Arte do Egito
No Antigo Egito as obras de arte possuíam um possui forte caráter
religioso e funerário.Essas características podem ser explicadas em
função da crença que os egípcios tinha na vida após a morte. Há
representações artísticas de deuses, faraós e animais explicadas por
textos em escrita hieroglífica. As pinturas eram feitas nas paredes das
pirâmides ou em papiros. Representavam o cotidiano da nobreza ou tratava
de assuntos do cotidiano. Uma das características principais é o
desenho chapado, de perfil e sem perspectiva artística.
ANTIGO
EGITO O Egito é o berço da mais antiga civilização, a egípcia. O estudo dessa
civilização tornou-se possível após 1822 quando da decifração dos
hieróglifos*. Inicialmente a região
achava-se dividida em cidades-estados, "nomos", independentes politicamente.
Em torno de 4.000 a.C.
esses "nomos" uniram-se em dois reinos: Reino do Baixo Egito (Norte)
e Reino do Alto Egito (Sul). A unificação desses reinos ocorreu por volta de 3.200 a.C., com Menés, que
se tornou o primeiro faraó da primeira dinastia e deu início à história
dinastia do Antigo Egito que vai até o século XI a.C., quando termina a
dinastia Ramsés e inicia a decadência. Essa decadência se acentua com o
aparecimento do novos reinos no Oriente Médio, com o enfraquecimento do Governo
dos faraós, com o empobrecimento do país causado pela desorganização interna e
pelas sucessivas dominações estrangeiras. Inicialmente, a dominação assíria,
seguida da dominação persa, macedônia, romana e árabe, sendo esta última
responsável pela religião islâmica do Egito atual. (Autor Desconhecido) Os egípcios foram
grandes construtores, erguendo casas e palácios com Tijolos e madeira. Recursos
técnicos que talvez tenham trazido à Mesopotâmia. As pedras eram reservadas
para a construção de túmulos. Eram hábeis na arte de esculpir em pedras,
fabricavam jóias de ouro, pedras semipreciosas e esmalte, e descobriram o
papiro, que servia para a escrita. Desenvolveram conhecimentos e medicina e
iniciaram investigações matemáticas, mais tarde desenvolvidas pelos gregos. Porem,
onde os egípcios mais se destacaram foi na construção de túmulos, as pirâmides
em geral em honra dos faraós. Contando com materiais rudimentares, porém com
fartura de mão-de-obra, construíram verdadeiros monumentos de arquitetura, como
as pirâmides de Quéfren, Quéops e Miquerinos que ficam na cidade de Gizé. A
arte egípcia em sua maior parte homenageava os mortos, sepultadas com os
objetos julgados necessários paia a vida no além. Muitos faraós eram enterrados
em túmulos escavados em rochas, outros tinham o corpo conservado pelo
embasamento. Os egípcios eram politeístas. Osíris, deus dos mortos, segundo
eles desposara sua irmã, Íris, sendo morto por Seth; seu filho Horus, porém,
ressuscitou-o. Horus, deus do firmamento e da chuva, reinava sobre os viventes,
representado por um falcão. Havia o costume de representar o deus sob a forma
antropozoomorfa*, Ra era o deus sol de Heliópolis; quando Tebas se tornou a
capital (11.ª dinastia), Amon, o deus da cidade ficou sendo Amon-Ra, o rei dos
deuses. Em 1.340 a.C.,
o faraó Akhenaton, instituiu o culto a um só deus - Aton - o sol, e mandou
construir a nova Capital em Telel Anarna. Tutankhamon, seu sucessor,
restabeleceu os antigos deuses, e seu túmulo foi o que abrigou a maior
quantidade de tesouros no Egito. O último faraó egípcio, Nectanebo morreu em 341 a.C.
