sábado, 31 de março de 2012

ARTE EGÍPCIA

Arte do Egito

No Antigo Egito as obras de arte possuíam um possui forte caráter religioso e funerário.Essas características podem ser explicadas em função da crença que os egípcios tinha na vida após a morte. Há representações artísticas de deuses, faraós e animais explicadas por textos em escrita hieroglífica. As pinturas eram feitas nas paredes das pirâmides ou em papiros. Representavam o cotidiano da nobreza ou tratava de assuntos do cotidiano. Uma das características principais é o desenho chapado, de perfil e sem perspectiva artística.

ANTIGO EGITO O Egito é o berço da mais antiga civilização, a egípcia. O estudo dessa civilização tornou-se possível após 1822 quando da decifração dos hieróglifos*.  Inicialmente a região achava-se dividida em cidades-estados, "nomos", independentes politicamente. Em torno de 4.000 a.C. esses "nomos" uniram-se em dois reinos: Reino do Baixo Egito (Norte) e Reino do Alto Egito (Sul). A unificação desses reinos ocorreu por volta de 3.200 a.C., com Menés, que se tornou o primeiro faraó da primeira dinastia e deu início à história dinastia do Antigo Egito que vai até o século XI a.C., quando termina a dinastia Ramsés e inicia a decadência. Essa decadência se acentua com o aparecimento do novos reinos no Oriente Médio, com o enfraquecimento do Governo dos faraós, com o empobrecimento do país causado pela desorganização interna e pelas sucessivas dominações estrangeiras. Inicialmente, a dominação assíria, seguida da dominação persa, macedônia, romana e árabe, sendo esta última responsável pela religião islâmica do Egito atual.  (Autor Desconhecido) Os egípcios foram grandes construtores, erguendo casas e palácios com Tijolos e madeira. Recursos técnicos que talvez tenham trazido à Mesopotâmia. As pedras eram reservadas para a construção de túmulos. Eram hábeis na arte de esculpir em pedras, fabricavam jóias de ouro, pedras semipreciosas e esmalte, e descobriram o papiro, que servia para a escrita. Desenvolveram conhecimentos e medicina e iniciaram investigações matemáticas, mais tarde desenvolvidas pelos gregos. Porem, onde os egípcios mais se destacaram foi na construção de túmulos, as pirâmides em geral em honra dos faraós. Contando com materiais rudimentares, porém com fartura de mão-de-obra, construíram verdadeiros monumentos de arquitetura, como as pirâmides de Quéfren, Quéops e Miquerinos que ficam na cidade de Gizé. A arte egípcia em sua maior parte homenageava os mortos, sepultadas com os objetos julgados necessários paia a vida no além. Muitos faraós eram enterrados em túmulos escavados em rochas, outros tinham o corpo conservado pelo embasamento. Os egípcios eram politeístas. Osíris, deus dos mortos, segundo eles desposara sua irmã, Íris, sendo morto por Seth; seu filho Horus, porém, ressuscitou-o. Horus, deus do firmamento e da chuva, reinava sobre os viventes, representado por um falcão. Havia o costume de representar o deus sob a forma antropozoomorfa*, Ra era o deus sol de Heliópolis; quando Tebas se tornou a capital (11.ª dinastia), Amon, o deus da cidade ficou sendo Amon-Ra, o rei dos deuses. Em 1.340 a.C., o faraó Akhenaton, instituiu o culto a um só deus - Aton - o sol, e mandou construir a nova Capital em Telel Anarna. Tutankhamon, seu sucessor, restabeleceu os antigos deuses, e seu túmulo foi o que abrigou a maior quantidade de tesouros no Egito. O último faraó egípcio, Nectanebo morreu em 341 a.C. 


DEUSES EGÍPCIOS
Amon - Deus dos deuses

Rá - Deus do sol

Osíris - Deus dos mortos e do renaiscimento

Seth - Deus que matou seu irmão Osíris

Maát - Deusa da justiça

Anúbis - Deus do embalsamamento e da morte

Isis - A deusa modelo para mães e esposas

Neftis - A deusa protetora de túmulos

Hathor - Deusa da alegria e da festa

Hórus - Deus criador do universo

Ptah - Deus criador dos homens e da arte

Neith - Deusa geurreira

Thot - Deus da escrita e dos escribas

Atum - Em Heliópolis é o rei de todos os deuses

Sekhmet - Deusa responsavel pelas epidemias e mortes

Amenófis I - Rei divinizado

Bés - Deus protetor dos sonhos

Meretseger - Protetora dos mortos

Arte Egípcia A arte Egípcia surgiu a mais de 3000 anos A.C., mas é entre 1560 e 1309 A.C. que a pintura Egípcia se destaca em procurar refletir os movimentos dos corpos e por apresentar preocupação com a delicadeza das formas. O local a ser trabalhado primeiramente recebia um revestimento de gesso branco e em seguida se aplicava a tinta sobre gesso. Essa tinta era uma espécie de cola produzida com cores minerais. Os egípcios ao esculpir e pintar tinham o propósito de relatar os acontecimentos de sua época, as histórias dos Faraós, deuses e do seu povo em menor escala, já que as pessoas não podiam ser representadas ao lado de deuses e nem dentro de templos. Provavelmente eles não tiveram a intenção de nos deixar a "arte" de seus criadores. O tamanho das pessoas e objetos não caracterizavam necessariamente a distância um do outro e sim a importância do objeto, o poder e o nível social. Os valores dos egípcios eram eternos e estáveis. Suas leis perduraram cerca de 6.000 anos. O Faraó representava os homens junto aos deuses e os deuses junto aos homens, assim como era responsável pelo bem-estar do povo, sendo considerado também como um próprio Deus.

Arte e arquitetura do Egito, edifícios, pinturas, esculturas e artes aplicadas do antigo Egito, da pré-história à conquista romana no ano 30 a.C. A história do Egito foi a mais longa de todas as civilizações antigas que floresceram em torno do Mediterrâneo, estendendo-se, quase sem interrupção, desde aproximadamente o ano 3000 a.C. até o século IV d.C. 

A natureza do país — desenvolvido em torno do Nilo, que o banha e fertiliza, em quase total isolamento de influências culturais exteriores — produziu um estilo artístico que mal sofreu mudanças ao longo de seus mais de 3.000 anos de história. Todas as manifestações artísticas estiveram, basicamente, a serviço do estado, da religião e do faraó, considerado como um deus sobre a terra. Desde os primeiros tempos, a crença numa vida depois da morte ditou a norma de enterrar os corpos com seus melhores pertences, para assegurar seu trânsito na eternidade.
A regularidade dos ciclos naturais, o crescimento e a inundação anual do rio Nilo, a sucessão das estações e o curso solar que provocava o dia e a noite foram considerados como presentes dos deuses às pessoas do Egito. O pensamento, a cultura e a moral egípicios eram baseados num profundo respeito pela ordem e pelo equilíbrio. A arte pretendia ser útil: não se falava em peças ou em obras belas, e sim em eficazes ou eficientes.
O intercâmbio cultural e a novidade nunca foram considerados como algo importante por si mesmos. Assim, as convenções e o estilo representativos da arte egípcia, estabelecidos desde o primeiro momento, continuaram praticamente imutáveis através dos tempos. Para o espectador contemporâneo a linguagem artística pode parecer rígida e estática. Sua intenção fundamental, sem dúvida, não foi a de criar uma imagem real das coisas tal como apareciam, mas sim captar para a eternidade a essência do objeto, da pessoa ou do animal representado

Período pré-dinástico
Os primeiros povoadores pré-históricos assentaram-se sobre as terras ou planaltos formados pelos sedimentos que o rio Nilo havia depositado em seu curso. Os objetos e ferramentas deixados pelos primeiros habitantes do Egito mostram sua paulatina transformação de uma sociedade de caçadores-catadores seminômades em agricultores sedentários. O período pré-dinástico abrange de 4000 a.C. a 3100 a.C., aproximadamente.

Antigo Império  
Durante as primeiras dinastias, construíram-se importantes complexos funerários para os faraós em Abidos e Sakkara. Os hieróglifos (escrita figurativa), forma de escrever a língua egípcia, encontravam-se então em seu primeiro nível de evolução e já mostravam seu caráter de algo vivo, como o resto da decoração.
Na III dinastia, a capital mudou-se para Mênfis e os faraós iniciaram a construção de pirâmides, que substituíram as mastabas como tumbas reais. O arquiteto, cientista e pensador Imhotep construiu para o faraó Zoser (c. 2737-2717 a.C.) uma pirâmide em degraus de pedra e um grupo de templos, altares e dependências afins. Deste período é o famoso conjunto monumental de Gizé, onde se encontram as pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos.
A escultura caracterizava-se pelo estilo hierático, a rigidez, as formas cúbicas e a frontalidade. Primeiro, talhava-se um bloco de pedra de forma retangular; depois, desenhava-se na frente e nas laterais da pedra a figura ou objeto a ser representado. Destaca-se, dessa época, a estátua rígida do faraó Quéfren (c. 2530 a.C.).
A escultura em relevo servia a dois propósitos fundamentais: glorificar o faraó (feita nos muros dos templos) e preparar o espírito em seu caminho até a eternidade (feita nas tumbas).
Na cerâmica, as peças ricamente decoradas do período pré-dinástico foram substituídas por belas peças não decoradas, de superfície polida e com uma grande variedade de formas e modelos, destinadas a servir de objetos de uso cotidiano. Já as jóias eram feitas em ouro e pedras semipreciosas, incorporando formas e desenhos, de animais e de vegetais.
Ao finalizar a VI dinastia, o poder central do Egito havia diminuído e os governantes locais decidiram fazer as tumbas em suas próprias províncias, em lugar de serem enterrados perto das necrópoles dos faraós a quem serviam. Desta dinastia data a estátua em metal mais antiga que se conhece no Egito: uma imagem em cobre (c. 2300 a.C.) de Pepi I (c. 2395-2360 a.C.).
Médio Império  
Mentuhotep II, faraó da XI dinastia, foi o primeiro faraó do novo Egito unificado do Médio Império (2134-1784 a.C.). Criou um novo estilo ou uma nova tipologia de monumento funerário, provavelmente inspirado nos conjuntos funerários do Antigo Império. Na margem oeste do Tebas, até o outro lado do Nilo, no lugar denominado de Deir el Bahari, construiu-se um templo no vale ligado por um longo caminho real a outro templo que se encontrava instalado na encosta da montanha. Formado por uma mastaba coroada por uma pirâmide e rodeado de pórticos em dois níveis, os muros foram decorados com relevos do faraó em companhia dos deuses.
A escultura do Médio Império se caracterizava pela tendência ao realismo. Destacam-se os retratos de faraós como Amenemés III e Sesóstris III.
O costume entre os nobres de serem enterrados em tumbas construídas em seus próprios centros de influência, em vez de na capital, manteve-se vigente. Ainda que muitas delas estivessem decoradas com relevos, como as tumbas de Asuán, no sul, outras, como as de Beni Hassan e El Bersha, no Médio Egito, foram decoradas exclusivamente com pinturas. A pintura também decorava os sarcófagos retangulares de madeira, típicos deste período. Os desenhos eram muito lineares e mostravam grande minúcia nos detalhes.
No Médio Império, também foram produzidos magníficos trabalhos de arte decorativa, particularmente jóias feitas em metais preciosos com incrustação de pedras coloridas. Neste período aparece a técnica do granulado e o barro vidrado alcançou grande importância para a elaboração de amuletos e pequenas figuras.
Novo Império  
O Novo Império (1570-1070 a.C.) começou com a XVIII dinastia e foi uma época de grande poder, riqueza e influência. Quase todos os faraós deste período preocuparam-se em ampliar o conjunto de templos de Karnak, centro de culto a Amon, que se converteu, assim, num dos mais impressionantes complexos religiosos da história. Próximo a este conjunto, destaca-se também o templo de Luxor.
Do Novo Império, também se destaca o insólito templo da rainha Hatshepsut, em Deir el Bahari, levantado pelo arquiteto Senemut (morto no ano de 1428 a.C.) e situado diante dos alcantilados do rio Nilo, junto ao templo de Mentuhotep II.
Durante a XIX Dinastia, na época de Ramsés II, um dos mais importantes faraós do Novo Império, foram construídos os gigantescos templos de Abu Simbel, na Núbia, ao sul do Egito.
A escultura, naquele momento, alcançou uma nova dimensão e surgiu um estilo cortesão, no qual se combinavam perfeitamente a elegância e a cuidadosa atenção aos detalhes mais delicados. Tal estilo alcançaria a maturidade nos tempos de Amenófis III.
A arte na época de Akhenaton refletia a revolução religiosa promovida pelo faraó, que adorava Aton, deus solar, e projetou uma linha artística orientada nesta nova direção, eliminando a imobilidade tradicional da arte egípcia. Deste período, destaca-se o busto da rainha Nefertiti (c. 1365 a.C.).
A pintura predominou então na decoração das tumbas privadas. A necrópole de Tebas é uma rica fonte de informação sobre a lenta evolução da tradição artística, assim como de excelentes ilustrações da vida naquela época.
Durante o Novo Império, a arte decorativa, a pintura e a escultura alcançaram as mais elevadas etapas de perfeição e beleza. Os objetos de uso cotidiano, utilizados pela corte real e a nobreza, foram maravilhosamente desenhados e elaborados com grande destreza técnica. Não há melhor exemplo para ilustrar esta afirmação do que o enxoval funerário da tumba (descoberta em 1922) de Tutankhamen.
Época tardia  
Em Madinat Habu, perto de Tebas, na margem ocidental do Nilo, Ramsés III, o último da poderosa saga de faraós da XX dinastia, levantou um enorme templo funerário (1198-1167 a.C.), cujos restos são os mais conservados na atualidade.
O rei assírio Assurbanipal conquistou o Egito, convertendo-o em província assíria até que Psamético I (664-610 a.C.) libertou o país da dominação e criou uma nova dinastia, a XXVI, denominada saíta. Desse período, destacam-se os trabalhos de escultura em bronze, de grande suavidade e brandura na modelagem, com tendência a formas torneadas. Os egípcios tiveram então contato com os gregos, alguns dos quais haviam servido em seu exército como mercenários, e
também com os judeus, através de uma colônia que estes tinham no sul, perto de Asuán.
A conquista do país por Alexandre Magno, em 332 a.C., e pelos romanos, no ano 30 a.C., introduziu o Egito na esfera do mundo clássico, embora persistissem suas antigas tradições artísticas. Alexandre (fundador da cidade de Alexandria, que se converteu num importante foco da cultura helenística) e seus sucessores aparecem representados em relevo nos muros dos templos como se fossem autênticos faraós — e num claro estilo egípcio, e não clássico. Os templos construídos durante o período ptolomaico (helênico) repetem os modelos arquitetônicos tradicionais do Egito
 

"O MUNDO ANTIGO"
Os egípcios amavam demais o mundo terreno para acreditarem que os seus prazeres chegassem necessariamente ao fim com a morte. Achavam que pelo menos os ricos e poderosos poderiam desfrutar as delicias da vida pela eternidade afora, desde que as imagens desses falecidos fossem reproduzidas em suas respectivas tumbas. Assim, boa parte da pintura egípcia era feita em prol dos mortos. Entretanto, é possível que os egípcios não julgassem que garantir uma boa vida após a morte exigisse muito gasto e que, por isso tenham escolhido a pintura como um recurso que poupava mão de obra e cortava gastos. Em lugar da dispendiosa arte escultórica ou da pedra talhada, empregava-se uma expressão artística mais barata, a pintura. Em todo o caso, é certo que o estilo de pintura cerimonial e formal usado nas paredes das tumbas não era o único disponível. Hoje sabemos que , ainda em vida, egípcios ricos tinham murais em casa e que estes eram elaborados em estilos pinturescos de rica textura. Infelizmente, só perduraram pequenos fragmentos desses murais.
A Pintura nas Tumbas Egipcías
Talvez uma das imagens mais impressionantes das tumbas egípcias sejam os “Gansos de Medum”, três majestosas aves da tumba de Nefermaat (um filho de Snefru, o primeiro faraó da IV Dinastia) e de sua esposa Itet.
Os gansos, que remontam a mais de 2 mil anos antes de Cristo, são apenas um detalhe num friso pictórico na antiga cidade de Medum, mas já sugerem a vitalidade e pujança dos triunfos escultóricos que estavam por vir. Outra pintura egípcia, da tumba de Ramose, mostra uma procissão funerária de Mulheres Lamentosas. Ramose foi ministro de Amenófis III e Amenófis IV (mais conhecido como Akhenaton), dois faraós da XVIII Dinastia. Nessa pintura, as mulheres são bidimensionais e esquemáticas, mas os gestos angustiados vibram com o pesar.
Para os antigos egípcios, o que importava era a “essência eterna”, aquilo que constituía a visão de uma realidade constante e imutável. Portanto, sua arte não se preocupava em variar as aparências para atingir efeito visual, e até mesmo a arguta observação da natureza (em figuras que aparentemente eram pintadas de memória) submetia-se a uma rígida padronização de formas, as quais muitas vezes se transformavam em símbolos. Se as cenas egípcias parecem definitivamente irreais, isso não se deve a nenhum “primitivismo” (pois fica bem clara a habilidade técnica e a evidente compreensão das formas naturais). Era antes, conseqüência direta da função essencialmente intelectual que a arte desempenhava. Toda figura era mostrada do ângulo em que pudesse ser mais facilmente identificada, conforme uma escala que se baseava na hierarquia, sendo o tamanho dependente da posição social. Daí resultava um aspecto muitíssimo padronizado, esquemático e quase diagramático. A absoluta preocupação com a precisão e a representação “completa” aplicava-se a todos os temas; assim, a cabeça humana é sempre reproduzida de perfil, mas os olhos são sempre mostrados de frente. Por essa razão, não há perspectiva nas pinturas egípcias – tudo é bidimensional.

O Estilo e a Composição 
Na maior parte, os murais egípcios, como na “Cena de caça a aves selvagens”, que está na tumba de um nobre em Tebas, eram criados com a técnica do “falso afresco” (que os italianos denominaram fresco secco). Nesse método, a têmpera é aplicada à argamassa já seca, ao contrário do que acontece na verdadeira pintura a freco (o buon freco), que é feita sobre a massa úmida. A vida selvagem nos brejos de papiros e o gato de caça de Nebamun são mostrados com muita minúcia, mas a cena é idealizada.
O nobre está de pé em seu barco, segurando na mão direita três aves que acabou de abater e na esquerda uma espécie de bumerangue. É acompanhado pela esposa, que segura um buquê e usa um traje complexo, com um cone perfumado na cabeça. Entre as pernas de Nebamun, acocora-se sua filha, a pequena figura que apanha na água uma flor de lótus (a composição é um exemplo de como se convencionava determinar as dimensões das figuras conforme a hierarquia familiar e social). Na origem, essa pintura era parte de uma obra maior, que também incluía uma cena de pesca.

