arte
clássica greco-romana e na observação científica da natureza. Entre seus
expoentes estão Filippo Brunelleschi, Leon Battista Alberti, Bramante, Donatello, Leonardo da Vinci, Dante Alighieri, Petrarca, Rafael, Dürer, Palestrina e Lassus. Sua continuação produziu o Maneirismo,
com a emergência de um maior individualismo e um senso de drama e
extravagância, proliferando em inúmeras escolas regionais. Também foi
importante nesta fase a disputa entre protestantes e católicos contra-reformistas, com repercussões na arte sacra. Shakespeare, Cervantes, Camões, Andrea Palladio, Parmigianino, Monteverdi, El Greco e Michelangelo são alguns de seus representantes mais notórios. No período barroco fortaleceram-se os Estados nacionais, dando origem ao absolutismo.
Como reflexo disso a arte se torna suntuosa e grandiloquente,
privilegiando os contrastes acentuados, o senso de drama e o movimento.
Firmam-se grandes escolas em vários países, como na Itália, França,
Espanha e Alemanha. São nomes fundamentais do período Góngora, Vieira, Molière, Donne, Bernini, Bach, Haendel, Lully, Pozzo, Borromini, Caravaggio, Rubens, Poussin, Lorrain, Rembrandt, Ribera, Zurbarán, Velázquez, entre uma multidão de outros.27Sua sequência foi o Rococó, surgido a partir de meados do século XVIII, com formas mais leves e elegantes, privilegiando o decorativismo, a sofisticação aristocrática e a sensibilidade individual. Ao mesmo tempo se firmava uma corrente iluminista, pregando o primado da razão e um retorno à natureza. Foram importantes, por exemplo, Voltaire, Jean-Jacques Rousseau, Carl Philipp Emanuel Bach, Jean-Antoine Houdon, Antoine Watteau, Jean-Honoré Fragonard, Joshua Reynolds e Thomas Gainsborough. No final do século emergem duas correntes opostas: o Romantismo e o Neoclassicismo, que dominarão até meados do século XIX, às vezes em sínteses ecléticas, como na obra de Goethe. O Romantismo enfatizava a experiência individual do artista, com obras arrebatadas, visionárias e dramáticas, enquanto que o Neoclassicismo recuperava o ideal equilibrado do classicismo e impunha uma função social moralizante e política para a arte. Na primeira corrente podem ser destacados Victor Hugo, Byron, Eugène Delacroix, Francisco de Goya, Frédéric Chopin, Ludwig van Beethoven, William Turner, Richard Wagner, William Blake, Albert Bierstadt e Caspar David Friedrich, e, na segunda, Jacques-Louis David, Mozart, Haydn e Antonio Canova.28
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A Escola de Atenas, de Rafael, renascentista
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O Êxtase de Santa Teresa, de Bernini, barroco
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Basílica de Ottobeuren, rococó
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Abadia no Carvalhal, de Caspar David Friedrich, romântico
Arte contemporânea (c. 1850-atualidade)
Ver artigos principais: Modernismo e Arte contemporânea
Entre meados do século XIX e o início do século XX se lançaram as
bases da sociedade contemporânea, marcada no terreno político pelo fim
do absolutismo e a instauração dos governos democráticos. No campo econômico, marcaram esta fase a Revolução Industrial e a consolidação do capitalismo, que tiveram respostas nas doutrinas de esquerda como o marxismo, e nas lutas de classes.