DEUSES
EGÍPCIOS
Amon - Deus dos deuses
Rá - Deus do sol
Osíris - Deus dos mortos e do renaiscimento
Seth - Deus que matou seu irmão Osíris
Maát - Deusa da justiça
Anúbis - Deus do embalsamamento e da morte
Isis - A deusa modelo para mães e esposas
Neftis - A deusa protetora de túmulos
Hathor - Deusa da alegria e da festa
Hórus - Deus criador do universo
Ptah - Deus criador dos homens e da arte
Neith - Deusa geurreira
Thot - Deus da escrita e dos escribas
Atum - Em Heliópolis é o rei de todos os deuses
Sekhmet - Deusa responsavel pelas epidemias e mortes
Amenófis I - Rei divinizado
Bés - Deus protetor dos sonhos
Meretseger - Protetora dos mortos
Amon - Deus dos deuses
Rá - Deus do sol
Osíris - Deus dos mortos e do renaiscimento
Seth - Deus que matou seu irmão Osíris
Maát - Deusa da justiça
Anúbis - Deus do embalsamamento e da morte
Isis - A deusa modelo para mães e esposas
Neftis - A deusa protetora de túmulos
Hathor - Deusa da alegria e da festa
Hórus - Deus criador do universo
Ptah - Deus criador dos homens e da arte
Neith - Deusa geurreira
Thot - Deus da escrita e dos escribas
Atum - Em Heliópolis é o rei de todos os deuses
Sekhmet - Deusa responsavel pelas epidemias e mortes
Amenófis I - Rei divinizado
Bés - Deus protetor dos sonhos
Meretseger - Protetora dos mortos
Arte Egípcia A arte Egípcia surgiu a mais de 3000 anos A.C., mas é entre 1560 e 1309 A.C. que a pintura Egípcia se destaca em procurar refletir os movimentos dos corpos e por apresentar preocupação com a delicadeza das formas. O local a ser trabalhado primeiramente recebia um revestimento de gesso branco e em seguida se aplicava a tinta sobre gesso. Essa tinta era uma espécie de cola produzida com cores minerais. Os egípcios ao esculpir e pintar tinham o propósito de relatar os acontecimentos de sua época, as histórias dos Faraós, deuses e do seu povo em menor escala, já que as pessoas não podiam ser representadas ao lado de deuses e nem dentro de templos. Provavelmente eles não tiveram a intenção de nos deixar a "arte" de seus criadores. O tamanho das pessoas e objetos não caracterizavam necessariamente a distância um do outro e sim a importância do objeto, o poder e o nível social. Os valores dos egípcios eram eternos e estáveis. Suas leis perduraram cerca de 6.000 anos. O Faraó representava os homens junto aos deuses e os deuses junto aos homens, assim como era responsável pelo bem-estar do povo, sendo considerado também como um próprio Deus.
Arte e arquitetura do Egito, edifícios, pinturas, esculturas e artes aplicadas do antigo Egito, da pré-história à conquista romana no ano 30 a.C. A história do Egito foi a mais longa de todas as civilizações antigas que floresceram em torno do Mediterrâneo, estendendo-se, quase sem interrupção, desde aproximadamente o ano 3000 a.C. até o século IV d.C.
A natureza do país — desenvolvido em torno do Nilo, que o banha e fertiliza, em quase total isolamento de influências culturais exteriores — produziu um estilo artístico que mal sofreu mudanças ao longo de seus mais de 3.000 anos de história. Todas as manifestações artísticas estiveram, basicamente, a serviço do estado, da religião e do faraó, considerado como um deus sobre a terra. Desde os primeiros tempos, a crença numa vida depois da morte ditou a norma de enterrar os corpos com seus melhores pertences, para assegurar seu trânsito na eternidade.
A regularidade dos ciclos naturais, o crescimento e a inundação anual do rio Nilo, a sucessão das estações e o curso solar que provocava o dia e a noite foram considerados como presentes dos deuses às pessoas do Egito. O pensamento, a cultura e a moral egípicios eram baseados num profundo respeito pela ordem e pelo equilíbrio. A arte pretendia ser útil: não se falava em peças ou em obras belas, e sim em eficazes ou eficientes.