As Regras Egípcias de Representação 
Na arte egípcia, a representação por inteiro da figura humana organizava-se segundo a chamada “regra de proporção”, um rígido quadriculado, com dezoito unidades de igual tamanho, que garantia a repetição acurada da forma ideal egípcia em quaisquer escalas e posições. Era um sistema a prova de erro, que estabelecia as distâncias exatas entre as partes do corpo. O sistema até especificava o comprimento exato das passadas nas figuras de caminhantes e a distância entre os pés (ambos mostrados da face interna) nas figuras que estivessem a pé e imóveis. Os artistas desenhavam o quadriculado na superfície de trabalho e então ajustavam ali dentro a figura que pretendiam representar. Uma prancheta de desenho da XVIII Dinastia mostra o faraó Tutmés III num quadriculado desse tipo.
Os egípcios não adornavam apenas tumbas: eles também pintavam esculturas. Acredita-se que essa bela escultura de calcário, a “Cabeça de Nefertite”, esposa do faraó Akhenaton, tenha sido uma cópia de ateliê, pois a encontraram entre as ruínas da oficina de um escultor.
  1. A RELEGIÃO NO ANTIGO EGITO
    Havia , no Egito , uma relação profunda de religião com a arte , a literatura , a filosofia e a política .
    A religião política e politeísta antropozoomórfica ( Politeísmo : religião em que há um grande número de deuses ; antropozoomorfismo : os deuses eram identificados com formas humanas e/ou de animais ) . O culto era mais importante do que as crenças .
    Os egípcios acreditavam que os deuses comandavam o Universo , interferindo na vida humana a todo instante.
    No período Pré Dinástico , cada nomo tinha o seu deus próprio , o deus protetor . Ocorrida a unificação política , vários deles desapareceram , enqüanto outros ficaram mais conhecidos . É o caso , por exemplo de Amon Rá , deus sol , deus carneiro de Tebas . Havia , ainda , os deuses cósmicos : Num , o oceano ; Nuit , céu ; Geb , terra ; Iâh , lua ; que quase não tinham culto , uma vez que não eram protetores especiais de região alguma .
    Algumas seitas estrangeiras foram aceitas no Egito , como por exemplo , a do deus Baal , da Fenícia . Havia o culto a homens divinizados e a animais .
    No Egito , houve uma tentativa de transformar o politeísmo em monoteísmo . Sem sucesso . O faraó Amenófis IV , influenciado por religiões estrangeiras e ansioso por diminuir o poder dos sacerdotes , provocou uma revolução religiosa proclamando Atón ( sol ) o deus único .
    Os egípcios acreditavam na vida extra terrena , na imortalidade . Daí a necessidade da conservação do corpo através da mumificação . Devido aos altos custos , apenas uma pequena camada da população tinha acesso aos cuidados especiais que eram dispensados aos mortos . Cosmogonias e Teologias Uma cosmogonia que data do Antigo Império , põe nos em presença de Rá / Atum , que cria Shu (ar ) e Tefnut ( umidade ) , que produzem Geb ( terra ) e Nuit (céu ) . Por sua vez , estes dão origem a Osíris , Seth , Ísis e Nefth . O rei justo da Terra , Osíris foi morto por seu irmão Seth , que o despedaçou em 14 pedaços e jogou ao longo do Rio Nilo . Ísis , foi em busca dos pedaços do esposo , reuniu os , com exceção do falo , ressuscitou Osíris e concebeu um filho dele ( ainda que sem falo , mas tão somente com a energia espiritual ) , Hórus , o deus falcão , que travou uma luta com Seth que durou 80 anos e vingou o pai com o quem o faraó se identifica . Como na Mesopotâmia , cada templo das grandes cidades , sedes do poder , criava sua própria cosmogonia com o deus local no ápice da hierarquia . O ovo do qual saíra o Criador provinha do lago de Hermópolis .Ele emergia do caos aquático expresso por quatro seres : ocultação , trevas , estado amorfo e abismo aquoso .
    Em Heliópolis , surgira das águas uma colina primordial de areia , ainda visível no local onde o mundo começava . Quanto aos atos cosmogânicos , os mais rudes , como a masturbação do deus criador , eram muito valorizados ,mas nos principais centros religiosos surgiram teorias mais refinadas . Foi assim que numa tradição mais tardia , Ptah concebe Atum no coração e cria o pronunciando seu nome . Esse mito tornava Ptah superior a Atum e da mesma maneira Rá era superior a Atum , em virtude de sua posição anterior na cosmogonia .
    O mundo , segundo os egípcios era achatado e sustentava o céu , cuja forma de tigela invertida era , às vezes , a parte de baixo da vaca Háthor ou a parte de frente da deusa Nuit , que todas as noites engole o sol . Grande número de deuses têm formas de animais , o que não implica a adoração dos mesmos , mas talvez , o reconhecimento de uma autoridade essencial e mais profunda ou uma inteligência das qualidades arquetípicas das coisas vivas .
    A natureza proteiforme dos deuses egípcios é enigmática . São eles que criam os seres humanos , produzidos pela palavra de Ptah ou modelados no torno do oleiro . O espírito se conservará enquanto existir seu suporte físico . Essa preocupação com a subsistência faz com que a inumação ( sepultamento ) , segundo os ritos seja preferível à existência terrestre , mesmo confortável . As tumbas são mais importantes que as casas suntuosas e é impensável economizar em detrimento dos sacerdotes funerários .

    Osíris
    Antigo rei do Egito , dedicou se a melhorar os costumes selvagens de seus súditos , ensinou lhes o cultivo dos campos e deu lhes sábias leis . Quando pensou que sua obra estava terminada , entregou a administração dos assuntos de governo à sua esposa Ísis , e , acompanhado de seu filho Hórus , foi estendendo aos demais países os benefícios da agricultura , as leis e a religião . Visitou a Etiópia , a Arábia e a Índia , fazendo se amado e admirado pôr toda parte . Tífon ( Seth ) , seu irmão , sequioso pôr poder , matou o arrojando seu corpo ao Nilo . Ísis , querendo dar sepultura ao corpo de seu esposo , partiu em busca de seu cadáver , e , após muitas buscas , foi encontrá lo em Biblos , cidade fenícia , para onde as ondas o haviam carregado . Ísis , para vingar a morte de Osíris , reuniu um exército contra Seth , que foi vencido . À sua morte , os egípcios elevaram na à categoria de deusa sob figura de uma vaca e lhe deram o título de mãe de todas as coisas e de deusa universal . Para os egípcios , Osíris é o Sol e Ísis é a Lua .

    Ísis
    Divindade egípcia , chamada Sait , Tsit ou Iaset , irmã e mulher de Osíris , mãe de Hórus . Deusa da medicina , do casamento , da cultura do trigo , da magia ; personifica a primeira civilização egípcia .

    Hórus
    Filho de Ísis e Osíris , era uma divindade egípcia , representado por um falcão .