Na arte o que tipifica o período é a multiplicação de correntes
grandemente diferenciadas. Até o fim do século XIX surgiram, por
exemplo, o realismo, o impressionismo, o simbolismo e o pós-impressionismo.29O século XX se caracterizou por uma forte ênfase no questionamento das antigas bases da arte, propondo-se a criar um novo paradigma de cultura e sociedade e derrubar tudo o que fosse tradição. Até meados do século as vanguardas foram enfeixadas no rótulo de modernismo, e desde então elas se sucedem cada vez com maior rapidez, chegando aos dias de hoje a um estado de total pulverização dos estilos e estéticas, que convivem, dialogam, se influenciam e se enfrentam mutuamente. Também surgiu uma tendência de solicitar a participação do público no processo de criação, e incorporar ao domínio artístico uma variedade de temas, estilos, práticas e tecnologias antes desconhecidas ou excluídas. Entre as inúmeras tendências do século XX podemos citar: art nouveau, fauvismo, pontilhismo, abstracionismo, expressionismo, realismo socialista, cubismo, futurismo, dadaísmo, surrealismo, funcionalismo, construtivismo, informalismo, arte pop, neorrealismo, artes de ação (performance, happening, fluxus, instalação), op art, videoarte, minimalismo, arte conceitual, fotorrealismo, land art, arte povera, body art, arte pós-moderna, transvanguarda, neoexpressionismo.30
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Paul Cézanne: As grandes banhistas, c. 1906, modernista
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Wassily Kandinsky: Fuga, 1914, abstracionista
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Dente e garfo, 1922, de Hans Arp, modernista
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Salvador Dali A (Dali Atomicus), fotografia surrealista de Philippe Halsman, 1941
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Dobraduras com disco vermelho, escultura cinética de Alexander Calder, 1973
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O túnel sob o Atlântico, instalação e performance de Maurice Benayoun, 1995
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Historiografia da arte

Johann Joachim Winckelmann, considerado o pai da História da arte
Johann Joachim Winckelmann é considerado o pai da história da arte, criando uma metodologia científica para a classificação das artes e baseando a História da arte em uma teoria estética de influência neoplatônica: a beleza é o resultado de uma materialização da ideia. Grande admirador da cultura grega, postulou que na Grécia antiga se deu a beleza perfeita, gerando um mito sobre a perfeição da beleza clássica que ainda condiciona a perfeição da arte hoje em dia. Em Reflexão sobre a imitação das obras de arte gregas (1755) afirmou que os gregos chegaram a um estado de perfeição total na imitação da natureza, e assim nós agora só podemos imitar os gregos. Assim mesmo, relacionou a arte com as etapas da vida humana (infância, idade adulta, velhice), estabelecendo uma evolução da arte em três estilos: arcaico, clássico e helenístico.33
Durante o século XIX, a nova disciplina buscou uma formulação mais prática e rigorosa, especialmente desde a aparição do positivismo. No entanto, essa tarefa foi abordada por diversas metodologias que trouxeram uma grande variedade de tendências historiográficas: o romantismo impôs uma visão historicista e revivalista do passado, resgatando e pondo em moda novamente estilos artísticos que haviam sido desvalorizados pelo neoclassicismo winckelmanniano; assim o vemos na obra de Ruskin, Viollet-le-Duc, Goethe, Schlegel, Wackenroder, entre outros. Em vez disso, a obra de autores como Karl Friedrich von Rumohr, Jacob Burckhardt e Hippolyte Taine, foram a primeira tentativa séria de formular uma história da arte com base em critérios científicos, baseando-se em análises críticas das fontes historiográficas. Por outro lado, Giovanni Morelli introduziu o conceito de connoisseur, o especialista em arte, que a analisa com base tanto em seus conhecimentos como em sua intuição.34
A primeira escola historiográfica de grande relevância foi o formalismo, que defendia o estudo da arte a partir do estilo, aplicando uma metodologia evolucionista que defendia a arte uma autonomia longe de qualquer consideração filosófica, rejeitando a estética romantica e o ideal hegeliano, e se aproximando do neokantismo. Seu primeiro teórico foi Heinrich Wölfflin, considerado o pai da moderna História da arte. Ele aplicou a arte critérios científicos, como o estudo psicológico ou o método comparativo: definia os estilos por suas diferenças estruturais inerentes aos mesmos, como argumentou em sua obra Conceitos fundamentais da História da Arte (1915). Wölfflin não atribuiu importância às biografias dos artistas, defendendo por outro lado a ideia de nacionalidade, de escolas artísticas e estilos nacionais. As teorias de Wölfflin foram continuadas pela chamada Escola de Viena, com autores como Alois Riegl, Max Dvořák, Hans Sedlmayr e Otto Pächt.35
Já no século XX, a historiografia da arte tem continuado dividida entre múltiplas tendências, desde autores ainda enquadrados no formalismo (Roger Fry, Henri Focillon), passando pelas escolas sociológica (Friedrich Antal, Arnold Hauser, Pierre Francastel, Giulio Carlo Argan) ou psicológica (Rudolf Arnheim, Max Wertheimer, Wolfgang Köhler), até perspectivas individuais e sintetizadores como as de Adolf Goldschmidt o Adolfo Venturi. Uma das escolas mais reconhecidas tem sido a da iconologia, que centra seus estudos na simbologia e no significado da obra artística. Através do estudo de imagens, emblemas, alegorias e demais elementos de significado visual, pretendem esclarecer a mensagem que o artista pretendeu transmitir em sua obra, estudando a imagem desde postulados mitológicos, religiosos ou históricos, ou de qualquer índole semântica presente em qualquer estilo artístico. Os principais teóricos desse movimento foram Aby Warburg, Erwin Panofsky, Ernst Gombrich, Rudolf Wittkower y Fritz Saxl.36