O intercâmbio cultural e a novidade nunca foram considerados como algo importante por si mesmos. Assim, as convenções e o estilo representativos da arte egípcia, estabelecidos desde o primeiro momento, continuaram praticamente imutáveis através dos tempos. Para o espectador contemporâneo a linguagem artística pode parecer rígida e estática. Sua intenção fundamental, sem dúvida, não foi a de criar uma imagem real das coisas tal como apareciam, mas sim captar para a eternidade a essência do objeto, da pessoa ou do animal representado
Período pré-dinástico
Os primeiros povoadores pré-históricos assentaram-se sobre as terras ou planaltos formados pelos sedimentos que o rio Nilo havia depositado em seu curso. Os objetos e ferramentas deixados pelos primeiros habitantes do Egito mostram sua paulatina transformação de uma sociedade de caçadores-catadores seminômades em agricultores sedentários. O período pré-dinástico abrange de 4000 a.C. a 3100 a.C., aproximadamente.
Antigo Império
Durante
as primeiras dinastias, construíram-se importantes complexos funerários
para os faraós em Abidos e Sakkara. Os hieróglifos (escrita
figurativa), forma de escrever a língua egípcia, encontravam-se então em
seu primeiro nível de evolução e já mostravam seu caráter de algo vivo,
como o resto da decoração.
Na III dinastia, a capital mudou-se para Mênfis e os faraós iniciaram a construção de pirâmides, que substituíram as mastabas como tumbas reais. O arquiteto, cientista e pensador Imhotep construiu para o faraó Zoser (c. 2737-2717 a.C.) uma pirâmide em degraus de pedra e um grupo de templos, altares e dependências afins. Deste período é o famoso conjunto monumental de Gizé, onde se encontram as pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos.
A escultura caracterizava-se pelo estilo hierático, a rigidez, as formas cúbicas e a frontalidade. Primeiro, talhava-se um bloco de pedra de forma retangular; depois, desenhava-se na frente e nas laterais da pedra a figura ou objeto a ser representado. Destaca-se, dessa época, a estátua rígida do faraó Quéfren (c. 2530 a.C.).
A escultura em relevo servia a dois propósitos fundamentais: glorificar o faraó (feita nos muros dos templos) e preparar o espírito em seu caminho até a eternidade (feita nas tumbas).
Na cerâmica, as peças ricamente decoradas do período pré-dinástico foram substituídas por belas peças não decoradas, de superfície polida e com uma grande variedade de formas e modelos, destinadas a servir de objetos de uso cotidiano. Já as jóias eram feitas em ouro e pedras semipreciosas, incorporando formas e desenhos, de animais e de vegetais.
Ao finalizar a VI dinastia, o poder central do Egito havia diminuído e os governantes locais decidiram fazer as tumbas em suas próprias províncias, em lugar de serem enterrados perto das necrópoles dos faraós a quem serviam. Desta dinastia data a estátua em metal mais antiga que se conhece no Egito: uma imagem em cobre (c. 2300 a.C.) de Pepi I (c. 2395-2360 a.C.).
Na III dinastia, a capital mudou-se para Mênfis e os faraós iniciaram a construção de pirâmides, que substituíram as mastabas como tumbas reais. O arquiteto, cientista e pensador Imhotep construiu para o faraó Zoser (c. 2737-2717 a.C.) uma pirâmide em degraus de pedra e um grupo de templos, altares e dependências afins. Deste período é o famoso conjunto monumental de Gizé, onde se encontram as pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos.
A escultura caracterizava-se pelo estilo hierático, a rigidez, as formas cúbicas e a frontalidade. Primeiro, talhava-se um bloco de pedra de forma retangular; depois, desenhava-se na frente e nas laterais da pedra a figura ou objeto a ser representado. Destaca-se, dessa época, a estátua rígida do faraó Quéfren (c. 2530 a.C.).