    A NOVA ARQUEOLOGIA A obra Estudo da Arqueologia escrita na década de 1940 pelo arqueólogo norte-americano Walter Taylor originou nova revolução, mas neste caso de caráter distinto. O autor expressava o descontentamento que os arqueólogos mostravam pela forma em que era desenvolvida a arqueologia norte-americana, e propunha que a arqueologia fosse algo além de uma mera classificação e análise dos objetos encontrados, para tentar conhecer os homens que os fizeram. Esta opinião exerceu forte influência em muitos jovens arqueólogos que tentaram pesquisar como e porque se produziram as mudanças culturais, ao invés de se limitarem a descrevê-las e datá-las. Eles consideravam que a finalidade da arqueologia deveria ser a formulação das leis de transformações culturais, o que a tornaria uma disciplina científica. Acreditavam que a compreensão dos processos de mudança cultural numa zona, objeto de estudo arqueológico, proporcionaria princípios básicos que poderiam ser estendidos a outras áreas. O líder do novo movimento, Lewis R. Binford, abordou este tema por volta de 1960, dando início a chamada "nova arqueologia".Suas características básicas são o uso explícito das teorias evolucionistas, o emprego de sofisticados conceitos culturais e ecológicos que em ocasiões requerem uma aproximação interdisciplinar no trabalho de campo e precisam da informática para analisar os dados, e o uso da teoria dos sistemas. Apesar de que nas décadas de 1970 e 1980 evidenciou-se que a “nova arqueologia”’ tinha fracassado na sua pretensão de transformar a arqueologia numa ciência geradora de leis, não se deve minimizar as abordagens que a década de 1960 proporcionou a esta disciplina, facilitando, em grande parte, a estrutura da arqueologia atual.Na década de 1970, arqueólogos europeus reconheceram que a cronologia da pré-história estabelecida a partir do carbono 14 era incorreta, devido às imperfeições do método. Foram propostos outros sistemas cronológicos que deram como resultado não somente a datação de monumentos concretos, mas também (segundo as palavras do arqueólogo britânico Colin Renfrew) “um novo enfoque do desenvolvimento cultural ao longo da pré-história”. Anteriormente considerava-se que certas conquistas culturais, como o início da metalurgia, tinham sido irradiadas a partir de um único ponto de origem localizado no Oriente Médio; atualmente se defende a existência de numerosos focos de irradiação cultural, dando lugar a idéia de que o homem é muito mais inovador do que se acreditava originariamente. Durante a década de 1980 e início de 1990, os arqueólogos norte-americanos, australianos e neozelandeses foram requeridos incessantemente para adaptarem suas estratégias de pesquisa aos desejos e interesses dos povos indígenas, que não só exigem a devolução de certos objetos e restos humanos para voltarem a ser enterrados, mas também o respeito a seus valores culturais nas escavações que realizam. A adequação das estratégias científicas de pesquisa sobre a sensibilidade das culturas tradicionais assinala uma nova direção na atividade arqueológica e supõe um desenvolvimento que apenas se contemplava há décadas atrás, quando se considerava que a rígida objetividade científica dominaria a curto prazo a arqueologia.No dia 9 de dezembro de 1998, em um artigo publicado de South African Journal of Science, arqueólogos sul-africanos anunciaram a descoberta, à nordeste da África do Sul, da mais antiga e bem preservada ossada de um ancestral humano. Batizado provisoriamente de Little foot, o fóssil é cerca de dois milhões de anos mais antigo do que qualquer outro já encontrado. O chefe da equipe que fez a descoberta, Ronald Clark, paleoantropólago da Universidade de Witwaterrand, afirmou acreditar que esta descoberta poderá elucidar alguns dos elos perdidos na evolução da espécie humana.
    Abidos (Egito), antiga cidade egípcia, na margem ocidental do rio Nilo, a 160 km rio abaixo de Tebas. Em Abidos, foi sepultada a maioria dos reis egípcios da I e II dinastias, entre 3100 e 2755 a.C. O Grande Templo, construído durante o reinado de Seti I, entre 1291 e 1279 a.C., encontra-se em extraordinário estado de conservação.
    Abissínio, Gato, raça de pelagem curta, também conhecido como gato etíope, uma das mais antigas desse tipo de gato doméstico. A origem exata do abissínio é desconhecida, embora acredite-se que ele descenda do gato sagrado do Egito. É um animal ágil e elegante.
    Abu Simbel, local de dois templos às margens do rio Nilo, ao sul de Assuã, no norte do Egito. Os templos foram construídos num penhasco de pedra arenosa, aproximadamente no ano de 1250 a.C., durante o reinado de Ramsés II. O templo maior foi dedicado por Ramsés II aos principais deuses de Heliópolis, Mênfis e Tebas. O templo menor foi dedicado por Ramsés a sua rainha, Nefertari, e à deusa Hator.Os templos, os monumentos mais importantes da antiga Núbia, não eram conhecidos no Ocidente até 1812, quando foram descobertos pelo explorador suíço Johann Ludwig Burckhardt.
    ANTIGO IMPÉRIO  Durante as primeiras dinastias, construíram-se importantes complexos funerários para os faraós em Abidos e Sakkara. Os hieróglifos (escrita figurativa), forma de escrever a língua egípcia, encontravam-se então em seu primeiro nível de evolução e já mostravam seu caráter de algo vivo, como o resto da decoração.Na III dinastia, a capital mudou-se para Mênfis e os faraós iniciaram a construção de pirâmides, que substituíram as mastabas como tumbas reais. O arquiteto, cientista e pensador Imhotep construiu para o faraó Zoser (c. 2737-2717 a.C.) uma pirâmide em degraus de pedra e um grupo de templos, altares e dependências afins. Deste período é o famoso conjunto monumental de Gizé, onde se encontram as pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos.A escultura caracterizava-se pelo estilo hierático, a rigidez, as formas cúbicas e a frontalidade. Primeiro, talhava-se um bloco de pedra de forma retangular; depois, desenhava-se na frente e nas laterais da pedra a figura ou objeto a ser representado. Destaca-se, dessa época, a estátua rígida do faraó Quéfren (c. 2530 a.C.).A escultura em relevo servia a dois propósitos fundamentais: glorificar o faraó (feita nos muros dos templos) e preparar o espírito em seu caminho até a eternidade (feita nas tumbas).Na cerâmica, as peças ricamente decoradas do período pré-dinástico foram substituídas por belas peças não decoradas, de superfície polida e com uma grande variedade de formas e modelos, destinadas a servir de objetos de uso cotidiano. Já as jóias eram feitas em ouro e pedras semipreciosas, incorporando formas e desenhos, de animais e de vegetais.Ao finalizar a VI dinastia, o poder central do Egito havia diminuído e os governantes locais decidiram fazer as tumbas em suas próprias províncias, em lugar de serem enterrados perto das necrópoles dos faraós a quem serviam. Desta dinastia data a estátua em metal mais antiga que se conhece no Egito: uma imagem em cobre (c. 2300 a.C.) de Pepi I (c. 2395-2360 a.C.).
    Arqueologia (do grego arkháios, “velho” ou “antigo” e logos, “ciência”), literalmente estudo das antigas culturas da humanidade. A maioria dos arqueólogos do passado, limitaram a origem de sua disciplina ao estudo de antigüidades e definiram a arqueologia como o “estudo sistemático dos restos materiais da vida humana já desaparecida” outros arqueólogos enfatizaram os aspectos comportamentais e a definiram como “a reconstrução da vida dos povos antigos”. Em alguns países, especialmente nos Estados Unidos, tem sido considerada como uma subdisciplina da antropologia. Enquanto esta se centra no estudo das culturas humanas, a arqueologia se dedica ao estudo das manifestações materiais das ditas culturas. Deste modo, se as antigas gerações de arqueólogos estudavam um velho utensílio de cerâmica como um elemento cronológico que ajudaria a datar a cultura da qual era o objeto de estudo, ou simplesmente como um objeto com um certo valor estético, os antropólogos concebiam o mesmo objeto como um instrumento que serviria para compreender o pensamento, os valores e a cultura de quem o fabricou.A investigação arqueológica é vinculada, fundamentalmente, à Idade da Pedra e à Antigüidade; no entanto, durante as últimas décadas a metodologia arqueológica vem sendo aplicada a etapas mais recentes, como a Idade Média ou o período industrial iniciado em fins do século XVIII e princípios do XIX. Na atualidade, os arqueólogos dedicam sua atenção a materiais recentes e investigam os resíduos e os depósitos urbanos, originando a denominada arqueologia industrial.A moderna arqueologia se inter-relaciona com outras disciplinas científicas; assim, os arqueólogos, para estabelecer a cronologia, costumam utilizar métodos de datação desenvolvidos por outras ciências: o sistema do carbono 14 (radiocarbono), pelos físicos nucleares; as técnicas de datação geológica, pelos geógrafos; e as técnicas de estudo dos restos da fauna, pelos paleontólogos. Além disso, para reconstruir antigas formas de vida, os arqueólogos se valem de procedimentos próprios da sociologia, demografia, geografia, economia e as ciências políticas.
    Arquitetura, arte ou ciência de projetar e construir edifícios de caráter durável. Segue determinadas regras, com o objetivo de criar obras adequadas ao propósito de serem visualmente agradáveis e capazes de provocar prazer estético. No século I a.C., o arquiteto e tratadista romano Vitrúvio determinou as três condições básicas da arquitetura: firmitas, utilitas, venustas (resistência, funcionalidade e beleza). Através de diferentes estilos — como, por exemplo, gótico, barroco e neoclássico, a arquitetura identifica diversas épocas ao longo da história. Também pode ser classificada por outros parâmetros, associados a uma cultura ou um período histórico determinado.O estilo arquitetônico reflete valores ou necessidades sociais, independentemente da obra construída (casas, fábricas, hotéis, aeroportos, igrejas, etc.). Seja qual for o caso, a arquitetura não depende simplesmente do gosto dos cânones estéticos, levando também em consideração uma série de questões práticas: a escolha dos materiais e sua aplicação, a disposição estrutural das cargas e o preceito fundamental do uso a que está destinado o edifício.
    Art déco, estilo inovador, popular nas décadas de 1920 e 1930, surgido como reação à sinuosidade e excesso de elaboração do art nouveau. O art déco foi bastante utilizado em mobiliário, ourivesaria, indumentária, cerâmica e decoração de interiores. Suas formas estilizadas transmitem elegância e sofisticação.Estética nova, celebrizando o auge da mecanização da virada do século, o art déco tem como principal característica a utilização de linhas definidas, contornos nítidos e formas elegantes e simétricas. Também associam-se a este estilo as cores primárias brilhantes, cromagens, esmaltes, pedras muito polidas e desenhos de inspiração egípcia e grega.No Brasil, a tendência déco foi bastante utilizada. John Graz, suíço radicado em São Paulo, participou da Semana de Arte Moderna com várias pinturas art déco baseadas em temas brasileiros. Na escultura, Brecheret inovou com Fuga para o Egito, considerada, por Mário de Andrade, “diferente, uma bijuteria chic”. Durante a década de 1930, o art déco viveu seu apogeu na arquitetura. Vários edifícios e casas foram construídos, inclusive o prédio Martinelli, em São Paulo.A partir de 1930, o art déco começa a ser largamente utilizado nas fachadas e construções particulares portuguesas. A cidade do Porto, sobretudo, viveu uma intensa renovação de gosto arquitetônico com belíssimas obras em art déco, entre as quais se destaca a Farmácia Vitália.
    Arte egípcia- Muitos dos objetos feitos nesse período são comemorativos: relevos que descrevem cenas de banquetes, celebrações de vitórias militares ou construções de templos. Vários deles, como a esteira de calcário litográfico do rei Eannatum de Lagash, eram utilizados, freqüentemente, como limites.Nos selos cilíndricos talhados, assim como na escultura de metal, os temas mitológicos são os motivos mais comuns de representação. Num grande relevo em cobre do templo de El-Obeid (c. 2340 a.C.), uma águia com cabeça de leão e asas estendidas se lança sobre dois cervos. As figuras, metade homem, metade touro, foram motivos destacados.A escultura suméria, geralmente de alabastro, exibe uma grande variedade de estilos e algumas de suas formas geométricas são muito expressivas. Incluem figuras de oferendas, sacerdotes ou governantes, algumas do sexo feminino. No templo de Abu, em Tell Asmar, foram encontradas 12 delas. Estas esculturas de pedra (c. 2740 a.C.-2600 a.C.), com seus braços dispostos diante do peito com as mãos juntas, têm olhos enormes, redondos e saltados, de olhar fixo, feitos com conchas marinhas e calcário negro. A arquitetura desse período, em Mari (atual Tell Hariri, Síria), mostra influências da área ocidental da Mesopotâmia.
    AS ARTES SÍRIA, FENÍCIA E PALESTINA  Por encontrarem-se a Síria, a Fenícia e a Palestina na rota terrestre entre a Ásia Menor e a África, a arte antiga destas regiões mostra a influência dos povos que as conquistaram, as atravessaram ou comercializaram com seus habitantes. Foram encontrados selos cilíndricos mesopotâmicos do período artístico Jemdet Nasr tanto na cidade israelense de Megido como em Biblos, capital da Fenícia. Posteriormente, os hurritas do norte da Síria especializaram-se no estalhe desses selos.A cerâmica, os trabalhos em pedra e os escaravelhos do século XXIX a.C. foram influenciados pela arte egípcia. As estatuetas de bronze encontradas em Biblos, assim como os punhais e outras armas cerimoniais, do início do segundo milênio a.C., são já marcadamente fenícios. Ainda que os motivos utilizados pelos artistas locais procedam de mais além do que de sua região imediata (Creta, Egito, Império Hitita e Mesopotâmia), a técnica empregada nos objetos artísticos encontrados em Biblos e Ugarit, com todo seu significado cultural, é especialmente fenícia. Os ourives fenícios foram adestrados artesãos, porém a qualidade de seu trabalho dependia da sensibilidade da clientela. Quiçá graças à competência egípcia, o trabalho em marfim foi sempre excelente. Os fenícios venderam suas mercadorias por todo o Oriente Médio e a expansão de sua iconografia e de seu alfabeto podem ser atribuídos ao fato de terem sido grandes comerciantes da Antigüidade.
    Cairo, capital do Egito e maior cidada da África. O Cairo é conhecida como Misr, nome árabe do Egito, o que mostra a importância que os egípcios dão a sua capital. Localizada perto do delta do rio Nilo, no norte do Egito. Esse lugar, povoado há mais de 6 mil anos, tem se mantido como capital desde as antigas civilizações egípcias.O Cairo moderno situa-se em ambas as margens do Nilo. No centro da cidade, encontram-se as instituições oficiais, universidades e o comércio. Em al-Jazirah, localiza-se o luxuoso bairro residencial de Zamalek, o Teatro da Ópera fundado em 1869 e vários grandes hotéis. Três pontes conectam a ilha com as duas margens do rio; outras duas pontes adicionais a unem à ilha de al-Roda, ao sul; e ao norte, encontra-se uma última ponte rodoviária e ferroviária, que transporta cargas e pessoas pelo Nilo. O aeroporto fica a 24 km a noroeste. As zonas industriais aumentam o congestionamento e limitam o crescimento do Cairo.As pirâmides e a Esfinge estão na parte ocidental do Cairo, no bairro de Gizé. Também há outras construções religiosas e governamentais espetaculares, como a Cidadela, construída em 1176 d.C., que oferece uma vista panorâmica da cidade. No Velho Cairo, o Fustat, vêem-se três das portas da antiga muralha que cercava a cidade (originalmente eram oito).A universidade religiosa de Al-Azhar é a instituição educativa mais antiga do mundo islâmico. Fundada no ano 970 d.C., suas opiniões exercem grande influência em todo o mundo árabe. O Museu Egípcio, construído em 1900, possui centenas de milhares de magníficas peças, entre as quais se incluem mais de 1.700 da coleção do faraó Tutankhamen. Outros museus são o de Artes Arábicas, o Copto e o Mahmud Jalil.A primeira capital do Egito foi a cidade de Un, construída ao norte do atual Cairo há mais de 6 mil anos. Quando os fatímidas conquistaram o Egito, em 969, estabeleceram sua sede nesse lugar, passando a chamá-la de Al-Qahira, “a Vitoriosa”, origem do nome inglês atual do Cairo. Em 1517, a cidade foi conquistada pelos turcos otomanos e seu governo durou até 1798, tendo sido restaurado em 1801. Em meados do século XIX, o Cairo estava completamente europeizado. Em 1869, foi aberto o canal de Suez. Começou então o domínio britânico e a população se duplicou. A Liga Árabe fez do Cairo uma capital política e nela são realizados encontros internacionais, como a Conferência das Nações Unidas sobre População e Desenvolvimento (1994). População (1992): 6.452.000 habitantes.
    Calendário egípcio É o primeiro calendário  da História da humanidade. Surge por volta de 3.000 a.C. O ano tem 365 dias, divididos em 12 meses de 30 dias e mais cinco dias extras, dedicados aos deuses. Os egípcios são os primeiros a utilizar um calendário solar, embora os 12 meses de 30 dias sejam de origem lunar. O ano tem 365 dias e 6 horas a menos que o ano solar, o que significa atraso de um dia a cada quatro anos. O ano começava no momento em que Sirius, a estrela mais brilhante do céu, aparecia no mesmo lugar em que o Sol nascia. Este fenômeno coincidia com a cheia do Rio Nilo.
    Champollion, Jean François (1790-1832), arqueólogo francês, criador da egiptologia como disciplina contemporânea. Em 1821, começou a decifrar os hieróglifos egípcios da pedra de Rosetta, chave para se compreender o antigo Egito.Suas obras mais importantes são Resumo do sistema hieroglífico (1824), Grammaire Egyptienne (Gramática egípcia, 1835-1841) e Dictionnaire égyptien en écriture hiérogliphique (Dicionário egípcio em escrita hieroglífica, 1842-1843), as duas últimas publicadas após a sua morte.
    CONSTRUÇÃO  Quando os materiais são dispostos verticalmente e todas as cargas sofrem compressão, a estrutura é bastante estável, como no caso dos muros. O maior problema surge ao cobrir um espaço criado entre dois muros. As duas soluções básicas são o sistema de dintel (composto por colunas, pilares e dintéis ou vigas) e o sistema abobadado (baseado em pilares, muros, arcos e abóbadas ou suas derivadas, as cúpulas).No primeiro caso, os dintéis ou as vigas são dispostos horizontalmente, apoiados sobre pilares e colunas. Depois, sobre as vigas, são colocadas outras estruturas (coberturas, forros etc.), que recebem o telhado ou servem de base para o solo do piso seguinte.Já no sistema abobadado, os elementos estruturais são curvos, em vez de retos. O muro se abre mediante arcadas, formadas por fileiras de arcos sobre pilares ou colunas. Para a cobertura emprega-se a abóbada semicilíndrica, que é criada pela projeção horizontal de um arco. Quando é necessário cobrir grandes espaços de simetria central, utiliza-se a cúpula semi-esférica, criada a partir da rotação de um arco sobre seu centro.O sistema de dintel pode ser executado com inúmeros materiais, mas as peças horizontais devem trabalhar por flexão, ou seja, devem absorver esforços de compressão na parte superior e de tração na parte inferior. Portanto, as vigas costumam ser de madeira, ferro ou concreto armado. Os materiais pétreos são pouco apropriados, visto que não são muito resistentes às tensões de tração. Para que possam ser utilizados como elementos horizontais, devem ter volume e peso muito maiores. Entretanto, nos arcos e abóbadas, todos os elementos sofrem compressão, de modo que, seguindo esse sistema, é possível cobrir grandes espaços com pedra, tijolo, argamassa ou concreto. As abóbadas geram uma série de tensões laterais, que devem ser compensadas com o uso de contrafortes.Outros elementos importantes nos sistemas de coberturas são as estruturas (de madeira ou outros materiais) que servem para cobrir espaços maiores com um peso menor que o da viga convencional. As estruturas podem ser de madeira ou de aço (em forma de perfis abertos ou tubos) e são conhecidas com o nome de cimbres. Podem tomar qualquer forma pois se baseiam na subdivisão da estrutura em triângulos. Essa figura elementar, composta pela união de três segmentos unidos por seus extremos, pode se estender até o infinito pelo princípio da triangulação. Para estruturá-la, basta unir uma viga horizontal a outras duas vigas dispostas em ângulo. Cada um desses triângulos é submetido a seus próprios esforços de tração e compressão. No século XVIII, os matemáticos aprenderam a aplicar seus conhecimentos ao estudo das estruturas, possibilitando o cálculo das tensões exatas produzidas em qualquer situação. Assim, iniciou-se o desenvolvimento das estruturas espaciais, que se baseiam simplesmente no sistema de cimbres ou em outros elementos dispostos de forma tridimensional.Durante o século XIX, a engenharia realizou inúmeras obras de grande porte, como pontes, diques e túneis. Para tanto, foi imprescindível um avanço científico na construção, como o cálculo de estruturas e a resistência dos materiais. Atualmente, é possível cobrir espaços com estruturas aglutinantes que trabalham por tração ou com estruturas pneumáticas, cujas superfícies são sustentadas por meio de ar e pressão. Os cálculos tornam-se particularmente complexos no caso de estruturas elevadas, em que a pressão do vento ou o risco de movimentos sísmicos passam a ser fatores mais importantes que a própria gravidade.A arquitetura também deve ocupar-se do equipamento interno dos edifícios e de suas instalações. Nas últimas décadas, foram inventados complexos sistemas de refrigeração, instalações elétricas e sanitárias, sistemas de prevenção contra incêndios, iluminação artificial, elementos de circulação (como corredores e escadas rolantes, elevadores hidráulicos etc.). Há algum tempo a informática pode ser utilizada para controlar todos esses sistemas, fazendo surgir o que se conhece como edifício inteligente. Todos esses fatores contribuíram para aumentar as expectativas de bem-estar, bem como os custos de construção.Através da história, uma série de fatores geraram diferentes formas de construção. Deste modo, as obras mais nobres da arquitetura — templos, igrejas, catedrais e mesquitas — nasceram de motivações religiosas e servem para criar lugares propícios ao diálogo com Deus, à doutrinação dos fiéis ou à celebração de rituais sagrados. Outro fator motivador foi o sentimento de segurança: as estruturas mais duradouras eram construídas para serem também elementos de defesa, como as muralhas ou os castelos. Um dos fatores que mais influenciou a arquitetura ao longo da história foi o desejo de ostentação: edifícios que sejam o orgulho de um povo, que reflitam o status pessoal ou coletivo, ou palácios para reis e imperadores, construídos como símbolos de poder. Em geral, as classes privilegiadas sempre foram mecenas de arquitetos, artistas e artesãos, e seus projetos se converteram, algumas vezes, no melhor legado artístico de sua época. Atualmente, seu papel foi substituído pelas grandes multinacionais, pelos governos e pelas universidades, que desempenham sua função de forma menos pessoal.A complexidade da vida moderna provocou a proliferação de tipos de construção. Em nossos dias, a arquitetura ocidental dedica-se especialmente ao desenho de conjuntos habitacionais, edifícios de escritórios, centros comerciais, supermercados, escolas, universidades, hospitais, aeroportos, hotéis e complexos turísticos. Em todos os casos, o projeto de um edifício nunca é realizado de forma isolada, mas sim levando em consideração as interações com o ambiente à volta. Tanto os arquitetos como seus clientes têm consciência desse problema e utilizam o urbanismo para evitar impactos negativos sobre as regiões antigas das cidades.Tombado desde 1980 pelo patrimônio histórico, o Hotel Copacabana Palace, um prédio que marca a história e a arquitetura do Rio de Janeiro, comemorou 75 anos no dia 13 de agosto de 1998. O projeto original do Copacabana Palace é do arquiteto Joseph Guire que se inspirou no estilo da Rivieira francesa. Ver também Arte e arquitetura da Mesopotâmia; Arte e arquitetura do Egito; Arte e arquitetura da Grécia; Arte e arquitetura de Roma; Românico; Arte e arquitetura góticas; Arte e arquitetura do Renascimento; Arte e arquitetura barrocas; Neoclassicismo;  Arquitetura contemporânea.