Crítica de arte
A crítica de arte é um gênero, entre literário e acadêmico, que faz uma avaliação sobre as obras de arte, artistas ou expositores, em princípio de forma pessoal e subjetiva, mas baseando-se na história da arte e suas múltiplas disciplinas, avaliando-se a arte segundo seu contexto ou evolução. É avaliativa, informativa e comparativa, apontando dados empíricos e testáveis. Denis Diderot é considerado o primeiro crítico de arte moderno, por seus comentários sobre as obras de arte expostas nos salões de Paris, realizados no Museu do Louvre desde 1725. Esses salões, abertos ao público, atuaram como centro difusor de tendências artísticas, propiciando modas e gostos em relação a arte, assim foram objeto de debate e crítica. Diderot escreveu suas impressões sobre esses salões primeiro em uma carta escrita em 1759, que foi publicada na correspondência literária de Frédéric-Melchior Grimm, e desde então até 1781, sendo o ponto de partida desse gênero.37No início da crítica de arte tem que se avaliar, por um lado, o acesso do público a essas exposições artísticas, que junto com a proliferação dos meios de comunicação em massa desde o século XVIII produziram uma via de comunicação direta entre o crítico e o público a que se dirige. Por outro lado, o auge da burguesia como classe social que inventou a arte como objeto de ostentação, e o crescimento do mercado artístico que levou consigo, proporcionaram um ambiente social necessário para a consolidação da crítica artística. A crítica de arte tem estado geralmente vinculada ao periodismo, exercendo um trabalho de porta-voz do gosto artístico que, por um lado, lhes tem conferido um grande poder, ao ser capaz de afundar ou elevar a obra de um artista, mas por outro lado lhes tem feito objeto de ferozes ataques e controversas. Outro ponto a ressaltar é o caráter de atualidade da crítica da arte, já que se centra em um contexto histórico e geográfico no qual o crítica realiza seu trabalho, imersa em um fenômeno cada vez mais dinâmico como é o das correntes de moda. Assim, a falta de historicidade para emitir um juízo sobre as bases consolidadas leva a crítica de arte a estar frequentemente sustentada na intuição do crítico, como um fator de risco que leva consigo. Por fim, como disciplina sujeita a seu tempo e a evolução cultural da sociedade, a crítica de arte sempre revela um componente do pensamento social no qual se vê imersa, existindo assim diversas correntes de crítica de arte: romântica, positivista, fenomenológica, semiológica, etc.38 Disse Charles Baudelaire: "Para ser justa, ou melhor, para ter sua razão de ser, a crítica deve ser parcial, apaixonada, política; isto é: deve adotar um ponto de vista exclusivo, mas um ponto de vista exclusivo que abra ao máximo os horizontes." 39
Entre os críticos de arte tem havido desde famosos escritores até os próprios historiadores de arte, que muitas vezes tem passado de análises metodológicas a crítica pessoal e subjetiva, conscientes de que são uma arma de grande poder hoje em dia. Podem ser citados Charles Baudelaire, John Ruskin, Oscar Wilde, Émile Zola, Joris-Karl Huysmans, Guillaume Apollinaire, Wilhelm Worringer, Clement Greenberg e Michel Tapié.40
Sociologia da arte
A sociologia da arte é uma disciplina das ciências sociais que estuda a arte desde uma abordagem metodológica baseada na sociologia. Seu objetivo é estudar a arte como produto da sociedade humana, analisando os diversos componentes sociais que contribuem para a gênese e difusão da obra artística. A sociologia da arte é uma ciência multidisciplinar, recorrendo para suas análises a diversas disciplinas como a cultura, a política, economia, antropologia, linguística, filosofia, e demais ciências sociais que influenciam no desenvolvimento da sociedade. Entre os diversos objetos de estudo da sociologia da arte se encontram vários fatores que interveem desde um ponto de vista social na criação artística, desde aspectos mais genéricos como a situação social do artista ou a estrutura sociocultural do público, até mais específicos como o mecenato, o mercantilismo e comercialização da arte, as galerias de arte, a crítica de arte, colecionadores, museografia, instituições e fundações artísticas, etc.41 Também cabe destaque no século XX a aparição de novos fatores como o avanço da difusão dos meios de comunicação, a cultura de massas, a categorização da moda, a incorporação de novas tecnologias ou a abertura de conceitos na criação material da obra de arte (arte conceitual, arte de ação).A sociologia da arte deve seus primeiros passos a interesses de diversos historiadores pela análise do ambiente social da arte desde metade o século XIX, especialmente após a criação do positivismo como método de análise científica da cultura, e a criação da sociologia como ciência autônoma por Auguste Comte. No entanto, a sociologia da arte se desenvolveu como disciplina própria durante o século XX, com sua própria metodologia e seus objetos de estudo determinados. O ponto de partida dessa disciplina é geralmente situado imediatamente após a Segunda Guerra Mundial, com a aparição de diversas obras decisivas no desenvolvimento dessa corrente disciplinas: Arte e revolução industrial, de Francis Klingder (1947); A pintura florentina e seu ambiente social, de Friedrih Antal (1948); e História social da literatura e a arte, de Arnold Hauser (1951). No seu início, a sociologia da arte esteve estritamente vinculada ao marxismo - como os próprios Hauser e Antal, ou Nikos Hadjinikolaou, autor de História da arte e luta de classes (1973) - embora, em seguida, se distanciou dessa tendência para adquirir autonomia própria como ciência. Outros autores destacados dessa disciplina são Pierre Francastel, Herbert Read, Francis Haskell, Michael Baxandall, Peter Burke e Giulio Carlo Argan.42
Psicologia da arte

Auto-retrato com a orelha cortada (1889), de Vincent van Gogh. A Psicanálise permite comprender certos aspectos da personalidade do artista.