A escultura em relevo servia a dois propósitos fundamentais: glorificar o faraó (feita nos muros dos templos) e preparar o espírito em seu caminho até a eternidade (feita nas tumbas).
Na cerâmica, as peças ricamente decoradas do período pré-dinástico foram substituídas por belas peças não decoradas, de superfície polida e com uma grande variedade de formas e modelos, destinadas a servir de objetos de uso cotidiano. Já as jóias eram feitas em ouro e pedras semipreciosas, incorporando formas e desenhos, de animais e de vegetais.
Ao finalizar a VI dinastia, o poder central do Egito havia diminuído e os governantes locais decidiram fazer as tumbas em suas próprias províncias, em lugar de serem enterrados perto das necrópoles dos faraós a quem serviam. Desta dinastia data a estátua em metal mais antiga que se conhece no Egito: uma imagem em cobre (c. 2300 a.C.) de Pepi I (c. 2395-2360 a.C.).
Médio Império
Mentuhotep
II, faraó da XI dinastia, foi o primeiro faraó do novo Egito unificado
do Médio Império (2134-1784 a.C.). Criou um novo estilo ou uma nova
tipologia de monumento funerário, provavelmente inspirado nos conjuntos
funerários do Antigo Império. Na margem oeste do Tebas, até o outro lado
do Nilo, no lugar denominado de Deir el Bahari, construiu-se um templo
no vale ligado por um longo caminho real a outro templo que se
encontrava instalado na encosta da montanha. Formado por uma mastaba
coroada por uma pirâmide e rodeado de pórticos em dois níveis, os muros
foram decorados com relevos do faraó em companhia dos deuses.
A escultura do Médio Império se caracterizava pela tendência ao realismo. Destacam-se os retratos de faraós como Amenemés III e Sesóstris III.
O costume entre os nobres de serem enterrados em tumbas construídas em seus próprios centros de influência, em vez de na capital, manteve-se vigente. Ainda que muitas delas estivessem decoradas com relevos, como as tumbas de Asuán, no sul, outras, como as de Beni Hassan e El Bersha, no Médio Egito, foram decoradas exclusivamente com pinturas. A pintura também decorava os sarcófagos retangulares de madeira, típicos deste período. Os desenhos eram muito lineares e mostravam grande minúcia nos detalhes.
No Médio Império, também foram produzidos magníficos trabalhos de arte decorativa, particularmente jóias feitas em metais preciosos com incrustação de pedras coloridas. Neste período aparece a técnica do granulado e o barro vidrado alcançou grande importância para a elaboração de amuletos e pequenas figuras.
A escultura do Médio Império se caracterizava pela tendência ao realismo. Destacam-se os retratos de faraós como Amenemés III e Sesóstris III.
O costume entre os nobres de serem enterrados em tumbas construídas em seus próprios centros de influência, em vez de na capital, manteve-se vigente. Ainda que muitas delas estivessem decoradas com relevos, como as tumbas de Asuán, no sul, outras, como as de Beni Hassan e El Bersha, no Médio Egito, foram decoradas exclusivamente com pinturas. A pintura também decorava os sarcófagos retangulares de madeira, típicos deste período. Os desenhos eram muito lineares e mostravam grande minúcia nos detalhes.
No Médio Império, também foram produzidos magníficos trabalhos de arte decorativa, particularmente jóias feitas em metais preciosos com incrustação de pedras coloridas. Neste período aparece a técnica do granulado e o barro vidrado alcançou grande importância para a elaboração de amuletos e pequenas figuras.
Novo Império
O
Novo Império (1570-1070 a.C.) começou com a XVIII dinastia e foi uma
época de grande poder, riqueza e influência. Quase todos os faraós deste
período preocuparam-se em ampliar o conjunto de templos de Karnak,
centro de culto a Amon, que se converteu, assim, num dos mais
impressionantes complexos religiosos da história. Próximo a este
conjunto, destaca-se também o templo de Luxor.