    Conto, narração breve, oral ou escrita, de um sucesso imaginário. Tem um número reduzido de personagens que participam de uma só ação, em um foco temático. Sua finalidade é provocar no leitor uma única resposta emocional. Originariamente, o conto é uma das formas mais antigas de literatura popular de transmissão oral. Entre os principais autores de contos infantis figuram Perrault, Grimm e Andersen.Os contos mais antigos aparecem no Egito em torno do ano 2000 a.C. (ver literatura egípcia). Mais adiante cabe mencionar as fábulas do grego Esopo e as versões dos escritores romanos Ovidio e Lucio Apuleyo, baseadas em contos gregos e orientais. Junto a popular coleção de contos indígenas conhecida como el Panchatantra (século IV d.C.), a principal coleção é, sem dúvida, As mil e uma noites. Os Contos de Canterbury de Chaucer, El libro del conde Lucanor, do infante Don Juan Manuel, e Decameron, de Boccaccio, estão claramente inspirados nessa obra.O conto tal e qual o conhecemos hoje alcança sua maturidade ao longo do século XIX nas numerosas publicações de revistas literárias, que pouco a pouco refletiam as principais modas da época. Durante o romantismo destacam-se os relatos de Heinrich von Kleist e E.T.A. Hoffmann na Alemanha; Edgar Allan Poe, Henry James e Nathaniel Hawthorne nos Estados Unidos; Nikolai Gogol, Tolstoi e Tchekhov na Rússia; Prosper Mérimée, Guy de Maupassant, Honoré de Balzac e Gustave Flaubert na França e Clarín, Juan Varela, Emilia Pardo Bazán e Gustavo Adolfo Bécquer na Espanha.Desde o início do século XX foi publicada uma enorme quantidade de contos em quase todas as línguas. Os experimentos temáticos e narrativos rivalizam com a maestria na arte de narrar à maneira tradicional, como se observa na obra do escritor inglês Somerset Maughan, um dos mais prolíficos e populares. Nos Estados Unidos destacam-se autores como Mark Twain, Stephen Crane, Ernest Hemingway e William Faulkner. Na Espanha autores como Álvaro Cunqueiro, Ignacio Aldecoa ou Ana María Matute são os que mais se destacam. Na América Latina o conto nasceu com Tradições peruanas, de Ricardo Palma, e posteriormente desenvolveu-se com Jorge Luís Borges, que vincula o fantástico com o jogo mental, recorrendo sempre ao tempo, os espelhos, os labirintos ou os livros imaginários. Também destacam-se Julio Cortázar e Gabriel García Márquez.
    Coptas, Arte e arquitetura, objetos artísticos e construções associados ao povo copta, os cristãos do Egito, entre os séculos III e XII. A arte copta, que não foi totalmente cristã em seu conteúdo e em suas aplicações, inspirou-se em diversas fontes: por um lado, no repertório artístico do antigo Egito — clássico e helenístico — e do Oriente Médio; e, por outro, no seu mundo contemporâneo no vale do Nilo. Embora a arte copta seja geralmente associada ao cristianismo, muitos de seus temas artísticos são pagãos, como as cenas dionisíacas, as composições bucólicas inspiradas na poesia clássica e os grupos de nereidas e mênades representados em seus tecidos. A figura de Afrodite, por exemplo, aparece com freqüência nas esculturas e nos relevos.Até recentemente, os arqueólogos mostravam pouco interesse pelos objetos coptas. Por essa razão, não há registros da data da origem e da procedência de grande parte deles. A maior parte da arte copta remonta aos séculos V ao VII e, pelo que se sabe, seus primeiros centros artísticos foram Ihnasya al-Madina em El Fayum, Antínoe no Egito Médio e Akhmim no Alto Egito. Os afrescos dos monastérios de São Jeremias em Saqqara (Baixo Egito) e São Apolo em Bawit (Egito Médio), ambos fechados na segunda metade do século VI, são algumas das poucas obras coptas às quais se pode atribuir um espaço e um tempo específicos. A arte copta, tanto na pintura como na escultura, caracteriza-se por uma interpretação da figura humana menos refinada que a de seus antepassados egípcios. Seu estilo caracteriza-se pela representação de enormes olhos desorbitados, longos torsos e, sobretudo, por uma marcante frontalidade. Os suportes artísticos mais utilizados da arte copta foram os tecidos, a escultura e o relevo em pedra e madeira, embora também sejam importantes a metaloplastia, o vidro, a cerâmica, o marfim e os manuscritos com miniaturas. A arte copta perdurou durante vários séculos, perdendo parte de sua relevância depois da conquista dos árabes (641-643).
    Creta (ilha), região insular do sudeste da Grécia, é a quinta maior ilha do mar Mediterrâneo. As montanhas, que ultrapassam os 2.286 m de altitude, e as numerosas cavernas são seus aspectos fisiográficos mais característicos.A agricultura é a principal fonte de riqueza e, embora as técnicas tradicionais limitem sua produtividade, são empregados métodos agrícolas modernos para o cultivo da azeitona. Suas principais cidades são Khaniá, a capital, e Heraklion, a maior de todas, próxima à antiga Cnosos.Os modernos descobrimentos arqueológicos revelam que desde o ano de 3000 a 1200 a.C. a ilha foi centro de uma próspera civilização da idade do bronze, denominada civilização do mar Egeu e, mais concretamente, civilização minóica, que rivalizava com as do Egito e da Mesopotâmia. Desde o século XIII até a atualidade, tem estado sob o domínio dos cavaleiros cruzados, do Império Otomano, do Egito e da Grécia. Os últimos a ocupar a ilha foram os alemães durante a II Guerra Mundial; após sua derrota em 1945, voltou a integrar-se à Grécia.
    Deus, o ser supremo, princípio gerador do mundo nas religiões. Para o monoteísmo, um único Deus é o criador e origem de todas as coisas existentes, sendo descrito com atributos de perfeição: infinitude, imutabilidade, eternidade, bondade, conhecimento e poder.Deus pode ser transcendente — isto é, estar acima do mundo — ou imanente, presente em todo o universo. Nas grandes religiões monoteístas, Deus é venerado como uno, como a suprema unidade criadora de todas as coisas. O politeísmo ou crença em vários divindades, atribui a cada uma delas influência nas diferentes ordens do universo.Para o judaísmo, o ser humano foi feito à “imagem e semelhança” de Deus (Jeová). A compreensão hebraica de Deus é essencialmente antropomórfica e inclui a idéia de que Deus é rei, juiz e pastor.O cristianismo assumiu o deus hebraico e, com o tempo, as escrituras judaicas se tornaram no Antigo Testamento para os cristãos. No Novo testamento, Jesus foi enaltecido como pastor divino, criando-se, assim, tensão com a tradição monoteísta do judaísmo. A solução para o problema foi o surgimento da doutrina - existente em outras crenças anteriores - de Deus trino, a Trindade. O Espírito Santo — a igreja cristã ocidental afirma que o Espírito Santo provém do Pai e do Filho enquanto a oriental garante proceder só do Pai, controvérsia do filioque que deu origem ao cisma entre as igrejas cristã romana e cristã ortodoxa. O Espírito Santo é a Graça e é sobrenatural e transcendente. Aliás, quem encarna é o Filho, o que revela sua imanência.Para o Islã, Deus é Alá, pessoal, transcendente e único. Sua representação é proibida em qualquer forma de ser vivo. A principal crença islâmica é a proclamação “Não há outro Deus senão Alá, e Maomé é seu único profeta”.No hinduísmo, o Ser sagrado é Brahma, realidade única, eterna e absoluta. São reconhecidos muitos deuses, mas todos são manifestações de Brahma. Os três deuses principais,encarregados da criação, preservação e destruição, unem-se em Trimurti, ou os três poderes, antecedente da Trindade cristã.A Realidade Última, ou Ser Sagrado, constitui a ordem cósmica impessoal. No budismo mahayana da China e do Japão, o próprio Buda foi transformado em ser divino. O politeísmo se desenvolveu no Egito, Mesopotâmia, Grécia e Roma, a partir da crença em várias forças espirituais: o animismo.
    ECONOMIA  O produto interno bruto (1993-1994) é de 51,6 bilhões de dólares.É um país predominantemente agrícola. O aproveitamento da terra está entre os mais altos do mundo: é o maior produtor de algodão de fibra longa e um dos maiores produtores de milho do mundo. Na pecuária, destaca-se a criação de animais de carga. O país possui uma importante indústria pesqueira.O petróleo e o gás natural são os produtos minerais mais importantes. Há uma forte indústria de fiação de algodão, juta e lã, tecidos, açúcar refinado, ácido sulfúrico, fertilizantes nitrogenados, papel e cimento.A unidade monetária é a libra egípcia.
    Egípcia, Língua, idioma do Egito desde os tempos remotos até o século XIV d.C. É a única língua da subfamília egípcia pertencente ao grupo camito-semítico. Foram encontradas muitas inscrições em tumbas, templos, colunas e estátuas escritas em egípcio arcaico.O egípcio divide-se em cinco períodos: antigo (antes de 3000 a.C. a 2200 a.C.); médio ( 2200 a.C. a 1600 a.C); tardio (1550 a.C. a 700 a.C.); demótico (ou egípcio popular,  700 a.C. a 400 a.C.); e copto (entre 300 e 1400 d.C.). A última fase é, hoje, a língua da Igreja copta.Os egípcios desenvolveram três tipos de escrita: a hieroglífica (usada nas inscrições oficiais) e as duas formas cursivas, hierática e demótica.
    Egípcia, Literatura, literatura do antigo Egito, registrada em inscrições ou escrita em papiros.A antiga literatura egípcia se caracteriza por sua ampla diversidade de tipos e assuntos tratados. Utiliza recursos literários como o símil, a metáfora, a aliteração e o equívoco.A literatura religiosa do antigo Egito inclui hinos aos deuses, escritos mágicos e mitológicos, e uma extensa coleção de textos funerários. O campo da literatura secular inclui histórias, literatura instrutiva conhecida como “textos de instrução”, poemas, escritos biográficos e históricos e tratados científicos. Destacam-se também numerosos textos legais, administrativos e econômicos, assim como documentos privados em forma de cartas.
    Egípcia, Mitologia, conjunto de crenças que formava a religião do antigo Egito. As crenças religiosas dos antigos egípcios tiveram uma influência importante no desenvolvimento da sua cultura, embora nunca tenha existido entre eles uma verdadeira religião, no sentido de um sistema teológico unificado. A fé egípcia baseava-se na acumulação desorganizada de mitos antigos, culto à natureza e inumeraveis divindades. No mais influente e famoso destes mitos desenvolve-se uma hierarquia divina e se explicava a criação do mundo.De acordo com o relato egípcio da criação, no princípio só existia o oceano. Então Rá, o Sol, surgiu de um ovo (segundo outras versões de uma flor) que apareceu sobre a superfície da água. Rá deu à luz quatro filhos, os deuses Shu e Geb e as deusas Tefnet e Nut. Shu e Tefnet deram origem à atmosfera. Eles serviram-se de Geb, que se converteu na terra, e elevaram Nut, que se converteu em céu. Rá regia todas as coisas. Geb e Nut posteriormente tiveram dois filhos, Set e Osíris, e duas filhas, Ísis e Neftis. Osíris sucedeu Rá como rei da terra ajudado por Ísis, sua esposa e irmã. Set odiava seu irmão e o matou. Ísis embalsamou o corpo do seu esposo com a ajuda do deus Anúbis, que desta forma tornou-se o deus do embalsamento. Os feitiços poderosos de Ísis ressuscitaram Osíris, que chegou a ser rei do mundo inferior, da terra dos mortos. Horus, filho de Osíris e Ísis, derrotou posteriormente Set em uma grande batalha tornando-se rei da terra.Desse mito da criação surgiu a concepção da eneada, grupo de nove divindades, e da tríade, formada por um pai, uma mãe e um filho divinos. Cada templo local tinha sua própria eneada e sua própria tríade. A eneada mais importante foi a de Rá com seus filhos e netos. Este grupo era venerado em Heliópolis, centro do culto ao Sol no mundo egípcio. A origem das deidades locais é obscura; algumas vieram de outras religiões e outras de deuses animais da África pré-histórica. Gradativamente foram se fundindo em uma complicada estrutura religiosa, ainda que comparativamente poucas divindades locais tivessem chegado a ser importantes em todo o Egito. As divindades importantes incluíam os deuses Amon, Thot, Ptah, Khnemu e Hapi e as deusas Hator, Nut, Neit e Seket. Sua importância aumentou com o ascendente político das localidades onde eram veneradas. Por exemplo: a eneada de Menfis era encabeçada por uma tríade composta pelo pai Ptah, a mãe Seket e o filho Imhotep. De qualquer modo, durante as dinastias menfitas, Ptah chegou a ser um dos maiores deuses do Egito. De forma semelhante, quando as dinastias tebanas governaram o Egito, a eneada de Tebas adquiriu grande importância, encabeçada pelo pai Amon, a mãe Mut e o filho Khonsu. Conforme a religião foi se desenvolvendo, muitos seres humanos glorificados após sua morte acabaram sendo confundidos com deuses. Assim Imhotep, que originariamente fora o primeiro ministro do governador da III Dinastia Zoser chegou a ser conceituado como um semideus. Durante a V Dinastia, os faraós começaram a atribuir a si mesmos ascendência divina e desde essa época foram venerados como filhos de Rá. Deuses menores, simples demônios, ocuparam também um lugar hierarquico entre as divindades locais.
    Egito Paraíso dos arqueólogos, o Egito é o berço de uma das mais importantes civilizações da Antiguidade : é o país das pirâmides , dos hieróglifos e dos faraós. Grande parte de seu território, no nordeste da África, é tomada por desertos . Para sobreviver, depende do Rio Nilo, que garante o abastecimento de água e energia elétrica, e, ao longo de suas margens, possibilita a agropecuária.
    Egito, Arte e arquitetura do, edifícios, pinturas, esculturas e artes aplicadas do antigo Egito, da pré-história à conquista romana no ano 30 a.C. A história do Egito foi a mais longa de todas as civilizações antigas que floresceram em torno do Mediterrâneo, estendendo-se, quase sem interrupção, desde aproximadamente o ano 3000 a.C. até o século IV d.C.A natureza do país — desenvolvido em torno do Nilo, que o banha e fertiliza, em quase total isolamento de influências culturais exteriores — produziu um estilo artístico que mal sofreu mudanças ao longo de seus mais de 3.000 anos de história. Todas as manifestações artísticas estiveram, basicamente, a serviço do estado, da religião e do faraó, considerado como um deus sobre a terra. Desde os primeiros tempos, a crença numa vida depois da morte ditou a norma de enterrar os corpos com seus melhores pertences, para assegurar seu trânsito na eternidade.A regularidade dos ciclos naturais, o crescimento e a inundação anual do rio Nilo, a sucessão das estações e o curso solar que provocava o dia e a noite foram considerados como presentes dos deuses às pessoas do Egito. O pensamento, a cultura e a moral egípicios eram baseados num profundo respeito pela ordem e pelo equilíbrio. A arte pretendia ser útil: não se falava em peças ou em obras belas, e sim em eficazes ou eficientes.O intercâmbio cultural e a novidade nunca foram considerados como algo importante por si mesmos. Assim, as convenções e o estilo representativos da arte egípcia, estabelecidos desde o primeiro momento, continuaram praticamente imutáveis através dos tempos. Para o espectador contemporâneo a linguagem artística pode parecer rígida e estática. Sua intenção fundamental, sem dúvida, não foi a de criar uma imagem real das coisas tal como apareciam, mas sim captar para a eternidade a essência do objeto, da pessoa ou do animal representado.
    Egito, república situada no Oriente Médio. Faz fronteira ao norte com o mar Mediterrâneo, a leste com Israel e o mar Vermelho, ao sul com o Sudão e a oeste com a Líbia. Possui uma superfície de 997.738 km2. Sua capital é o Cairo.O Egito é fruto do rio Nilo, berço de uma das civilizações mais grandiosas da antigüidade, cujas referências históricas remontam a 3200 a.C.
    Em 1922, o país declara a independência e adota o regime monárquico, sob o reinado de Fuad I. Mas o Reino Unido mantém sua presença militar e continua a controlar o Egito até 1936, quando se retira, deixando tropas apenas na zona do Canal.
    Em 238 a.C., Ptolomeu Energetes sugeriu a introdução de um dia a mais a cada quatro anos, nos últimos dias do ano, de modo a fazer coincidir o início do ano com o ano solar. Sua sugestão foi recusada. Somente entre 26 a.C. a 23 a.C., a modificação foi realizada. A partir daí, o calendário passou a ser denominado de alexandrino. O ano dividia-se em três estações de quatro meses: a estação das inundações ou cheias do Nilo (akket), a das semeaduras (pert) e a das colheitas (shemu).
    Em fevereiro, a violência política agita o norte do país, na Província de Asyut, reduto do grupo extremista islâmico Gammaat-i-Islami: 24 pessoas morrem durante os distúrbios  que se seguem ao assassinato de dois líderes do Gammaat pela polícia. Em abril, o governo egípcio intensifica sua campanha contra os militantes islâmicos, prendendo 245 membros de diversos grupos. Em resposta, pistoleiros do Gammaat matam 18 turistas gregos e ferem 15, no Cairo. Ao reivindicar o atentado, o grupo afirma que atingiu o alvo errado: a intenção era matar um grupo de turistas israelenses em vingança contra os ataques de Israel ao Líbano.
    Em julho de 1952, um grupo de oficiais liderado pelo coronel Gamal Abdel Nasser depõe o rei Faruk e, no ano seguinte, proclama a república. Nasser, que se torna presidente em 1954, adota uma política modernizante e fortemente nacionalista. Promove a reforma agrária e inicia a industrialização do país. Esse processo termina, em 1956, com a nacionalização do Canal de Suez.
    Embalsamamento, rito funerário; arte de conservar os corpos depois da morte pela utilização de substâncias químicas. Acredita-se que começou a ser praticado no Egito por volta do ano 4.000 a.C. e perdurou por mais de trinta séculos. Há muitas evidências demonstrando que o embalsamamento teve uma origem religiosa, concebido como um meio de preparar o morto para a vida depois da morte (ver Mitologia egípcia).
    Embalsamento- geralmente era feito à base de resina de cedro perfumada e de uma imersão em loções fortes de cloreto e carbonato de sódio. Os olhos eram substituídos por contas de vidro; as vísceras extirpadas e todo o corpo envolto em faixa de linho.
    Entre novembro e dezembro de 1995, são realizadas as eleições legislativas. O governista Partido Nacional Democrático (PND), que conquista cerca de 73% das cadeiras, é acusado de fraude pela oposição. O governo promove mudanças no gabinete em janeiro de 1996 – entre elas, a primeira nomeação de uma mulher, Nawal al-Tatawi, como ministra da Economia.
    ÉPOCA TARDIA  Em Madinat Habu, perto de Tebas, na margem ocidental do Nilo, Ramsés III, o último da poderosa saga de faraós da XX dinastia, levantou um enorme templo funerário (1198-1167 a.C.), cujos restos são os mais conservados na atualidade.O rei assírio Assurbanipal conquistou o Egito, convertendo-o em província assíria até que Psamético I (664-610 a.C.) libertou o país da dominação e criou uma nova dinastia, a XXVI, denominada saíta. Desse período, destacam-se os trabalhos de escultura em bronze, de grande suavidade e brandura na modelagem, com tendência a formas torneadas. Os egípcios tiveram então contato com os gregos, alguns dos quais haviam servido em seu exército como mercenários, e também com os judeus, através de uma colônia que estes tinham no sul, perto de Asuán.A conquista do país por Alexandre Magno, em 332 a.C., e pelos romanos, no ano 30 a.C., introduziu o Egito na esfera do mundo clássico, embora persistissem suas antigas tradições artísticas. Alexandre (fundador da cidade de Alexandria, que se converteu num importante foco da cultura helenística) e seus sucessores aparecem representados em relevo nos muros dos templos como se fossem autênticos faraós — e num claro estilo egípcio, e não clássico. Os templos construídos durante o período ptolomaico (helênico) repetem os modelos arquitetônicos tradicionais do Egito.
    Escatologia, doutrina referente à vida após a morte e à etapa final do mundo. A crença numa vida de espíritos, uma substância que habita o corpo morto, é típica da escatologia primitiva. Com o avanço da civilização — e a partir do momento em que as forças cósmicas tornaram-se objetos de adoração — o conceito de vida futura tomou impulso. De acordo com os costumes tribais, a crença em um julgamento após a morte levou ao estabelecimento de pautas do bem e do mal. Através deste duplo desenvolvimento, a fé na imortalidade adotou um caráter moral como na escatologia do antigo Egito. Em outras culturas como, por exemplo, a indiana, acredita-se que o espírito entra em outro corpo após a morte para viver novamente e de novo morrer, reencarnando em novas formas (ver transmigração).No primitivo Israel, o Dia de Jeová (dia em que Deus separaria os bons dos maus) era imaginado em um futuro remoto onde aconteceria uma batalha, o Armagedon, que decidiria o destino das pessoas.Na doutrina cristã, a escatologia engloba a segunda vinda de Cristo ou parusia, a ressurreição da morte, o juízo final, a imortalidade da alma, a idéia de céu e do inferno e a instauração definitiva do reino de Deus. Na Igreja Católica Apostólica Romana, a escatologia compreende, também, a visão beatífica e o purgatório.O Islã adotou do judaísmo e do cristianismo a doutrina de um juízo vindouro, a ressurreição da morte, os castigos e os prêmios.O pensamento cristão liberal tem frisado a relação entre a alma e o reino de Deus considerando que esta relação — muito mais do que um acontecimento apocalíptico do final dos tempos — manifesta-se de forma terrena, em cada indivíduo.No judaísmo, o retorno de Israel à sua terra, a chegada do Messias, a ressurreição dos mortos e a recompensa ou castigos eternos, são ainda esperados pelos tradicionalistas. Os liberais fundamentam a missão de Israel na regeneração da espécie humana e na esperança de uma vida imortal, independente da ressurreição dos mortos.