Uma das principais correntes da psicologia da arte tem sido a Escola de Gestalt, que afirma que estamos condicionados pela nossa cultura -em sentido antropológico-, e que a cultura condiciona nossa percepção. Toma como ponto de parte a obra de Karl Popper, que afirma que na apreciação estética há um pouco de insegurança (gosto), que não tem base científica e não se pode generalizar; levamos uma ideia preconcebida ("hipótese prévia"), que faz com que encontremos no objeto o que buscamos. Segundo a Gestalt, a mente configura, através de certas leis, os elementos que chegam a ela através dos canais sensoriais (percepção) ou da memória (pensamento, inteligência e resolução de problemas). Em nossa experiência do meio ambiente, esta configuração tem um caráter primário sobre os elementos que a compõem, e a soma desses últimos por si próprios não poderia nos levar, portanto, a compreensão do funcionamento mental. Se fundamentam na noção de estrutura, entendida como um todo significativo de relações entre estímulos e respostas, e tentam entender os fenômenos em sua totalidade, sem esperar os elementos do conjunto, que formam uma estrutura integrada fora da qual esses elementos não teriam significado. Seus principais expoentes foram Rudolf Arnheim, Max Wertheimer, Wolfgang Köhler, Kurt Koffka y Kurt Lewin.44
Conservação e restauro
Ver artigo principal: Conservação e restauro
Juízo Final de Miguel Ángel antes da restauração.
Na arquitetura, a restauração é apenas do tipo funcional, para preservar a estrutura e unidade do edifício, ou reparar rachaduras ou pequenos defeitos que podem surgir nos materiais. Até o século XVIII, as restaurações arquitetônicas só preservavam as obras de culto religioso, dado seu caráter litúrgico e simbólico, reconstruindo outro tipo de edifício sem respeitar sequer o estilo original. Por fim, desde o auge da arqueologia ao final do século XVIII, especialmente com as escavações de Pompeia e Herculano, se tendeu a preservar a medida do possível qualquer estrutura do passado, sempre e cquando tivesse um valor artístico e cultural. Ainda assim, no século XIX os ideais românticos levaram a buscar a pureza estilística do edifício, e a moda do historicismo levou a planejamentos como os de Viollet-le-Duc, defensor da intervenção em monumentos com base em um certo ideal estilístico. Na atualidade, se tende a preservar ao máximo a integridade dos edifícios históricos.
Na área da pintura, se tem evoluído desde uma primeira perspectiva de tentar recuperar a legibilidade da imagem, acrescentando se fosse necessário partes perdidas da obra, a respeitar a integridade tanto física como estética da obra de arte, fazendo as intervenções necessárias para suas conservação sem que se produza uma transformação radical da obra. A restauração pictórica adquiriu um crescente impulso a partir do século XVII, devido ao mal estado de conservação de pinturas a fresco, técnica bastante corrente na Idade Média e no Renascimento. Do mesmo modo, o aumento do mercado de antiguidades proporcionou a restauração de obras antigas caras a sua posterior comercialização. Por último, a escultura tem sido uma evolução paralela: desde a reconstrução de obras antigas, geralmente em relação a membros mutilados (como a reconstrução do Laocoonte em 1523-1533 por parte de Giovanni Angelo Montorsoli), até a atuação sobre a obra preservando sua estrutura original, mantendo em caso necessário um certo grau de reversibilidade da ação praticada.47
Referências
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Ligações externas
- Informações sobre diferentes estilos artísticos e os períodos históricos correspondentes (em inglês)
- Visual Arts Data Service (VADS) Coleção online de museus, galerias e universidades do Reino Unido (em inglês)
- Artigo sobre o significado da Arte na Índia Antiga na página da revista Frontline (em inglês)
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