Do Novo Império, também se destaca o insólito templo da rainha Hatshepsut, em Deir el Bahari, levantado pelo arquiteto Senemut (morto no ano de 1428 a.C.) e situado diante dos alcantilados do rio Nilo, junto ao templo de Mentuhotep II.
Durante a XIX Dinastia, na época de Ramsés II, um dos mais importantes faraós do Novo Império, foram construídos os gigantescos templos de Abu Simbel, na Núbia, ao sul do Egito.
A escultura, naquele momento, alcançou uma nova dimensão e surgiu um estilo cortesão, no qual se combinavam perfeitamente a elegância e a cuidadosa atenção aos detalhes mais delicados. Tal estilo alcançaria a maturidade nos tempos de Amenófis III.
A arte na época de Akhenaton refletia a revolução religiosa promovida pelo faraó, que adorava Aton, deus solar, e projetou uma linha artística orientada nesta nova direção, eliminando a imobilidade tradicional da arte egípcia. Deste período, destaca-se o busto da rainha Nefertiti (c. 1365 a.C.).
A pintura predominou então na decoração das tumbas privadas. A necrópole de Tebas é uma rica fonte de informação sobre a lenta evolução da tradição artística, assim como de excelentes ilustrações da vida naquela época.
Durante o Novo Império, a arte decorativa, a pintura e a escultura alcançaram as mais elevadas etapas de perfeição e beleza. Os objetos de uso cotidiano, utilizados pela corte real e a nobreza, foram maravilhosamente desenhados e elaborados com grande destreza técnica. Não há melhor exemplo para ilustrar esta afirmação do que o enxoval funerário da tumba (descoberta em 1922) de Tutankhamen.
Do Novo Império, também se destaca o insólito templo da rainha Hatshepsut, em Deir el Bahari, levantado pelo arquiteto Senemut (morto no ano de 1428 a.C.) e situado diante dos alcantilados do rio Nilo, junto ao templo de Mentuhotep II.
Durante a XIX Dinastia, na época de Ramsés II, um dos mais importantes faraós do Novo Império, foram construídos os gigantescos templos de Abu Simbel, na Núbia, ao sul do Egito.
A escultura, naquele momento, alcançou uma nova dimensão e surgiu um estilo cortesão, no qual se combinavam perfeitamente a elegância e a cuidadosa atenção aos detalhes mais delicados. Tal estilo alcançaria a maturidade nos tempos de Amenófis III.
A arte na época de Akhenaton refletia a revolução religiosa promovida pelo faraó, que adorava Aton, deus solar, e projetou uma linha artística orientada nesta nova direção, eliminando a imobilidade tradicional da arte egípcia. Deste período, destaca-se o busto da rainha Nefertiti (c. 1365 a.C.).
A pintura predominou então na decoração das tumbas privadas. A necrópole de Tebas é uma rica fonte de informação sobre a lenta evolução da tradição artística, assim como de excelentes ilustrações da vida naquela época.
Durante o Novo Império, a arte decorativa, a pintura e a escultura alcançaram as mais elevadas etapas de perfeição e beleza. Os objetos de uso cotidiano, utilizados pela corte real e a nobreza, foram maravilhosamente desenhados e elaborados com grande destreza técnica. Não há melhor exemplo para ilustrar esta afirmação do que o enxoval funerário da tumba (descoberta em 1922) de Tutankhamen.
Época tardia
Em
Madinat Habu, perto de Tebas, na margem ocidental do Nilo, Ramsés III, o
último da poderosa saga de faraós da XX dinastia, levantou um enorme
templo funerário (1198-1167 a.C.), cujos restos são os mais conservados
na atualidade.