    FATOS HISTÓRICOS – O antigo Egito é habitado por uma civilização cujos registros históricos datam do IV milênio antes de Cristo e que se desenvolve até o início da Era Cristã. Os povos do Nilo são, sucessivamente, dominados por gregos, romanos, persas, árabes – que introduzem o islamismo – e pelos turcos-otomanos, além de terem passado por uma breve ocupação das tropas francesas de Napoleão Bonaparte  (no final do século XVIII). A crescente influência européia, que tem como grande marco a construção do Canal de Suez  (inaugurado em 1869), é mantida pela ocupação britânica , a partir de 1882.
    Fenícia, antigo nome de uma estreita faixa de terra na costa leste do mar Mediterrâneo que atualmente constitui parte do Líbano. O território tem aproximadamente 320 km de comprimento e entre 8 e 25 km de largura. Os fenícios, chamados sidônios no Antigo Testamento e fenícios pelo poeta Homero, eram um povo de língua semítica, ligado aos cananeus da antiga Palestina. Fundaram as primeiras povoações na costa mediterrânea por volta de 2500 a.C. No começo de sua história desenvolveram-se sob a influência das culturas suméria e acádia da vizinha Babilônia. Por volta de 1800 a.C., o Egito, que começava a formar um império no Oriente Médio, invadiu e controlou a Fenícia, controlando-a até cerca de 1400 a.C. Por volta de 1100 a.C. os fenícios tornaram-se independentes do Egito e converteram-se nos melhores comerciantes e marinheiros do mundo clássico. A contribuição fenícia mais importante para a civilização foi o alfabeto. Atribui-se também a esta cultura a invenção da tinta de púrpura e do vidro. As cidades fenícias foram famosas por sua religião panteísta e seus templos eram o centro da vida cívica. A divindade fenícia mais importante era Astarté.
    Fundamentalismo – Em 6 de outubro de 1981, Sadat é assassinado por fundamentalistas muçulmanos, partidários da restauração das bases islâmicas da sociedade egípcia. Seu sucessor, Hosni Mubarak, mantém as linhas principais de sua política, apesar de sofrer pressão da maioria dos governos árabes contrários à conciliação com Israel.
    FUNDAMENTOS PARA A CRENÇA EM DEUS  Dependendo dos períodos históricos e culturais, as concepções de Deus variam de forma considerável. Mas a fé em um Ser Sagrado predominou em quase todas as sociedades. Entretanto, esta crença tem sido submetida a dúvidas através de doutrinas como o ceticismo, o materialismo, ateísmo e outras formas de descrença.O teólogo do século XIII, São Tomás de Aquino, propôs cinco provas para a existência de Deus que ainda são aceitas de forma oficial pela Igreja Católica:– a realidade da mudança requer um agente de mudança;– a cadeia do acaso precisa basear-se numa causa primeira que não é causada;– os fatos contingentes do mundo (fatos que podem não ter sido como são) pressupõem um ser necessário;– Observa-se uma gradação nas coisas desde o ponto mais alto até o mais baixo e isto aponta para uma realidade perfeita, no ponto mais alto da hierarquia;– a ordem e o desenho da natureza solicitam, como fonte, um ser que possua a mais alta sabedoria.Emmanuel Kant rejeitou e refutou os raciocínios de Tomás de Aquino, sustentando a necessidade da existência de Deus como garantia de vida moral. Em última instância, a crença em Deus é um ato de fé que necessita estar enraizado na experiência pessoal.
    Grande parte dos estudiosos, levando em conta certas vantagens de ordem geográfica, acreditam ser a egípcia.
    Guerras com Israel – Em junho de 1967, eclode a Guerra dos Seis Dias: o Egito, a Jordânia e a Síria são derrotados por Israel. O Sinai e a Faixa de Gaza (até então território egípcio) ficam sob a ocupação israelense. Nasser morre em 1970 e é substituído pelo vice, Anuar Sadat . Em outubro de 1973, o Egito e a Síria atacam Israel de surpresa, iniciando a Guerra do Yom Kippur (o “Dia do Perdão”, na religião judaica). A guerra dura 17 dias e é interrompida por pressão dos EUA e da URSS.
    Hátor/Hathor- deusa da música, da alegria e da vitalidade. Sensual, charmosa, encantadora. Hator/Hathor- deusa das alegrias
    Heliópolis (antigo Egito), cidade egípcia, situada a 8 km a leste das margens do rio Nilo e aproximadamente a 10 km a noreste do Cairo. Heliópolis, centro do culto ao Sol nos tempos do Egito antigo, foi originalmente o centro de culto do deus Tem, divindade do Sol poente, posteriormente Rá.
    Heliópolis (Egito), cidade do norte do Egito, na jurisdição do Cairo e junto da cidade do mesmo nome. Na cidade está localizado o aeroporto internacional do Cairo. Recebe seu nome em homenagem à antiga cidade em ruínas de Heliopólis. A cidade moderna costuma ser considerada como parte do Cairo.
    Hieróglifos, caracteres de qualquer sistema de escrita no qual os signos representam objetos.O termo hieróglifo só pode ser associado à escrita do antigo Egito. Os gregos aplicaram o termo (que significa “talha sagrada”, tradução do egípcio “as palavras do deus”) aos caracteres decorativos esculpidos nos monumentos. Depois, foi empregado nos sistemas de escrita dos hititas, cretenses e maias.As inscrições hieroglíficas egípcias contêm duas classes de símbolos: os pictogramas e os fonogramas. Os pictogramas representam o objeto, ou algo relacionado a ele. Os fonogramas são empregados unicamente pelo valor fonético e não possuem nenhuma relação com a palavra representada. No hieróglifo, a figura de um objeto serve para representar não somente o objeto, mas também uma palavra que contenha seu nome. Muitas palavras são escritas graças a combinação de signos fonéticos, pictográficos e ideográficos.O descobrimento da Pedra da Rosetta foi a chave para decifrar os caracteres hieroglíficos egípcios.
    HISTÓRIA  A história da arqueologia pode ser dividida em três grandes fases. Durante o primeira, que tem início no Renascimento e acaba no século XVIII, os antiquários colecionavam obras de arte e outros objetos, e estabeleciam postulados pouco científicos sobre seu significado, mesmo considerando que os antigos utensílios de pedra eram obra do homem. Três fatos ocorridos por volta de 1800 marcaram o começo de uma nova etapa: o primeiro foi a descoberta feita por John Frere de uma série de machados paleolíticos (pertencentes ao período achelense) em uma escavação de Sufolk, cujo depósito intacto continha ossos de animais de grande tamanho já extintos, o que permitiu atribuir a estes utensílios uma cronologia muito antiga. O segundo foi a criação em 1807 do Museu Nacional da Dinamarca e a catalogação das peças por Christian Thomsen, estabelecendo a clássica divisão da pré-história em três períodos: Idade da Pedra, Idade do Bronze e Idade do Ferro. O terceiro fato deve-se ao erudito francês Jacques Boucher de Crèvecoeur de Perthes que achou e estudou, entre as décadas de 1840 e 1850, nos depósitos de cascalho do vale francês de Somme, antigos utensílios de pedra, associados com certeza a restos de animais extintos. Sua pesquisa conduziu finalmente à aceitação da existência das culturas primitivas.Todos estes estudos baseavam-se nos trabalhos de geólogos do final do século XVIII e início do XIX como Charles Lyell, que liberou os estudos geológicos dos limites de uma cronologia bíblica que confinava a história a um período de 6 mil anos, iniciado com a criação divina em 4004 a.C. Quase de forma simultânea, o egiptólogo francês Jean François Champollion decifrou as inscrições hieroglíficas da pedra de Rosetta e o professor britânico Henry C. Rawlinson a escrita cuneiforme persa na inscrição de Behistún, que possibilitaram o estudo das culturas bíblicas e situá-las sobre uma sólida base histórica.Por volta de 1859 teve início uma nova fase, quando Charles Darwin e Alfred R. Wallace publicaram suas teorias sobre a evolução orgânica, com implicações na evolução cultural. Com o passar do tempo, os estudos iniciados na França levaram à classificação do paleolítico realizada pelo pesquisador Gabriel Mortillet. Ao mesmo tempo eram realizadas escavações no Oriente Médio e em regiões do mundo clássico. A mais famosa destas foi a escavação de Heinrich Schliemann, em Tróia. A partir dessa escavação os arqueólogos norte-americanos iniciaram pesquisas na Grécia continental, os franceses em Delfos e os britânicos em Creta e no Egito. Como resultado das investigações na Europa — trabalhos no norte da Itália e Suíça sobre assentamentos lacustres, escavações e análises dinamarquesas na zona do Báltico e as efetuadas por Augustus Pitt-Rivers em túmulos, povoados e fortalezas na Grã-Bretanha — foram desenvolvidas importantes técnicas e métodos arqueológicos. Os arqueólogos começaram a pesquisar na América, tentando determinar a origem dos construtores de túmulos e analisando os testemunhos do paleolítico no Novo Mundo.
    HISTÓRIA  As origens da antiga civilização egípcia não podem ser definidas com precisão. A descrição do desenvolvimento da civilização egípcia se baseia nas descobertas arqueológicas de ruínas, tumbas e monumentos. Os hieróglifos proporcionaram importantes dados.A história egípcia, até a conquista de Alexandre III, o Magno, se divide nos impérios antigo, médio e novo, com períodos intermediários, seguidos pelos períodos tardio e dos Ptolomeus.As fontes arqueológicas mostram o nascimento, por volta do final do período pré-dinástico (3200 a.C.), de uma força política dominante que, reunindo os antigos reinos do sul (vale) e do norte (delta), se tornou o primeiro reino unificado do antigo Egito. Durante a I e II Dinastias (3100-2755 a.C.), algumas das grandes mastabas (estruturas funerárias que antecederam às pirâmides) foram construídas em Sakkarah e Abidos.O Império Antigo (2755-2255 a.C.) compreende da III à VI Dinastias. A capital era no norte, em Menfis, e os monarcas mantiveram um poder absoluto sobre um governo solidamente centralizado. A religião desempenhou um papel importante, como fica evidenciado pela riqueza e número dos templos; de fato, o governo tinha evoluido para um sistema teocrático, no qual o faraó era considerado um deus na terra, razão pela qual gozava de poder absoluto.A IV Dinastia começou com o faraó Snefru que, entre outras obras significativas, construiu as primeiras pirâmides em Dahshur. Snefru realizou campanhas na Núbia, Líbia e o Sinai. Foi sucedido por Queóps, que erigiu a Grande Pirâmide em Gizé. Redjedef, filho de Queóps (reinou em 2613-2603 a.C.), introduziu uma divindade associada ao elemento solar (Rá) no título real e no panteão religioso. Quéfren e Miquerinos, outros membros da dinastia, construíram seus complexos funerários em Gizé.Com a IV Dinastia, a civilização egípcia conheceu o auge do seu desenvolvimento, que se manteve durante as V e VI Dinastias. O esplendor manifestado nas pirâmides se estendeu para numerosos âmbitos do conhecimento, como arquitetura, escultura, pintura, navegação, artes menores, astronomia (os astrônomos de Mênfis estabeleceram um calendário de 365 dias) e medicina.A VII Dinastia marcou o começo do Primeiro Período Intermediário. Como conseqüência das dissensões internas, as notícias sobre a VII e VIII Dinastias são bastante obscuras. Parece claro, no entanto, que ambas governaram a partir de Mênfis e duraram apenas 25 anos. Nesta época, os poderosos governadores provinciais tinham o controle completo de seus distritos e as facções no sul e no norte disputaram o poder. Os governadores de Tebas conseguiram estabelecer a XI Dinastia, que controlava a área de Abidos até Elefantina, perto de Siene (hoje Assuã).O Império Médio (2134-1784 a.C.) começa com a reunificação do território realizada por Mentuhotep II (reinou em 2061-2010 a.C.). Os primeiros soberanos da Dinastia tentaram estender seu controle de Tebas para o norte e o sul, iniciando um processo de reunificação que Mentuhotep completou depois de 2047 a.C., limitando o poder das províncias. Tebas foi a sua capital.Com Amenemés I, o primeiro faraó da XII Dinastia, a capital foi transferida para as proximidades de Mênfis. O deus tebano Amon adquiriu nessa época mais importância que as outras divindades, e foi associado ao disco solar (Amon-Rá).Os hicsos invadiram o Egito a partir da Ásia ocidental, instalando-se no norte. Sua presença possibilitou uma entrada massiva de povos da costa fenícia e palestina, e o estabelecimento da dinastia hicsa, que deu início ao Segundo Período Intermediário. Os hicsos da XV Dinastia reinaram a partir da sua capital, situada na parte leste do delta, o que lhes permitia manter o controle sobre as zonas média e alta do país. O soberano tebano Ahmosis I derrotou os hicsos, reunificando o Egito e criando o Império Novo (1570-1070 a.C.).Amenhotep I (1551-1524 a.C.) estendeu os limites até a Núbia e a Palestina. Com uma grande construção em Karnak, separou sua tumba do seu templo funerário e iniciou o costume de ocultar sua última morada. Tutmés I continuou a ampliação do Império Novo e reforçou a preeminência do deus Amon; sua tumba foi a primeira a ser construída no vale dos Reis. Tutmósis III reconquistou a Síria e a Palestina, que tinham se separado anteriormente, e continuou a expansão territorial do Império.Amenófis IV foi um reformador religioso que combateu o poder dos sacerdotes de Amon. Trocou Tebas por uma nova capital, Aketaton (a moderna Tell el-Amarna), que foi construída em honra de Aton, sobre o qual se centrou a nova religião monoteísta. No entanto, a revolução religiosa foi abandonada no final do seu reinado. Seu sucessor Tutankhamen é conhecido hoje, sobretudo, pela suntuosidade do seu túmulo, encontrado praticamente intacto no vale dos Reis, em 1922.O fundador da XIX Dinastia foi Ramsés I (reinou em 1293-1291 a.C.), que foi sucedido por seu filho Seti I (reinou em 1291-1279 a.C.); esse organizou campanhas militares contra a Síria, Palestina, os líbios e os hititas. Foi sucedido por Ramsés II, que fez a maior parte das edificações em Luxor e Karnak, ao construir o Ramesseum (seu templo funerário) em Tebas, os templos esculpidos na rocha em Abu Simbel e os santuários em Abidos e Mênfis. Seu filho Meneptá (1212-1202 a.C.) derrotou os invasores provenientes do mar Egeu, feitos narrados em um texto esculpido na esteira na qual figura a primeira menção escrita conhecida do povo de Israel.O Terceiro Período Intermediário compreende da XXI à XXIV Dinastias. Os faraós que governaram a partir de Tânis, no norte, entraram em choque com os sumos sacerdotes de Tebas. Os chefes líbios deram origem à XXI Dinastia. Quando os governadores líbios entraram em um período de decadência, vários rivais se armaram para conquistar o poder. De fato, as XXIII e XXIV Dinastias reinaram ao mesmo tempo que a XXII, bem como a XXV (cusita), que controlou de forma efetiva a maior parte do Egito quando ainda governavam as XXIII e XXIV Dinastias, no final do seu mandato.Os faraós incluídos da XXV à XXXI Dinastias governaram a Baixa Época. Os cusitas governaram de 767 a.C. até serem derrotados pelos assírios, em 671 a.C. Quando o último faraó egípcio foi derrotado por Cambises II, em 525 a.C., o país caiu sob domínio persa (durante a XXVII Dinastia).A ocupação do Egito pelas tropas de Alexandre Magno, em 332 a.C., pôs um fim ao domínio persa. Alexandre designou o general macedônio Ptolomeu, conhecido mais tarde como Ptolomeu I Sóter, para governar o país. A maior parte do período que seguiu à morte de Alexandre Magno, em 323 a.C., foi caracterizada pelos conflitos com outros generais, que tinham se apoderado das distintas partes do império. Em 305 a.C., assumiu o título real e fundou a dinastia ptolemaica. Cleópatra VII foi a última soberana dessa Dinastia. Tentando manter-se no poder, aliou-se a Caio Júlio César e, mais tarde, a Marco Antônio. Depois da morte de Cleópatra, em 30 a.C., o Egito foi controlado pelo Império Romano durante sete séculos. Nessa época, a língua copta começou a ser usada independentemente da egípcia.Com a finalidade de controlar a população e limitar o poder dos sacerdotes, os imperadores romanos protegeram a religião tradicional. Os cultos egípcios a Ísis e Serápis se estenderam por todo o mundo greco-romano. O Egito foi também um centro importante do cristianismo primitivo. A Igreja Copta, que aderiu ao monofisismo, se separou da corrente principal do cristianismo no século V.Durante o século VII, o poder do Império Bizantino foi desafiado pela dinastia dos Sassânidas da Pérsia, que invadiram o Egito em 616. Em 642, o país caiu sob o domínio dos árabes, que introduziram o islamismo.Nos séculos que se seguiram, teve início um lento processo de arabização que com o tempo produziu a mudança de um país cristão de fala copta para um outro, muçulmano de fala árabe. A língua copta se converteu em uma língua litúrgica.Durante o califado abássida, surgiram freqüentes insurreições por todo o país provocadas pelas diferenças entre os sunitas, maioria ortodoxa, e a minoria que aderiu aos xiitas. Em 868, Ahmad ibn Tulun transformou o Egito em um estado autônomo, vinculada aos abasidas apenas pelo pagamento de um pequeno tributo. A dinastia de Tulun (os tulúnidas) governou durante 37 anos um império que englobava o Egito, a Palestina e a Síria.Depois do último governo dos tulúnidas, o país entrou em um estado de anarquia. Suas frágeis condições o tornaram presa fácil para os fatímidas, que em 969 invadiram e conquistaram o Egito e fundaram o Cairo, convertendo-a na capital do seu império. Os fatímidas foram derrotados pelos ayyubis, cujo lider Saladino (Salah ad Din Yusuf ibn Ayubb) se proclamou sultão do Egito e estendeu seus territórios até Síria e Palestina, tomando dos cruzados a cidade de Jerusalém (ver Cruzadas). A debilidade de seus sucessores levou a uma progressiva tomada do poder pelos mamelucos, soldados de diversas origens étnicas que os serviam e terminaram por proclamar-se sultões com Izza al Din Aybak, em 1250.No final do século XIII e começo do século XIV, o território dos mamelucos se estendia para o norte até os limites da Ásia Menor. A segunda dinastia de sultões mamelucos, os buris, era de origem circassiana; governaram de 1382 a 1517, quando o sultão Selim I invadiu o Egito e o integrou ao Império otomano.Embora o domínio real dos turcos otomanos sobre o Egito tenha durado apenas até o final do século XVII, o país pertenceu nominalmente ao Império otomano até 1915. Em vez de acabar com os mamelucos, os otomanos utilizaram-nos em sua administração. Na metade do século XVII, os emires mamelucos (ou beis) restabeleceram sua supremacia. Os otomanos aceitaram a situação, com a condição de que pagassem um tributo.A ocupação francesa do Egito em 1798, levada a cabo por Napoleão I Bonaparte, interrompeu por um curto intervalo de tempo a hegemonia mameluca. Em 1801, uma força britânico-otomana expulsou os franceses. Mehemet Ali assumiu o poder e, em 1805, o sultão otomano o reconheceu como governador do Egito. Mehemet Ali destruiu todos os seus oponentes até se tornar a única autoridade no país. Para poder controlar todas as rotas comerciais, realizou uma série de guerras expansionistas.Os britânicos ocuparam o Egito de 1882 a 1954. O interesse da Grã-Bretanha se centrava no canal de Suez, que facilitaria a rota britânica até a Índia. Na I Guerra Mundial, a Grã-Bretanha estabeleceu um protetorado. Em 1918, surgiu um movimento nacionalista para garantir a independência. Eclodiu uma revolta violenta no país, razão pela qual a Grã-Bretanha suprimiu o protetorado em 1922 e foi proclamada uma monarquia independente, governada pelo rei Fuad I.Em 1948, o Egito e outros Estados árabes entraram em guerra com o recém-criado Estado de Israel. Com a derrota, o Exército se voltou contra o rei Faruk I. Em 1952, um golpe de estado depôs o rei e proclamou a República do Egito.O primeiro presidente, o general Muhammad Naguib, foi uma figura nominal, pois o poder foi exercido por Gamal Abdel Nasser, presidente do Conselho do Comando da Revolução. Em 1956, foi eleito oficialmente presidente da República. No começo, Nasser seguiu uma política de solidariedade com outras nações africanas e asiáticas do Terceiro Mundo e se converteu no grande defensor da unidade árabe. A negativa dos países ocidentais de proporcionar-lhe armas (que provavelmente utilizaria contra Israel) provocou uma reviravolta na política externa de Nasser, que o aproximou dos bloco dos países do Leste.No que diz respeito à política interna, Nasser suprimiu a oposição política, estabeleceu um regime de partido único e socializou a economia. Essa nova ordem foi chamada de socialismo árabe. Em 1967, continuou a luta contra Israel, que desembocou na guerra dos Seis Dias, ao final da qual Israel assumiu o controle de toda a península do Sinai. O canal de Suez permaneceu fechado durante a guerra e posteriormente foi bloqueado. Nasser recorreu à União Soviética.Nasser morreu em 1971 e foi sucedido pelo seu vice-presidente, Anwar al-Sadat. Sadat promoveu uma abertura política e econômica, além de procurar uma saída para o problema israelense mediante a negociação; como não conseguiu, planejou outro ataque contra Israel, dando início à guerra do Yom Kippur. Em 1974 e 1975, Egito e Israel concluíram uma série de acordos que resultou na retirada das tropas do Sinai. Em 1975, o Egito reabriu o canal de Suez e Israel se retirou de certos pontos estratégicos e de alguns dos campos petroleiros do Sinai.A questão econômica começou a ganhar cada mais importância; em 1977, Sadat pediu para que os assessores militares soviéticos abandonasse o país e se aproximou dos Estados Unidos. Em uma conferência tripartite com o presidente norte-americano Jimmy Carter, realizada em 1978, Sadat e o primeiro-ministro israelense Menahem Begin assinaram um acordo para a solução do conflito egípcio-israelense. Grupos fundamentalistas islâmicos protestaram contra o tratado de paz, e Sadat foi assassinado em 1981.Hosni Mubarak sucedeu Sadat. Abriu politicamente o país e melhorou as relações com outros Estados árabes. Participou da coalizão que lutou contra o Iraque na guerra do Golfo Pérsico, em 1991. Em 1992, os fundamentalistas islâmicos começaram a lançar violentos ataques com o objetivo de substituir o governo de Mubarak por outro baseado no estrito cumprimento da lei islâmica. Em outubro de 1993, Mubarak foi reeleito para um terceiro mandato presidencial, embora continuasse a violência por parte dos militantes islâmicos.
    HISTÓRIA  As origens da antiga civilização egípcia não podem ser definidas com precisão. A descrição do desenvolvimento da civilização egípcia se baseia nas descobertas arqueológicas de ruínas, tumbas e monumentos. Os hieróglifos proporcionaram importantes dados.

    História do Egito- A história egípcia, até a conquista de Alexandre III, o Magno, se divide nos impérios antigo, médio e novo, com períodos intermediários, seguidos pelos períodos tardio e dos Ptolomeus.As fontes arqueológicas mostram o nascimento, por volta do final do período pré-dinástico (3200 a.C.), de uma força política dominante que, reunindo os antigos reinos do sul (vale) e do norte (delta), se tornou o primeiro reino unificado do antigo Egito. Durante a I e II Dinastias (3100-2755 a.C.), algumas das grandes mastabas (estruturas funerárias que antecederam às pirâmides) foram construídas em Sakkarah e Abidos.O Império Antigo (2755-2255 a.C.) compreende da III à VI Dinastias. A capital era no norte, em Menfis, e os monarcas mantiveram um poder absoluto sobre um governo solidamente centralizado. A religião desempenhou um papel importante, como fica evidenciado pela riqueza e número dos templos; de fato, o governo tinha evoluido para um sistema teocrático, no qual o faraó era considerado um deus na terra, razão pela qual gozava de poder absoluto.A IV Dinastia começou com o faraó Snefru que, entre outras obras significativas, construiu as primeiras pirâmides em Dahshur. Snefru realizou campanhas na Núbia, Líbia e o Sinai. Foi sucedido por Queóps, que erigiu a Grande Pirâmide em Gizé. Redjedef, filho de Queóps (reinou em 2613-2603 a.C.), introduziu uma divindade associada ao elemento solar (Rá) no título real e no panteão religioso. Quéfren e Miquerinos, outros membros da dinastia, construíram seus complexos funerários em Gizé.Com a IV Dinastia, a civilização egípcia conheceu o auge do seu desenvolvimento, que se manteve durante as V e VI Dinastias. O esplendor manifestado nas pirâmides se estendeu para numerosos âmbitos do conhecimento, como arquitetura, escultura, pintura, navegação, artes menores, astronomia (os astrônomos de Mênfis estabeleceram um calendário de 365 dias) e medicina.A VII Dinastia marcou o começo do Primeiro Período Intermediário. Como conseqüência das dissensões internas, as notícias sobre a VII e VIII Dinastias são bastante obscuras. Parece claro, no entanto, que ambas governaram a partir de Mênfis e duraram apenas 25 anos. Nesta época, os poderosos governadores provinciais tinham o controle completo de seus distritos e as facções no sul e no norte disputaram o poder. Os governadores de Tebas conseguiram estabelecer a XI Dinastia, que controlava a área de Abidos até Elefantina, perto de Siene (hoje Assuã).O Império Médio (2134-1784 a.C.) começa com a reunificação do território realizada por Mentuhotep II (reinou em 2061-2010 a.C.). Os primeiros soberanos da Dinastia tentaram estender seu controle de Tebas para o norte e o sul, iniciando um processo de reunificação que Mentuhotep completou depois de 2047 a.C., limitando o poder das províncias. Tebas foi a sua capital.Com Amenemés I, o primeiro faraó da XII Dinastia, a capital foi transferida para as proximidades de Mênfis. O deus tebano Amon adquiriu nessa época mais importância que as outras divindades, e foi associado ao disco solar (Amon-Rá).Os hicsos invadiram o Egito a partir da Ásia ocidental, instalando-se no norte. Sua presença possibilitou uma entrada massiva de povos da costa fenícia e palestina, e o estabelecimento da dinastia hicsa, que deu início ao Segundo Período Intermediário. Os hicsos da XV Dinastia reinaram a partir da sua capital, situada na parte leste do delta, o que lhes permitia manter o controle sobre as zonas média e alta do país. O soberano tebano Ahmosis I derrotou os hicsos, reunificando o Egito e criando o Império Novo (1570-1070 a.C.).Amenhotep I (1551-1524 a.C.) estendeu os limites até a Núbia e a Palestina. Com uma grande construção em Karnak, separou sua tumba do seu templo funerário e iniciou o costume de ocultar sua última morada. Tutmés I continuou a ampliação do Império Novo e reforçou a preeminência do deus Amon; sua tumba foi a primeira a ser construída no vale dos Reis. Tutmósis III reconquistou a Síria e a Palestina, que tinham se separado anteriormente, e continuou a expansão territorial do Império.Amenófis IV foi um reformador religioso que combateu o poder dos sacerdotes de Amon. Trocou Tebas por uma nova capital, Aketaton (a moderna Tell el-Amarna), que foi construída em honra de Aton, sobre o qual se centrou a nova religião monoteísta. No entanto, a revolução religiosa foi abandonada no final do seu reinado. Seu sucessor Tutankhamen é conhecido hoje, sobretudo, pela suntuosidade do seu túmulo, encontrado praticamente intacto no vale dos Reis, em 1922.O fundador da XIX Dinastia foi Ramsés I (reinou em 1293-1291 a.C.), que foi sucedido por seu filho Seti I (reinou em 1291-1279 a.C.); esse organizou campanhas militares contra a Síria, Palestina, os líbios e os hititas. Foi sucedido por Ramsés II, que fez a maior parte das edificações em Luxor e Karnak, ao construir o Ramesseum (seu templo funerário) em Tebas, os templos esculpidos na rocha em Abu Simbel e os santuários em Abidos e Mênfis. Seu filho Meneptá (1212-1202 a.C.) derrotou os invasores provenientes do mar Egeu, feitos narrados em um texto esculpido na esteira na qual figura a primeira menção escrita conhecida do povo de Israel.O Terceiro Período Intermediário compreende da XXI à XXIV Dinastias. Os faraós que governaram a partir de Tânis, no norte, entraram em choque com os sumos sacerdotes de Tebas. Os chefes líbios deram origem à XXI Dinastia. Quando os governadores líbios entraram em um período de decadência, vários rivais se armaram para conquistar o poder. De fato, as XXIII e XXIV Dinastias reinaram ao mesmo tempo que a XXII, bem como a XXV (cusita), que controlou de forma efetiva a maior parte do Egito quando ainda governavam as XXIII e XXIV Dinastias, no final do seu mandato.Os faraós incluídos da XXV à XXXI Dinastias governaram a Baixa Época. Os cusitas governaram de 767 a.C. até serem derrotados pelos assírios, em 671 a.C. Quando o último faraó egípcio foi derrotado por Cambises II, em 525 a.C., o país caiu sob domínio persa (durante a XXVII Dinastia).A ocupação do Egito pelas tropas de Alexandre Magno, em 332 a.C., pôs um fim ao domínio persa. Alexandre designou o general macedônio Ptolomeu, conhecido mais tarde como Ptolomeu I Sóter, para governar o país. A maior parte do período que seguiu à morte de Alexandre Magno, em 323 a.C., foi caracterizada pelos conflitos com outros generais, que tinham se apoderado das distintas partes do império. Em 305 a.C., assumiu o título real e fundou a dinastia ptolemaica. Cleópatra VII foi a última soberana dessa Dinastia. Tentando manter-se no poder, aliou-se a Caio Júlio César e, mais tarde, a Marco Antônio. Depois da morte de Cleópatra, em 30 a.C., o Egito foi controlado pelo Império Romano durante sete séculos. Nessa época, a língua copta começou a ser usada independentemente da egípcia.Com a finalidade de controlar a população e limitar o poder dos sacerdotes, os imperadores romanos protegeram a religião tradicional. Os cultos egípcios a Ísis e Serápis se estenderam por todo o mundo greco-romano. O Egito foi também um centro importante do cristianismo primitivo. A Igreja Copta, que aderiu ao monofisismo, se separou da corrente principal do cristianismo no século V.Durante o século VII, o poder do Império Bizantino foi desafiado pela dinastia dos Sassânidas da Pérsia, que invadiram o Egito em 616. Em 642, o país caiu sob o domínio dos árabes, que introduziram o islamismo.Nos séculos que se seguiram, teve início um lento processo de arabização que com o tempo produziu a mudança de um país cristão de fala copta para um outro, muçulmano de fala árabe. A língua copta se converteu em uma língua litúrgica.Durante o califado abássida, surgiram freqüentes insurreições por todo o país provocadas pelas diferenças entre os sunitas, maioria ortodoxa, e a minoria que aderiu aos xiitas. Em 868, Ahmad ibn Tulun transformou o Egito em um estado autônomo, vinculada aos abasidas apenas pelo pagamento de um pequeno tributo. A dinastia de Tulun (os tulúnidas) governou durante 37 anos um império que englobava o Egito, a Palestina e a Síria.Depois do último governo dos tulúnidas, o país entrou em um estado de anarquia. Suas frágeis condições o tornaram presa fácil para os fatímidas, que em 969 invadiram e conquistaram o Egito e fundaram o Cairo, convertendo-a na capital do seu império. Os fatímidas foram derrotados pelos ayyubis, cujo lider Saladino (Salah ad Din Yusuf ibn Ayubb) se proclamou sultão do Egito e estendeu seus territórios até Síria e Palestina, tomando dos cruzados a cidade de Jerusalém (ver Cruzadas). A debilidade de seus sucessores levou a uma progressiva tomada do poder pelos mamelucos, soldados de diversas origens étnicas que os serviam e terminaram por proclamar-se sultões com Izza al Din Aybak, em 1250.No final do século XIII e começo do século XIV, o território dos mamelucos se estendia para o norte até os limites da Ásia Menor. A segunda dinastia de sultões mamelucos, os buris, era de origem circassiana; governaram de 1382 a 1517, quando o sultão Selim I invadiu o Egito e o integrou ao Império otomano.Embora o domínio real dos turcos otomanos sobre o Egito tenha durado apenas até o final do século XVII, o país pertenceu nominalmente ao Império otomano até 1915. Em vez de acabar com os mamelucos, os otomanos utilizaram-nos em sua administração. Na metade do século XVII, os emires mamelucos (ou beis) restabeleceram sua supremacia. Os otomanos aceitaram a situação, com a condição de que pagassem um tributo.A ocupação francesa do Egito em 1798, levada a cabo por Napoleão I Bonaparte, interrompeu por um curto intervalo de tempo a hegemonia mameluca. Em 1801, uma força britânico-otomana expulsou os franceses. Mehemet Ali assumiu o poder e, em 1805, o sultão otomano o reconheceu como governador do Egito. Mehemet Ali destruiu todos os seus oponentes até se tornar a única autoridade no país. Para poder controlar todas as rotas comerciais, realizou uma série de guerras expansionistas.Os britânicos ocuparam o Egito de 1882 a 1954. O interesse da Grã-Bretanha se centrava no canal de Suez, que facilitaria a rota britânica até a Índia. Na I Guerra Mundial, a Grã-Bretanha estabeleceu um protetorado. Em 1918, surgiu um movimento nacionalista para garantir a independência. Eclodiu uma revolta violenta no país, razão pela qual a Grã-Bretanha suprimiu o protetorado em 1922 e foi proclamada uma monarquia independente, governada pelo rei Fuad I.Em 1948, o Egito e outros Estados árabes entraram em guerra com o recém-criado Estado de Israel. Com a derrota, o Exército se voltou contra o rei Faruk I. Em 1952, um golpe de estado depôs o rei e proclamou a República do Egito.O primeiro presidente, o general Muhammad Naguib, foi uma figura nominal, pois o poder foi exercido por Gamal Abdel Nasser, presidente do Conselho do Comando da Revolução. Em 1956, foi eleito oficialmente presidente da República. No começo, Nasser seguiu uma política de solidariedade com outras nações africanas e asiáticas do Terceiro Mundo e se converteu no grande defensor da unidade árabe. A negativa dos países ocidentais de proporcionar-lhe armas (que provavelmente utilizaria contra Israel) provocou uma reviravolta na política externa de Nasser, que o aproximou dos bloco dos países do Leste.No que diz respeito à política interna, Nasser suprimiu a oposição política, estabeleceu um regime de partido único e socializou a economia. Essa nova ordem foi chamada de socialismo árabe. Em 1967, continuou a luta contra Israel, que desembocou na guerra dos Seis Dias, ao final da qual Israel assumiu o controle de toda a península do Sinai. O canal de Suez permaneceu fechado durante a guerra e posteriormente foi bloqueado. Nasser recorreu à União Soviética.Nasser morreu em 1971 e foi sucedido pelo seu vice-presidente, Anwar al-Sadat. Sadat promoveu uma abertura política e econômica, além de procurar uma saída para o problema israelense mediante a negociação; como não conseguiu, planejou outro ataque contra Israel, dando início à guerra do Yom Kippur. Em 1974 e 1975, Egito e Israel concluíram uma série de acordos que resultou na retirada das tropas do Sinai. Em 1975, o Egito reabriu o canal de Suez e Israel se retirou de certos pontos estratégicos e de alguns dos campos petroleiros do Sinai.A questão econômica começou a ganhar cada mais importância; em 1977, Sadat pediu para que os assessores militares soviéticos abandonasse o país e se aproximou dos Estados Unidos. Em uma conferência tripartite com o presidente norte-americano Jimmy Carter, realizada em 1978, Sadat e o primeiro-ministro israelense Menahem Begin assinaram um acordo para a solução do conflito egípcio-israelense. Grupos fundamentalistas islâmicos protestaram contra o tratado de paz, e Sadat foi assassinado em 1981.Hosni Mubarak sucedeu Sadat. Abriu politicamente o país e melhorou as relações com outros Estados árabes. Participou da coalizão que lutou contra o Iraque na guerra do Golfo Pérsico, em 1991. Em 1992, os fundamentalistas islâmicos começaram a lançar violentos ataques com o objetivo de substituir o governo de Mubarak por outro baseado no estrito cumprimento da lei islâmica. Em outubro de 1993, Mubarak foi reeleito para um terceiro mandato presidencial, embora continuasse a violência por parte dos militantes islâmicos.
    Horóscopo egípcio
    16/01-15/02 (Aquário)
    16/02-15/03 (Peixes)
    16/03-15/04 (Áries)
    16/04-15/05 (Touro)
    16/05-15/06 (Gêmeos)
    16/06-15/07 (Câncer)
    16/07-15/08 (Leão)
    16/08-15/09 (Virgem)
    16/09-15/10 (Libra)
    16/10-15/11 (Escorpião)
    16/11-15/12 (Sagitário)
    16/12-15/01 (Capricórnio)
    IMPÉRIO ANTIGO  A literatura mais antiga que se conserva procede do Império Antigo. As inscrições funerárias das pirâmides são hinos aos deuses e revelam rituais de oferendas. Muitas inscrições autobiográficas de tumbas privadas recordam a participação do defunto em acontecimentos históricos.
    IMPÉRIO MÉDIO  Além dos textos dos sarcófagos, a literatura religiosa do Império Médio compreende numerosos hinos ao rei e a várias divindades — incluindo um longo hino ao Nilo —, e textos rituais. A sátira dos ofícios sublinhando aspectos positivos da vida fácil do escriba. Entre a narrativa destacam-se: Aventuras de Sinuhe,O relato do camponês eloqüente,Relato de um náufrago e A história do rei Khufu e os magos.
    IMPÉRIO NOVO  Dos textos funerários do Império Novo destaca-se, especialmente, o Livro dos mortos. A escrita dos hinos e inscrições históricas reais incrementaram-se tanto que os textos autobiográficos evoluiram para religiosos. Existem muitas histórias de personagens mitológicos como A disputa de Óros e Seth,A destruição da humanidade,O relato dos dois irmãos e A viagem de Unamon. Neste período, também existem várias coleções de poemas de amor.Da era greco-romana conhecem-se novas composições religiosas, relatos históricos privados e reais, instruções, histórias e tratados científicos. Além Dos ensinamentos de Anjsesongy e Os ensinamentos do papiro Insinger, sobressai a famosa pedra de Rosetta, cuja inscrição em caracteres hieroglíficos, demóticos e gregos foi a chave para decifrar a escrita egípcia e, portanto, para a fundação da moderna egiptologia.
    Mamelucos (Egito), soldados escravos convertidos ao islamismo que alcançaram altos cargos militares no Egito. Dessa casta surgiram duas dinastias de sultões, os bahritas (1250-1382), formada por turcos e mongóis, e os burdjitas (1382-1517), formada por circassianos (procedentes do Cáucaso). As denominações derivam dos locais nos quais os exércitos se encontravam, antes de tomarem o poder. Também designa o mestiço de índio com branco ou de branco com curiboca.
    MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO  A existência de um material natural está diretamente ligada à invenção das ferramentas para sua exploração e determina as formas de construção. Por exemplo, a carpintaria apareceu nas diferentes áreas florestais do planeta e a madeira continua a ser um material de construção importante nessas áreas, embora seu uso esteja diminuindo.Em outras regiões, as pedras foram utilizadas nos monumentos mais representativos, devido a sua durabilidade e resistência ao fogo. Como a pedra pode ser entalhada, a escultura se integrou facilmente à arquitetura. O emprego de pedras na construção está em decadência devido a seu preço elevado e difícil aplicação. Em seu lugar, são utilizadas similares artificiais, como, entre outros, o concreto e o vidro plano, ou materiais mais leves, como o ferro e o concreto pré-esforçado, protendidos e pré-moldados.Nas regiões onde a pedra e a madeira eram escassas, a terra foi usada como material de construção. Aparecem, assim, o taipal, ou taipa, e o adobe. A taipa é formada por paredes de terra ou barro pisado e o adobe é um bloco de construção feito de barro e palha e secado ao sol. Posteriormente aparecem o tijolo e outros produtos cerâmicos, mais resistentes que o adobe e baseados no cozimento de peças de argila num forno.
    MÉDIO IMPÉRIO  Mentuhotep II, faraó da XI dinastia, foi o primeiro faraó do novo Egito unificado do Médio Império (2134-1784 a.C.). Criou um novo estilo ou uma nova tipologia de monumento funerário, provavelmente inspirado nos conjuntos funerários do Antigo Império. Na margem oeste do Tebas, até o outro lado do Nilo, no lugar denominado de Deir el Bahari, construiu-se um templo no vale ligado por um longo caminho real a outro templo que se encontrava instalado na encosta da montanha. Formado por uma mastaba coroada por uma pirâmide e rodeado de pórticos em dois níveis, os muros foram decorados com relevos do faraó em companhia dos deuses.A escultura do Médio Império se caracterizava pela tendência ao realismo. Destacam-se os retratos de faraós como Amenemés III e Sesóstris III.O costume entre os nobres de serem enterrados em tumbas construídas em seus próprios centros de influência, em vez de na capital, manteve-se vigente. Ainda que muitas delas estivessem decoradas com relevos, como as tumbas de Asuán, no sul, outras, como as de Beni Hassan e El Bersha, no Médio Egito, foram decoradas exclusivamente com pinturas. A pintura também decorava os sarcófagos retangulares de madeira, típicos deste período. Os desenhos eram muito lineares e mostravam grande minúcia nos detalhes.No Médio Império, também foram produzidos magníficos trabalhos de arte decorativa, particularmente jóias feitas em metais preciosos com incrustação de pedras coloridas. Neste período aparece a técnica do granulado e o barro vidrado alcançou grande importância para a elaboração de amuletos e pequenas figuras.
    Mênfis, antiga capital do Egito, às margens do rio Nilo, ao sul do Cairo. Acredita-se que foi fundada no começo do IV milênio a.C. Foi uma cidade importante do Antigo Império ( 3100-2242 a.C.) e, em 525 a.C., tornou-se sede dos sátrapas persas (governadores provinciais). Durante a dinastia ptolemaica e a dominação romana, foi a cidade mais importante depois de Alexandria. O declínio começou quando, em 641, o conquistador muçulmano, Amr ibn al-As, fundou nas proximidades a cidade de al-Fustat (velho Cairo).
    Mesopotâmia, Arte e arquitetura da, conjunto de obras realizadas pelas civilizações do antigo Oriente Médio que habitaram a região compreendida entre os rios Tigres e Eufrates, atual Iraque, desde a pré-história até o século VI a.C. As terras baixas da Mesopotâmia abarcam a planície fértil, porém seus habitantes tiveram que enfrentar o perigo das invasões, as extremas temperaturas atmosféricas, os períodos de seca, as violentas tormentas e os ataques das feras. Sua arte reflete, ao mesmo tempo, sua adaptação e seu medo destas forças naturais, assim como suas conquistas militares. Estabeleceram núcleos urbanos nas planícies, cada um dominado por um templo, que foi o centro do comércio e da religião, até que foi desbancado em importância pelo palácio real. O solo da Mesopotâmia proporcionava o barro para o adobe, material de construção mais importante desta civilização.Os mesopotâmicos também fizeram a cozedura da argila para obter terracota, com a qual fizeram cerâmica, esculturas e tábuas para a escrita. Conservaram-se poucos objetos de madeira. Na escultura, empregaram ainda basalto, arenito, diorita, alabastro e alguns metais, como o bronze, o cobre, o ouro e a prata, bem como o nácar e as pedras preciosas nos trabalhos mais finos e de incrustação. Pedras como lápis-lazúli, jaspe, alabastro e hematitas foram igualmente usadas nos selos cilíndricos, marca pessoal usada em correspondências e documentos.A arte da Mesopotâmia abrange uma tradição de 4.000 anos que, em estilo e iconografia, é aparentemente homogênea. De fato, foi criada e mantida pelas ondas de povos invasores, diferentes tanto étnica como lingüisticamente. Até a conquista pelos persas, no século VI a.C., cada um desses grupos fez sua própria contribuição à arte mesopotâmica. O povo sumério foi o primeiro a controlar a região e desenvolveu a arte, seguidos pelos acádios, os babilônios e os assírios. O controle político mesopotâmico e suas influências artísticas se estenderam às culturas vizinhas, chegando inclusive, em certas ocasiões, a regiões tão distantes como a costa sírio-palestina, de modo que também os motivos artísticos dessas áreas longínquas influíram nos centros mesopotâmicos. Além disso, os demais povos que invadiram o local recolheram tradições artísticas mesopotâmicas.
    Museu Nacional do Egito, museu com sede na cidade do Cairo, fundado em 1858, pelo arqueólogo francês Auguste Mariette, em Bulaq, posteriormente transferido para Gizé, e finalmente de forma progressiva, entre 1897 e 1902, para a sede atual. Possui a maior coleção de antigüidades egípcias existente no mundo, mas, os tesouros ali encontrados não representam mais que 1/3 de sua enorme coleção. Conta com centenas de imagens encontradas em templos e tumbas que representam antigas divindades, como Ísis, Osíris, Horus e Amon, e faraós, como Quéfren, Hatshepsut, Amenófis IV e Ramsés II. Possui múmias pertencentes tanto ao Egito faraônico como à cultura greco-romana que o sucedeu e, também, escritas cuneiformes, procedentes de Tell al-Amarna, conhecidas como “cartas de Amarna”, gravadas em pequenas tabuletas de argila, importante fonte de informação sobre os hititas. Talvez as peças mais famosas do museu, consideradas de maior valor, sejam os 1.700 objetos encontrados na tumba do faraó Tutankhamen, descoberta em 1922. O Museu Nacional do Egito administra outros museus egípcios e controla as escavações que são realizadas no país. O acervo é formado por mais de 120 mil peças, que têm de 5 mil até 1.400 anos de história.
    Nasserismo – Fuad I morre em 1936 e é sucedido por seu filho, Faruk. As batalhas da 2ª Guerra Mundial (1939-1945) atingem o Egito, em cujo território combatem tropas inglesas contra alemães e italianos. A difícil situação econômica do pós-guerra e a derrota diante das forças israelenses, em 1948 e 1949, como conseqüência da criação do Estado de Israel pelas Nações Unidas, provocam violentos protestos contra a monarquia.
    NOVAS TENDÊNCIAS E GRANDES DESCOBRIMENTOS  Os primeiros anos do século XX assistiram ao nascimento e ao desenvolvimento de meticulosos estudos estratigráficos, além de métodos adequados de escavação e trabalho de campo. Os pioneiros foram Flinders Petrie no Egito, Robert Koldewey na Babilônia e Pitt-Rivers na Grã-Bretanha. Estas técnicas se transferiram ao Novo Mundo levadas, em particular, pelo arqueólogo de origem alemã Max Uhle, que realizou escavações estratigráficas em jazidas de grupos coletores de conchas e mariscos na Califórnia e no Peru, onde se estabeleceu a primeira cronologia regional.Durante o período entre as guerras mundiais (1919-1939), foram desenvolvidos grandes projetos no Mediterrâneo Oriental e no Oriente Médio. Sir Leonard Woolley realizou escavações em Ur, sir Arthur Evans em Cnossos, James Breasted em Megido, Howard Carter no Egito, e Claude Schaeffer em Ugarit. Mas no que diz respeito à arqueologia do mundo clássico (Grécia e Roma), a primeira atuação importante foi a escavação da Ágora de Atenas, realizada por uma equipe norte-americana. Ao mesmo tempo foram alcançados avanços significativos na metodologia para recuperação de informação sobre o passado; assim, se generalizou o uso da fotografia aérea para descobrir e estudar sítios arqueológicos, ou da palinologia para estabelecer a vegetação na Antigüidade.Por último, pouco depois da II Guerra Mundial, o aparecimento do método de datação do radiocarbono (ou carbono 14), desenvolvido pelo químico norte-americano Willard Libby, provocou uma revolução no mundo da arqueologia, posto que tornou possível obter datas corretas a partir de matérias orgânicas, e deste modo estabelecer um quadro cronológico seguro da pré-história.
    NOVO IMPÉRIO  O Novo Império (1570-1070 a.C.) começou com a XVIII dinastia e foi uma época de grande poder, riqueza e influência. Quase todos os faraós deste período preocuparam-se em ampliar o conjunto de templos de Karnak, centro de culto a Amon, que se converteu, assim, num dos mais impressionantes complexos religiosos da história. Próximo a este conjunto, destaca-se também o templo de Luxor.Do Novo Império, também se destaca o insólito templo da rainha Hatshepsut, em Deir el Bahari, levantado pelo arquiteto Senemut (morto no ano de 1428 a.C.) e situado diante dos alcantilados do rio Nilo, junto ao templo de Mentuhotep II.Durante a XIX Dinastia, na época de Ramsés II, um dos mais importantes faraós do Novo Império, foram construídos os gigantescos templos de Abu Simbel, na Núbia, ao sul do Egito.A escultura, naquele momento, alcançou uma nova dimensão e surgiu um estilo cortesão, no qual se combinavam perfeitamente a elegância e a cuidadosa atenção aos detalhes mais delicados. Tal estilo alcançaria a maturidade nos tempos de Amenófis III.A arte na época de Akhenaton refletia a revolução religiosa promovida pelo faraó, que adorava Aton, deus solar, e projetou uma linha artística orientada nesta nova direção, eliminando a imobilidade tradicional da arte egípcia. Deste período, destaca-se o busto da rainha Nefertiti (c. 1365 a.C.).A pintura predominou então na decoração das tumbas privadas. A necrópole de Tebas é uma rica fonte de informação sobre a lenta evolução da tradição artística, assim como de excelentes ilustrações da vida naquela época.Durante o Novo Império, a arte decorativa, a pintura e a escultura alcançaram as mais elevadas etapas de perfeição e beleza. Os objetos de uso cotidiano, utilizados pela corte real e a nobreza, foram maravilhosamente desenhados e elaborados com grande destreza técnica. Não há melhor exemplo para ilustrar esta afirmação do que o enxoval funerário da tumba (descoberta em 1922) de Tutankhamen.
    O IMPÉRIO ASSÍRIO  A história da arte primitiva assíria data do século XVIII ao XIV a.C., mas é pouco conhecida. A arte do período assírio médio ou mesoassírio (1350 a.C. a 1000 a.C.) mostra sua dependência das tradições estilísticas babilônicas. Os temas religiosos são apresentados de uma forma solene e as cenas profanas, de maneira mais naturalista. O zigurate foi a principal forma de arquitetura religiosa assíria e o uso de tijolos vitrificados policromáticos, muito comum nessa fase.A arte assíria genuína teve sua época fulgurante no período neoassírio ou período assírio tardio (1000-612 a.C.). Com Assurbanipal II, que converteu a cidade de Nimrud (antiga Calah da Bíblia) em capital militar. Dentro de seus muros, encontravam-se a cidadela e as principais construções reais, como o palácio do noroeste, decorado com esculturas em relevo. Sargon II, que reinou entre 722 e 705 a.C., criou uma cidade de planta nova, Dur Sharrukin (atual Jorsabad), que estava rodeada por uma muralha com sete portas, três delas decoradas com relevos e tijolos vitrificados. No interior, erguia-se o palácio de Sargon, um grande templo, as residências e os templos menores. Seu filho e sucessor, Senaqueribe, que reinou entre os anos de 705 e 681 a.C., mudou a capital para Nínive, onde construiu seu próprio palácio, o qual denominou “palácio sem rival”. Os assírios adornaram seus palácios com magníficos relevos esculturais.A arte dos entalhadores de selos do último período assírio é uma combinação de realismo e mitologia. Mesmo nas cenas naturalistas, aparecem símbolos dos deuses. Datam desse período, em Nimrud e em Jorsabad, fabulosas esculturas de marfim. Na primeira, foram econtradas milhares de pequenas figuras de elefantes, que manifestam uma grande variedade de estilos.
    O país precisa importar metade dos alimentos que consome. Para equilibrar o orçamento, conta com receitas de turismo e do pedágio dos navios que atravessam o Canal de Suez , que liga o Mediterrâneo ao Mar Vermelho. Atualmente, o Egito ocupa lugar de destaque no Oriente Médio : sua aproximação com os EUA faz dele um mediador importante nos conflitos na região. Prova disso foi seu papel nas negociações secretas que levaram ao Acordo de Paz , em setembro de 1993, entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP).
    O PERÍODO ACÁDIO  Os povos semitas acádios alcançaram gradualmente o domínio da zona em fins do século XXIV a.C. Durante o reinado de Sargon I o Grande, aproximadamente entre 2335 a.C. e 2279 a.C., estenderam seu domínio sobre a Suméria, unificando toda a Mesopotâmia. Ainda que subsistam poucos vestígios de sua arte, os restos conservados são dotados de excelência técnica e forte energia. Nas cidades acádias de Sippar, Assur, Eshnunna e Tell Brak e em sua ainda não encontrada capital, Acad, o palácio era o edifício mais importante, em substituição ao templo. Uma magnífica cabeça de cobre de Nínive, que representa, provavelmente, Naramsin, enfatiza a nobreza dos soberanos acádios, que assumiram o aspecto de semideuses.
    O PERÍODO ARCAICO BABILÔNIO OU PERÍODO PALEOBABILÔNICO Após o declive da civilização suméria, a Mesopotâmia foi uma vez mais unificada por governantes semitas (c. 2000-1600 a.C.), como Hamurabi da Babilônia. De Mari procede a arte mais original desse período, incluindo arquitetura, escultura, artesanato em metal e pintura mural. Os pequenos frisos de Mari e de outras cidades mostram cenas da vida cotidiana, com músicos, lutadores, carpinteiros e camponeses. Tais representações são muito mais reais que as da solene arte religiosa ou oficial. Os casitas, de origem mesopotâmica, que apareceram na Babilônia pouco depois da morte de Hamurabi, no ano 1750 a.C., substituíram os governantes anteriores até 1600 a.C. e adotaram a cultura e a arte mesopotâmicas. Os elamitas do oeste do Irã destruíram o reino casita em 1150 a.C. e sua arte parece uma imitação rudimentar dos primeiros estilos mesopotâmicos.
    O PERÍODO MEDIEVAL (530-1350)  No Ocidente, não houve qualquer atividade no campo da erudição grega até o século XII. Mas, no Oriente, o estudo dos clássicos gregos continuou como uma tradição intacta durante a Era Bizantina (ver Império Bizantino). Muitos extratos já perdidos de autores estão contidos na Bibliotheca (ou Myriobiblion) de Fócio (século IX) que também escreveu um léxico. No século X, Suidas compilou um grande léxico baseado em anteriores, tecendo comentários sobre Homero, Aristófanes, Sófocles e outros autores. O século XII distinguiu-se pelas realizações de dois estudiosos bizantinos: Johannes Tzetzes, poeta e gramático, e Eustáquio de Tessalônica, um pesquisador dos clássicos e reformador religioso. Tzetzes compôs um poema didático sobre história e literatura, no qual citava mais de 400 autores, e escreveu além disso Alegorias, trabalho sobre a Ilíada e a Odisséia, além de um comentário sobre a Ilíada. Eustáquio também escreveu um longo e importante comentário sobre a Ilíada e sobre a Odisséia . Nos séculos XIII e XIV, Planudes Maximus, Thomas de Erceldourne, Demetrius Triclinius e outros escreveram comentários e libretos, produzindo novas edições dos clássicos gregos mais importantes.
    O PERÍODO NEOBABILÔNICO  A criatividade neobabilônica se manifesta em sua arquitetura, principalmente na Babilônia, capital do reino, que alcançou seu máximo esplendor entre 626 a.C. e 539 a.C. Essa enorme cidade, destruída em 689 a.C. por Senaqueribe, rei da Assíria, foi reconstruída por iniciativa do rei Nabopolasar e de seu filho Nabucodonosor II. Esagila, o templo de Marduk, foi seu edifício mais notável, juntamente com Etemenanki, um zigurate, aproximadamente de sete andares, conhecido mais tarde como a Torre de Babel. Também se sobressaía o palácio de Nabucodonosor II, uma das sete maravilhas do mundo. A Porta de Istar (c. 575 a.C.) é uma das poucas estruturas conservadas.O último rei babilônio, Nabônido, cujo reinado se estendeu entre os anos 556 a.C. e 549 a.C., reconstruiu a antiga capital suméria de Ur, incluindo o zigurate de Nanna, que competia em esplendor com o zigurat de Etemenanki, na Babilônia.
    O PERÍODO NEO-SUMÉRIO  Depois de um século e meio, o império Acádio caiu sob o domínio dos gutis, povos nômades que não centralizaram seu poder. Isto permitiu que as cidade sumérias de Uruk, Ur e Lagash se reorgazissem, iniciando o período neo-sumério ou terceira dinastia de Ur (c. 2121-2004 a.C.). Em Ur, Eridu, Nippur e Uruk, foram construídos impressionantes santuários, que incorporavam zigurates feitos com tijolos e adobe.
    O PERÍODO PRÉ-HISTÓRICO  Os períodos neolítico e calcolítico da arte mesopotâmica (c. 7000 a.C.-c. 3500 a.C.), anteriores à aparição definitiva da escrita, são designados pelo nome de seus depósitos arqueológicos: no norte, Hassuna, onde têm sido achadas algumas moradas e cerâmicas pintadas; Samarra, cujos desenhos abstratos e figurativos das cerâmicas parecem ter significado religioso; e Tell Halaf, onde se fez cerâmicas decoradas e estatuetas de mulheres sentadas, interpretadas como deusas da fertilidade. No sul, os primeiros períodos recebem as denominações de El-Obeid (c. 5500-c. 4000 a.C.) e antigo e médio Uruk (c. 4000-c. 3500 a.C.). A cultura de El-Obeid se caracteriza pela cerâmica brilhante decorada em negro encontrada na localidade, ainda que existam exemplos posteriores em Ur, Uruk, Eridu e Uqair. Também surgiram nessa época os zigurates, ou torres escalonadas, típicas construções religiosas da Mesopotâmia.
    O PERÍODO PROTODINÁSTICO OU ÉPOCA DO DINÁSTICO ARACAICO  A primeira época histórica do domínio sumério se estendeu aproximadamente de 3000 a.C. até 2340 a.C. Ao mesmo tempo que continuaram as antigas tradições construtivas, introduziu-se uma nova tipologia arquitetônica: o templo oval, recinto com uma plataforma central que sustenta um santuário. As cidades-estado, dirigidas por governantes ou soberanos que não eram considerados seres divinos, localizavam-se em Ur, Umma, Lagash (atual Al-Hiba), Kis e Eshnunna (atual Tell Asmar).
    PERÍODO PRÉ-DINÁSTICO  Os primeiros povoadores pré-históricos assentaram-se sobre as terras ou planaltos formados pelos sedimentos que o rio Nilo havia depositado em seu curso. Os objetos e ferramentas deixados pelos primeiros habitantes do Egito mostram sua paulatina transformação de uma sociedade de caçadores-catadores seminômades em agricultores sedentários. O período pré-dinástico abrange de 4000 a.C. a 3100 a.C., aproximadamente.
    POPULAÇÃO E GOVERNO  A maioria dos egípcios descende da população autóctone pré-muçulmana (os antigos egípcios) e dos árabes, que conquistaram a região no século VII. Os núbios, um povo autóctone, são um importante grupo minoritário. Alguns pastores nômades e seminômades, em sua maior parte beduínos, vivem nas regiões desérticas.A população (1993) é de 56.488.000 habitantes. Quase 99% da população vive no vale do Nilo, com uma densidade demográfica média nesta zona de 1.683 habitantes por quilômetro quadrado. A capital, Cairo, possui uma população (1992) de 6.800.000 habitantes. Outras cidades importantes são Alexandria (3.380.000 habitantes), Gizé (2.144.000 habitantes), Port Said (460.000 habitantes) e Suez (388.000 habitantes).O islamismo é a religião oficial e quase 90% dos egípcios são muçulmanos sunitas. A Igreja Copta, cristã, constitui a principal minoria religiosa.O árabe é a língua oficial; o berbere é falado pelos povos dos oásis ocidentais. O francês e o inglês constituem a segunda língua entre a população culta.A Constituição de 1971 estabelece um Estado socialista árabe, com o islamismo como religião oficial. O chefe de Estado é o presidente da República, eleito pelo voto direto da população. A autoridade legislativa é exercida pela Assembléia Popular unicameral.
    Portanto, as culturas primitivas utilizaram os produtos disponíveis à sua volta e inventaram utensílios, técnicas de exploração e tecnologias de construção para poder utilizá-los em suas edificações. Seu legado serviu de base para o desenvolvimento dos métodos industriais modernos.A construção com pedra, tijolo e outros materiais é denominada alvenaria. Esses elementos só podem ser assentados com o efeito da gravidade, ou através de juntas de argamassa, pasta composta de areia e cal (ou outro aglutinante). Os romanos descobriram um cimento natural, que usaram combinado com algumas substâncias inertes (areia e pedras de pequeno tamanho). As obras construídas com esse material eram cobertas posteriormente com mármore ou estuque, para melhor acabamento. No século XIX, foi inventado o cimento Portland, que é totalmente impermeável e constitui a base do concreto moderno.Outro invento do século XIX foi a produção industrial de aço. Os fornos de laminação produziam vigas de ferro muito mais resistentes do que as de madeira. Além disso, armaduras ou barras de ferro podiam ser introduzidas na massa fresca de concreto, aumentando a capacidade desse material, pois acrescentava excepcional resistência do aço à tração, além de sua  resistência à compressão.Aparece, assim, o concreto armado, que revolucionou a construção do século XX, pela rapidez e facilidade de sua aplicação e pelas possibilidades formais que oferece por ser um material plástico. O aparecimento do alumínio, especialmente o anodizado, logo se popularizou por ser este um material leve que praticamente dispensa manutenção.O vidro é conhecido desde a Antigüidade, e os vitrais são um dos elementos característicos da arquitetura gótica. Contudo, sua qualidade e sua transparência aumentaram graças aos processos industriais que permitiram a fabricação de vidro plano de grandes dimensões, com capacidade de iluminar amplos espaços com luz natural.
    PRIMEIRO PERÍODO INTERMEDIÁRIO  Desenvolve-se entre os anos 2255 e 2035 a.C. Deste período datam várias lamentações, entre elas, O diálogo de um homem com sua Ba (“alma”), é um debate sobre o suicídio; e outra, o exemplo mais antigo das canções que cantavam os harpistas nos banquetes funerários, aconselha: “Coma, beba e seja feliz, antes que seja tarde!”.
    Tebas (Egito) (em egípcio, Wasit ou Niut, “a cidade”), cidade situada às margens do rio Nilo, a 725 km ao sul da atual cidade do Cairo. Foi durante muitos séculos capital do antigo Egito.
    TERRITÓRIO  Este território compreende o vale e o delta do rio Nilo. Mais de 90% são áreas desérticas, entre as quais se encontram: a oeste, o deserto da Líbia, parte do Saara, que compreende o Grande Mar de Areia, onde se localizam várias depressões com altitudes abaixo do nível do mar, como Qattara; a leste, o deserto Arábico, que contorna o mar Vermelho e o golfo de Suez; e no extremo sul, o deserto da Núbia. Na península do Sinai, um deserto arenoso no norte e de montanhas escarpadas no sul, encontra-se o monte Sinai, que vem a ser o ponto mais alto da região. O Nilo entra no Egito pelo Sudão e corta o país em direção ao norte, onde desemboca no mar Mediterrâneo. O lago Nasser, formado pela represa de Assuã, se estende para o sul através da fronteira com o Sudão. O limo depositado pelos braços Rosetta e Damietta, os principais da vasta desembocadura no Mediterrâneo, fazem do delta a região mais fértil do país.O istmo de Suez, que liga o continente africano à Ásia, é cortado do mar Mediterrâneo até o golfo de Suez, no mar Vermelho, pelo canal de Suez.O clima se caracteriza por uma estação quente, de maio a setembro, e outra fria, entre novembro e março. As precipitações são escassas. No deserto há uma grande amplitude térmica, com frio intenso à noite e altas temperaturas diurnas.
    TREINAMENTO DOMÉSTICO  No século XVII, a educação das meninas era voltada basicamente para prepará-las para tarefas domésticas e para o exercício da maternidade. No passado, a educação das mulheres japonesas tinha como finalidade produzir boas esposas e mães. Nas sociedades africanas, as meninas aprendiam a trabalhar no campo e a lidar com as tarefas domésticas; de 10 a 13 anos, elas tinham que freqüentar escolas que lhes ensinavam a obediência passiva considerada apropriada para as mulheres; elas aprendiam ainda a cuidar de crianças. Nos lugares em que a religião muçulmana era particularmente forte – Irã e Egito, por exemplo – as mulheres estavam restritas a cuidar da casa, dos velhos e das crianças, bem como a procriar e a educar as crianças.A maioria das mulheres era treinada para o papel de esposa e mãe tradicional. Em muitas áreas do mundo, no entanto, algumas mulheres, conseguiram se especializar. No Egito antigo, houve vários casos de escribas do sexo feminino. Em cerca de 2000 a.C., algumas mulheres das castas superiores da Índia destacaram-se pelos vastos conhecimentos que detinham no campo da filosofia, da lógica, da gramática e da poesia. Como no Irã, elas podiam dispor de tutores privados ou estudar com os próprios pais. Na Europa, tanto no período medieval como durante a Reforma as famílias ricas davam às filhas alguma educação formal. Além da preparação religiosa, algumas nobres entre os incas do Peru aprenderam a costurar, cozinhar e a aparar bebês. Em todo o mundo, a educação formal só era disponível para as meninas das classes mais ricas, embora algumas de famílias de artesãos tenham começado a freqüentar escolas religiosas européias no século XVI.
    Trigo, nome comum dos cereais de um gênero de gramíneas cultivado como alimento. É uma planta anual alta, de 1,2 m de altura em média. As folhas, parecidas com as de outras gramíneas, brotam muito rapidamente, e os talos esguios são arrematados pelas espigas de grãos.As diferentes espécies de trigo se hibridam com bastante freqüência no meio natural. As técnicas de melhoramento vegetal têm permitido obter grande número de variedades que oferecem maiores rendimentos ou interessam por sua melhor adaptabilidade à altitude e ao clima da região na qual são cultivadas.Quase todo o trigo é destinado à fabricação de farinhas para panificação e pastelaria. É usado também para fabricar cereais para o café da manhã e, em menor medida, na elaboração de cerveja, uísque e álcool industrial. Os trigos de menos qualidade e os subprodutos da moenda são aproveitados como alimento para o gado. Ver Pão; Farinha.Os arqueólogos encontraram restos de trigo em jazigos do Oriente Médio fechados no sétimo milênio antes de Cristo. Cultivava-se também o trigo no Egito pré-dinástico e no sul do Turquestão foram encontrados restos de pão de trigo do sexto milênio antes de Cristo. Classificação científica: Gênero Triticum, família das Gramíneas.
    Tumba, recinto onde repousam os restos mortais de uma pessoa ou capela situada sobre uma sepultura. É uma das formas de construção mais antigas e universais. Tradicionalmente é considerada a morada dos mortos (ver Arte e arquitetura do Egito) e, às vezes, é decorada e contém móveis com os pertences pessoais. As tumbas foram um dos motivos usados com freqüência para a construção de belas composições arquitetônicas e sempre proporcionam uma importante informação sobre o passado histórico.
    ESCARAVELHOS