O rei assírio Assurbanipal conquistou o Egito, convertendo-o em província assíria até que Psamético I (664-610 a.C.) libertou o país da dominação e criou uma nova dinastia, a XXVI, denominada saíta. Desse período, destacam-se os trabalhos de escultura em bronze, de grande suavidade e brandura na modelagem, com tendência a formas torneadas. Os egípcios tiveram então contato com os gregos, alguns dos quais haviam servido em seu exército como mercenários, e
também com os judeus, através de uma colônia que estes tinham no sul, perto de Asuán.
A conquista do país por Alexandre Magno, em 332 a.C., e pelos romanos, no ano 30 a.C., introduziu o Egito na esfera do mundo clássico, embora persistissem suas antigas tradições artísticas. Alexandre (fundador da cidade de Alexandria, que se converteu num importante foco da cultura helenística) e seus sucessores aparecem representados em relevo nos muros dos templos como se fossem autênticos faraós — e num claro estilo egípcio, e não clássico. Os templos construídos durante o período ptolomaico (helênico) repetem os modelos arquitetônicos tradicionais do Egito
O rei assírio Assurbanipal conquistou o Egito, convertendo-o em província assíria até que Psamético I (664-610 a.C.) libertou o país da dominação e criou uma nova dinastia, a XXVI, denominada saíta. Desse período, destacam-se os trabalhos de escultura em bronze, de grande suavidade e brandura na modelagem, com tendência a formas torneadas. Os egípcios tiveram então contato com os gregos, alguns dos quais haviam servido em seu exército como mercenários, e
também com os judeus, através de uma colônia que estes tinham no sul, perto de Asuán.
A conquista do país por Alexandre Magno, em 332 a.C., e pelos romanos, no ano 30 a.C., introduziu o Egito na esfera do mundo clássico, embora persistissem suas antigas tradições artísticas. Alexandre (fundador da cidade de Alexandria, que se converteu num importante foco da cultura helenística) e seus sucessores aparecem representados em relevo nos muros dos templos como se fossem autênticos faraós — e num claro estilo egípcio, e não clássico. Os templos construídos durante o período ptolomaico (helênico) repetem os modelos arquitetônicos tradicionais do Egito
"O MUNDO ANTIGO"
Os egípcios amavam demais o mundo terreno para acreditarem que os seus prazeres chegassem necessariamente ao fim com a morte. Achavam que pelo menos os ricos e poderosos poderiam desfrutar as delicias da vida pela eternidade afora, desde que as imagens desses falecidos fossem reproduzidas em suas respectivas tumbas. Assim, boa parte da pintura egípcia era feita em prol dos mortos. Entretanto, é possível que os egípcios não julgassem que garantir uma boa vida após a morte exigisse muito gasto e que, por isso tenham escolhido a pintura como um recurso que poupava mão de obra e cortava gastos. Em lugar da dispendiosa arte escultórica ou da pedra talhada, empregava-se uma expressão artística mais barata, a pintura. Em todo o caso, é certo que o estilo de pintura cerimonial e formal usado nas paredes das tumbas não era o único disponível. Hoje sabemos que , ainda em vida, egípcios ricos tinham murais em casa e que estes eram elaborados em estilos pinturescos de rica textura. Infelizmente, só perduraram pequenos fragmentos desses murais.
A Pintura nas Tumbas Egipcías
Talvez uma das imagens mais impressionantes das tumbas egípcias sejam os “Gansos de Medum”, três majestosas aves da tumba de Nefermaat (um filho de Snefru, o primeiro faraó da IV Dinastia) e de sua esposa Itet.
Os gansos, que remontam a mais de 2 mil anos antes de Cristo, são apenas um detalhe num friso pictórico na antiga cidade de Medum, mas já sugerem a vitalidade e pujança dos triunfos escultóricos que estavam por vir. Outra pintura egípcia, da tumba de Ramose, mostra uma procissão funerária de Mulheres Lamentosas. Ramose foi ministro de Amenófis III e Amenófis IV (mais conhecido como Akhenaton), dois faraós da XVIII Dinastia. Nessa pintura, as mulheres são bidimensionais e esquemáticas, mas os gestos angustiados vibram com o pesar.