    No Egito Antigo, os escaravelhos eram o símbolo supremo da vida e serviam como talismãs e amuletos. Agora, eles revelarão a sua vida. Escaravelho (do latim vulgar scarafaiu, variante de scarabaeus, pelo português antigo escaraveo) é a designação comum a insetos coleópteros e coprófagos (especialmente os que vivem de excrementos de mamíferos herbívoros), da grande família dos escarabeídeos (Scarabaeidae), besouros pesados e coloridos, na qual se incluem besouros grandes e o famoso escaravelho sagrado (Scarabeus sacer), adorado pelos antigos egípcios. Há cerca de 2 mil espécies de escaravelhos no mundo. As fêmeas de certas espécies (como as do escaravelho sagrado) preparam uma bolinha de excremento (esterco), às vezes cobertas de barro, na qual põem o ovo, e que enterram depois de empurrá-la a certa distância. O escaravelho é também conhecidos como escarabeu, carocha, rola-bosta, capitão, coró, bicho-bolo e bicho-carpinteiro. A imagem mística desse inseto está ligada especialmente à espécie chamada Escaravelho-Bosteiro (popularmente conhecida como Rola-Bosta). Os egípcios acreditavam que esta espécie era composta apenas por elementos do sexo masculino. Esses insetos depositavam então seu sêmen sobre o material que transformavam em bola girando com as patas traseiras, incansavelmente. Esse fato fez com que o associassem ao sol, ao círculo que o sol desenha no céu, um dia após o outro. São encontrados adornando o peitoral de múmias, como um símbolo da ressurreição. O Escaravelho representa a renovação, o desenvolvimento.