Para os antigos egípcios, o que importava era a “essência eterna”, aquilo que constituía a visão de uma realidade constante e imutável. Portanto, sua arte não se preocupava em variar as aparências para atingir efeito visual, e até mesmo a arguta observação da natureza (em figuras que aparentemente eram pintadas de memória) submetia-se a uma rígida padronização de formas, as quais muitas vezes se transformavam em símbolos. Se as cenas egípcias parecem definitivamente irreais, isso não se deve a nenhum “primitivismo” (pois fica bem clara a habilidade técnica e a evidente compreensão das formas naturais). Era antes, conseqüência direta da função essencialmente intelectual que a arte desempenhava. Toda figura era mostrada do ângulo em que pudesse ser mais facilmente identificada, conforme uma escala que se baseava na hierarquia, sendo o tamanho dependente da posição social. Daí resultava um aspecto muitíssimo padronizado, esquemático e quase diagramático. A absoluta preocupação com a precisão e a representação “completa” aplicava-se a todos os temas; assim, a cabeça humana é sempre reproduzida de perfil, mas os olhos são sempre mostrados de frente. Por essa razão, não há perspectiva nas pinturas egípcias – tudo é bidimensional.
Os egípcios amavam demais o mundo terreno para acreditarem que os seus prazeres chegassem necessariamente ao fim com a morte. Achavam que pelo menos os ricos e poderosos poderiam desfrutar as delicias da vida pela eternidade afora, desde que as imagens desses falecidos fossem reproduzidas em suas respectivas tumbas. Assim, boa parte da pintura egípcia era feita em prol dos mortos. Entretanto, é possível que os egípcios não julgassem que garantir uma boa vida após a morte exigisse muito gasto e que, por isso tenham escolhido a pintura como um recurso que poupava mão de obra e cortava gastos. Em lugar da dispendiosa arte escultórica ou da pedra talhada, empregava-se uma expressão artística mais barata, a pintura. Em todo o caso, é certo que o estilo de pintura cerimonial e formal usado nas paredes das tumbas não era o único disponível. Hoje sabemos que , ainda em vida, egípcios ricos tinham murais em casa e que estes eram elaborados em estilos pinturescos de rica textura. Infelizmente, só perduraram pequenos fragmentos desses murais.
A Pintura nas Tumbas Egipcías
Talvez uma das imagens mais impressionantes das tumbas egípcias sejam os “Gansos de Medum”, três majestosas aves da tumba de Nefermaat (um filho de Snefru, o primeiro faraó da IV Dinastia) e de sua esposa Itet.
Os gansos, que remontam a mais de 2 mil anos antes de Cristo, são apenas um detalhe num friso pictórico na antiga cidade de Medum, mas já sugerem a vitalidade e pujança dos triunfos escultóricos que estavam por vir. Outra pintura egípcia, da tumba de Ramose, mostra uma procissão funerária de Mulheres Lamentosas. Ramose foi ministro de Amenófis III e Amenófis IV (mais conhecido como Akhenaton), dois faraós da XVIII Dinastia. Nessa pintura, as mulheres são bidimensionais e esquemáticas, mas os gestos angustiados vibram com o pesar.