    Sonhar com: Escaravelho Sonhar com besouro é sempre um bom sinal. Possibilidade de negócios, promoção no emprego ou dinheiro inesperado

    A mitologia Egípcia pode ser divida em dois grandes grupos de mitos, mais ou menos relacionados entre si. Tal divisão existia devido ás divergências sobre os diversos papeis e poderes dos deuses, prováveis resquícios da época em que o Egito era uma grande nação tribal, com cada Deus sendo adorado como criador e Deus Supremo nessa e naquela tribo. Assim, apresentamos os Deuses dentro do conceito desses grupos, que chamaremos de Mito Menfita e Mito Tebano, tendo em vista os mitos de criação do universo. Vários deuses eram conhecidos por ambos os mitos. (esse último, por ser menos organizado e claro, abrange todo o Vale e sul do Egito)  
    Mito Heliopolitano: Aqui temos a Enéade, a família das nove divindades principais do Egito antigo, segundo o mito de Heliópolis, que é composto por sua vez pelo ciclo solar de Rá, e pelo ciclo de Osíris. Eram deiades muito famosas, sendo adoradas em toda a história do Egito, apesar do auge de seu culto ter sido no periodo mais arcaico da história Egípcia. Heliópolis também era chamada de Iunu.
    Rá (Aton, Ré, Kepri, Amom-Rá): Grande pai dos Deuses foi o criador do mundo a partir do Num. Foi, por séculos, a mais poderosa divindade cultuada pelos egípcios, em especial como Deus Sol, onde ele tinha suas formas: Kepri, o sol nascente, na forma da bola de excrementos que o escaravelho rola pelas dunas ao alvorecer; Rá, o sol em seu auge e esplendor, como um homem com cabeça de Falcão, e Aton, o sol velho que surge durante á tarde. Mais tarde foi unido a Amon, formando Amon-Rá.  
    Chu: Deus dos céus e do ar, trazia o sol ao mundo a cada manhã, alem de sacrificar os espíritos maus no outro mundo. Gêmeo de Tefnut, com quem era casado, foi pai de Geb e Nut.
    Tefnut: Deusa do orvalho, e da umidade casada com Chu, de quem era gêmea. Sua presença era garantia de bom tempo, pois afastava as secas. Era uma Deusa primitiva e quase esquecida, sendo sua veneração mais comum, quando ocorria, era junto de seu pai e de seu Marido. Mãe de Nut e Geb
    Geb: Deus da terra vivia tentando abraçar com Nut, deusa da abobada celeste, mas era impedido por seu pai, Chu, devido ao fato de Rá proibir o incesto entre o seus netos.. Representava em parte a fertilidade, e em conjunto com Hapy, o Nilo fertilizava o Egito.
    Nut: Deusa da abobada celeste, era retratada nua, inclinada sobre a terra, separada por Chu, que a sustentava nos céus, de seu esposo, Geb. Era muitas vezes representada com o corpo da cor do céu estrelado e enluarado. Era muito dada com Thot, a quem devia favores, numa época em que ele era o Deus da lua.
    Osíris: Deus do outro mundo trouxe as plantas e as estações do ano para a terra. Era juiz dos mortos, e guardião do Amanti. Foi um deus vivo, primeiro Faraó, que trouxe a civilização para o Egito, que se encontrava em um estado de lamentável selvageria, com acontecimentos que envolviam, inclusive, canibalismo. Entre outras coisas, foi ele quem persuadiu Thot a passar aos egípcios a escrita, e a arte da feitura do papel. Como Deus da vegetação deu a humanidade o conhecimento da agricultura dos e do cultivo nos diversos grãos, na lama do Nilo. De fato sua representação como divindade da vegetação era como um homem de pele verde. Era relacionado com Hapy. Foi morto por seu irmão Seth, e foi ressuscitado por sua esposa, Isis, também sua irmã.
    Isis: Esposa-irmã fiel de Osíris, deusa da magia, de suas lagrimas o Nilo foi aumentado. Mãe de Hórus, foi ela que juntou os pedaços de Osíris espalhados pelo Egito e o ressuscitou, assim como cuidou do filho nos pântanos do delta, protegendo-o da perseguição de Seth. Como rainha consorte de Osíris ensinou ao povo do Egito como assar o pão, fazer a cerveja, tecer o linho, costurar e várias outras artes próprias do mundo civilizado.
    Hórus: Deus da Monarquia, depois assumiu o aspecto de Chu como divindade dos céus. Era filho de Isis e Osíris, que em criança teve de ser escondido no Delta para escapar a fúria de Seth, seu tio e assassino de seu pai. Lá foi criado e protegido por muitos Deuses, principalmente Hator, com quem tinha uma relação ora filial, ora de amante. Depois da maioridade, vingou o assassinato de seu pai por parte de Seth, numa guerra em que lutou como um Falcão e Seth como um hipopótamo vermelho, até o julgamento dos Deuses, onde foi vitorioso e tornou-se Faraó. Era representado com um falcão branco, ou um homem com cabeça de falcão.
    Seth: Temido e odiado pro muitos, Seth é um dos deuses mais curiosos dos antigos mitos egípcios. De fato, inicialmente era tido como um Deus violento mais heróico, pois era guardião da barca solar, enfrentado a serpente Apofis todas as noite para garantir que o Deus sol renascesse a cada alvorada. Mais tarde, recebeu como herança de seu bisavô os desertos e Oásis que cercam o Egito, e até o fim do império egípcio era associado aos desertos, como guardião da eternidade. Contudo, foi por inveja da parte de seu irmão Osíris, que tinha a parte fértil do Egito, que Seth o matou, perdendo para sempre a imagem de bravura e passando a de assassino e sádico, quando fatiou o corpo. Na guerra contra Hórus foi ora derrotado, ora vitorioso, até o julgamento dos Deuses, convocado por Isis, que implorou uma trégua. Diz-se em certas lendas que deles recebeu o vale do Nilo, se tornado patrono do sul, e que Hórus recebeu o Delta do Nilo, e que os Faraós eram a união desses deuses (inclusive através da coroa Branca do Baixo Egito e da vermelha do Alto Egito, já que branco era a cor de Hórus, e vermelho a de Seth.). era representado como um homem de cabelos ruivos, ou como um homem com cabeça de um animal desconhecido. Era casado com sua irmã Néftis, e não teve nenhum filho com ela.  
    Néftis: Era uma Deusa pouco conhecida, tida como guardiã dos mortos. Era esposa de Seth, mas seu casamento com ele foi infeliz, e quando ele assassinou seu irmão Osíris, ela o abandonou de vez. Existem certos registros de que certa vez embebedou e teve relações sexuais com Osíris, nascendo daí o Deus Cão e guardião das Necrópoles, Anúbis. Ela auxiliou Isis no processo de ressuscitar Osíris.
    Anúbis (Anupu): Deus com cabeça de Cão, dizia-se ser fruto de relações tidas entre Néftis e Osíris. Era guardião das Necrópoles, e guia das almas no Amanti, alem de ser responsável por pesar o coração dos julgados com a pena da deusa da verdade e justiça, Maât. Era comum ser representado como um chacal negro deitado, e estava presente no selo das necrópoles: um chacal deitado acima de nove homens decapitadas.
    Neith: A deusa mãe Neith era adorada em Saís, no Delta do Nilo, onde se conta que ela teria saído das águas do Nilo, criando a arte do parto e criado também vários deuses, homens e animais, inclusive o próprio deus sol, Rá. Segundo uma das muitas lendas que cercam essa poderosa deiade, ela teria cuspido nas águas do Nilo, e de sua saliva nasceu à serpente do mundo dos mortos, Apofis. Era chamada de a mãe Caçadora. Neith era uma grande caçadora, e usava um arco de madeira clara como arma, e um escudo para se defender. Seu símbolo era de fato duas flechas cruzadas sobre um escudo, e as sacerdotisas de Neith eram peritas no uso do arco. Alguns mitos mais antigos a colocam como uma espécie de rival de Seth, pois ela caçava nos domínios deste Deus. Seu animal sagrado era o Abutre fêmea.
    Hathor: mãe adotiva de Hórus, era uma deusa benevolente e calma, de temperamento bastante bondoso. Encarnava um aspecto mais singelo das deusas, pois era a protetora das crianças. Mais tarde, surgiram mitos que a identificavam como uma amante de Hórus, com o qual ela seria mãe dos Deuses protetores dos vasos Canopos. Era uma deusa popular, muito vista com Bés, e seu animal era uma vaca. Dizia-se ser a face mais humana de Seckmet. Existe segundos certos registros alguma relação de Hathor com Sekcmet e Bastet.  
    Seckmet: Deusa das doenças, era uma divindade temida, encarregada de defender o Deus Sol. Diz-se que foi quem em um dia massacrou a maior parte da raça humana, por ordem de Rá. No Novo Império foi associada á cura, principalmente no templo de Deir-El-Bahri, no qual se praticavam várias curas. Seu animal era a Leoa, e aparecia como uma mulher com cabeça de leoa. Alguns registros a dão como outra face de Hathor ou de Bastet.  
    Mito Tebano: Muito mais sutil para ser vislumbrado, no mito tebano temos o mundo sendo criado por muitos Deuses diferentes. Ptah o teria criado pelo verbo, Khnun o feito em sua roda de oleiro, e temos o outeiro primordial, de onde as divindades teriam surgido. Muitos deuses são comuns aos dois Mitos, em particular Thot e Anúbis. No mito tebano não existe uma hierarquia bem clara e definida, mas se considera Amon/Amon-Rá como uma espécie de divindade Suprema.
    Amon, o Oculto: Deiade tebana do vento, foi o deus mais popular do novo Império, e protetor pessoal dos Ramessidas, dos grandes Amenofis, entre outros. Era uma divindade do vento, dos segredos, da verdade e de sia (a intuição divina do Faraó). Sua forma verdadeira era desconhecida por todos, exceto para o Faraó, o herdeiro do trono, e o Primeiro Profeta de Amon (Sumo Pontífice de Luxor e Karnak) e era conhecido então por seu animal sagrado, o carneiro com chifres recurvados. Era amplamente cultuado no complexo gigantesco de Karnak e Luxor onde centenas de sacerdotes, trabalhadores, artesãos, etc mantinham o templo em pleno funcionamento, numa das mais ricas cidades de todo o Egito. Formava, com Mut e Konshu a trindade tebana similar a de Osíris, Isis e Hórus no Delta, apesar de sua menor importância. Diz-se que na batalha de Kadesh foi ele a auxiliar Ramsés II, o grande a derrotar o imperador do Hatti e sua confederação de inimigos do Egito.
    Mut, a Mãe: Deusa da maternidade, era a esposa de Amon, e encarnava os mesmos papeis de Isis, fosse como mãe dedicado ou como esposa fiel. Era entretanto pouco venerada, mesmo em Tebas, onde suas poucas sacerdotisas eram submetidas á autoridade do Primeiro profeta de Amon, sendo seu Templo um pavilhão próximo a Karnak. Porem, no novo império, sua adoração coincidiu com um aumento do poder de Amon, quando ela passou a ser associada a Grande Esposa Real, e a aspectos mais mundanos  
    Khonshu, o atravessador do universo: Divindade tebana relacionada com a luz da lua e a magia, Khonshu era filho de Amon e de Mut. Era venerado somente por aqueles que andavam pela noite, ou que necessitavam de seus poderes, como os magos. Era famoso por sua relação de amizade com Thot, como durante o celebre episodio do jogo de Senet. Não tinha um templo, mas era venerado em Karnak junto a  seus pais. Apesar disso, era bastante famoso entre os estudiosos das casas-da-vida dos Templos.
    Sokaris, o senhor da Região Misteriosa: Um deus gavião, Sokaris era o artesão que forjava as bacias de prata onde os mortos lavavam os pés e tambem era o Alquimista que misturava os ungüentos e especiarias dos rituais fúnebres. Era também, em certos mitos, um aspecto de Ptha, parecendo então como Ptha-Sokaris. Em mitos mais antigos, era o mestre da Região misteriosa, a parte externa do Amanti, onde vivia e governava. Seu animal era o Gavião
    Secshat a Rainha da biblioteca: Chamada de senhora das bibliotecas, era a esposa de Ptha, e deusa da escrita. É representada por uma estrela de sete pontas como diadema, e uma Túnica ritual de pele de pantera. Era uma espécie de Escriba dos deuses, mas com papel inferior ao de Thot, de quem era vassala. Era venerada em Jemenu, (Heliopolis, em grego) próxima aos templos de Thot ou de Ptha. Seu “animal” era uma árvore, dentro da casa da vida de Heliopolis.
    Thot, o senhor da Sabedoria: Era um Deus misterioso, tido como criador de muitas atividades intelectuais, tais como a matemática, a astronomia, a matemática, a geometria, a arquitetura, a medicina, a musica, a magia, e a Escrita. Era muitas vezes visto como Mago dos deuses, conhecedor de tudo, (apesar desse papel, mais tarde ser de Isis), sendo o protetor da famosa comunidade de Deir-en-Medineh, a comunidade dos construtores de túmulos reais. No novo império foi o patrono da Diplomacia, e o protetor de muitos dos mais famosos faraós (os Tutmes). Muitas vezes era chamado de senhor da Lua, (apesar do Deus Tebano Konshu tambem o ser), devido ao seu aspecto de mago, e não se sabia quem era seu pai, sendo mais provável o deus Aton. Thot, no tribunal dos mortos era o escrivão dos Deuses, aquele que anotava o nome dos que iam para o doce Amanti, ou para a boca de Babai (ou Amuut) a grande devoradora. Seu animal sagrado era o Babuíno, e o Íbis. 
    Sobek, o deus crocodilo: Venerado em Fayum, era um Deus inquietante, muito próximo do Deus Seth. Aparecia como um homem de pele clara, usando um sudário, mas com a cabeça de um crocodilo adulto. Seu poder era o de governar as ações que mudam de forma súbita a o curso natural das coisas, como os acidentes, incêndios e mortes inesperadas. Assim pode-se ver a sua associação com o Crocodilo, que ataca de forma súbita, agitando as águas calmas no Nilo. Outros aspectos desse Deus era ser paciente, esperando o momento certo de dar o bote, e a persistência, de nunca largar a sua vitima, ou de nunca desistir de um intento. Em épocas mais tardias, no periodo Tanita, e durante o império Kushita, foi associado à astúcia. Seu templo no Fayum era repleto de grandes crocodilos.
    Bés, o bom gênio: Um Deus brincalhão, geralmente simbolizando a alegria de viver. Era protetor das parturientes, usando sua aparência deformada e suas caretas para assustar os demônios que tentavam tomar a alma nos recém-nascidos. De todas as divindades de todas a história egípcia, era a única a ser representada de frente, nunca aparecendo de perfil, o que gera especulações a respeito de sua origem. Era visto como um anão deformado, narigudo, sempre pulando batendo num tambor e a língua de fora. Dizia-se que suas caretas faziam os recém-nascidos rirem. 
    Bastet, a senhora do amor: Era a Deusa do amor e dos prazeres, extensamente cultuada por todos egípcios. Era também a divindade de longe mais associada a seu animal (no caso o gato), com o qual nutria características muito próximas, entre as quais as maneiras mais maliciosas. Era uma deiade benevolente, mas seu amor era muito voltado para um aspecto mais sexual e para os prazeres. Seu festival, em Busbatis era famoso, e reunia pessoas de todo o Egito, até de todo o Oriente Próximo para desfrutar de seus prazeres. Dizia-se que era um aspecto mais jovial de Hathor, ou um aspecto menos temível de Seckmet.
    Trindade Menfita: Além dos deuses supramencionados, em Mênfis havia uma trindade de Deuses especais, tidos como criadores do mundo, relacionados ao Num e a Rá de forma especial. Eram eles:
    Ptah, o Soberano dos Artesãos: Conhecido também como patrono dos artesãos, esse era um deus largamente cultuado no novo império, sendo inclusive dado a ele papeis de criador do mundo através da palavra. Não se sabia de quem ele era filho, sendo uma das chamadas “divindades pré-criação” que surgiram antes de Rá (eles eram os deuses Khnun, Ptah, Neith e Num). Era venerado em dois locais, Mennofer (Mênfis) onde era identificado com o boi Ápis, e tinha o Templo funerário do Serapeo, (oráculo de Serapis, divindade grega Ptlomaica identificada com Ptah) e em Tebas, pois era protetor de Deir-in-Medineh, (comunidade exclusiva, autorizada a trabalhar no vale dos reis). Foi, em particular patrono do Rei Menreptah, (“o amado do Deus Ptah”, sucessor de Ramsés II, o grande), um dos maiores reis da Décima nona dinastia. Costumava ser retratado como um homem de pele clara, vestindo um Sudário branco, com dois cetros nas mãos: o bordão do pastor, um estranho cajado, cuja ponta superior era recurvada. Era um deus atento as suplicas dos homens, e tinha para isso grandes orelhas.
    Nefertun, o nascido do lótus: Terceiro Deus da trindade Menfita, filho de Ptah e de Seckmet, era representado como um homem com um lótus na cabeça, simbolizando sua ligação com a natureza. É mencionado em muitos textos antigos ás vezes como deus primevo, associado ao Num. Mais tarde é dado como filho de Ptah e Seckmet, muitas vezes perdendo esse posto para Imhotep divinizado. Como deus da natureza, era o calor do sol.
    Seckmet, a temível leoa: Deusa das doenças, era uma divindade temida, encarregada de defender o Deus Sol. Diz-se que foi quem em um dia massacrou a maior parte da raça humana, por ordem de Rá. No Novo Império foi associada á cura, principalmente no templo de Deir-El-Bahri, no qual se praticavam várias curas. Seu animal era a Leoa, e aparecia como uma mulher com cabeça de leoa. Alguns registros a dão como outra face de Hathor ou de Bastet.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.

Total de visualizações de página

Wikipedia

Resultados da pesquisa

Seguidores