Para os antigos egípcios, o que importava era a “essência eterna”, aquilo que constituía a visão de uma realidade constante e imutável. Portanto, sua arte não se preocupava em variar as aparências para atingir efeito visual, e até mesmo a arguta observação da natureza (em figuras que aparentemente eram pintadas de memória) submetia-se a uma rígida padronização de formas, as quais muitas vezes se transformavam em símbolos. Se as cenas egípcias parecem definitivamente irreais, isso não se deve a nenhum “primitivismo” (pois fica bem clara a habilidade técnica e a evidente compreensão das formas naturais). Era antes, conseqüência direta da função essencialmente intelectual que a arte desempenhava. Toda figura era mostrada do ângulo em que pudesse ser mais facilmente identificada, conforme uma escala que se baseava na hierarquia, sendo o tamanho dependente da posição social. Daí resultava um aspecto muitíssimo padronizado, esquemático e quase diagramático. A absoluta preocupação com a precisão e a representação “completa” aplicava-se a todos os temas; assim, a cabeça humana é sempre reproduzida de perfil, mas os olhos são sempre mostrados de frente. Por essa razão, não há perspectiva nas pinturas egípcias – tudo é bidimensional.
O Estilo e a Composição
Na
maior parte, os murais egípcios, como na “Cena de caça a aves
selvagens”, que está na tumba de um nobre em Tebas, eram criados com a
técnica do “falso afresco” (que os italianos denominaram fresco secco).
Nesse método, a têmpera é aplicada à argamassa já seca, ao contrário do
que acontece na verdadeira pintura a freco (o buon freco), que é feita
sobre a massa úmida. A vida selvagem nos brejos de papiros e o gato de
caça de Nebamun são mostrados com muita minúcia, mas a cena é
idealizada.
O nobre está de pé em seu barco, segurando na mão direita três aves que acabou de abater e na esquerda uma espécie de bumerangue. É acompanhado pela esposa, que segura um buquê e usa um traje complexo, com um cone perfumado na cabeça. Entre as pernas de Nebamun, acocora-se sua filha, a pequena figura que apanha na água uma flor de lótus (a composição é um exemplo de como se convencionava determinar as dimensões das figuras conforme a hierarquia familiar e social). Na origem, essa pintura era parte de uma obra maior, que também incluía uma cena de pesca.
O nobre está de pé em seu barco, segurando na mão direita três aves que acabou de abater e na esquerda uma espécie de bumerangue. É acompanhado pela esposa, que segura um buquê e usa um traje complexo, com um cone perfumado na cabeça. Entre as pernas de Nebamun, acocora-se sua filha, a pequena figura que apanha na água uma flor de lótus (a composição é um exemplo de como se convencionava determinar as dimensões das figuras conforme a hierarquia familiar e social). Na origem, essa pintura era parte de uma obra maior, que também incluía uma cena de pesca.
As Regras Egípcias de Representação
Na
arte egípcia, a representação por inteiro da figura humana
organizava-se segundo a chamada “regra de proporção”, um rígido
quadriculado, com dezoito unidades de igual tamanho, que garantia a
repetição acurada da forma ideal egípcia em quaisquer escalas e
posições. Era um sistema a prova de erro, que estabelecia as distâncias
exatas entre as partes do corpo. O sistema até especificava o
comprimento exato das passadas nas figuras de caminhantes e a distância
entre os pés (ambos mostrados da face interna) nas figuras que
estivessem a pé e imóveis. Os artistas desenhavam o quadriculado na
superfície de trabalho e então ajustavam ali dentro a figura que
pretendiam representar. Uma prancheta de desenho da XVIII Dinastia
mostra o faraó Tutmés III num quadriculado desse tipo.
Os egípcios não adornavam apenas tumbas: eles também pintavam esculturas. Acredita-se que essa bela escultura de calcário, a “Cabeça de Nefertite”, esposa do faraó Akhenaton, tenha sido uma cópia de ateliê, pois a encontraram entre as ruínas da oficina de um escultor.
Os egípcios não adornavam apenas tumbas: eles também pintavam esculturas. Acredita-se que essa bela escultura de calcário, a “Cabeça de Nefertite”, esposa do faraó Akhenaton, tenha sido uma cópia de ateliê, pois a encontraram entre as ruínas da oficina de um escultor.
Havia , no Egito , uma relação profunda de religião com a arte , a literatura , a filosofia e a política .
A religião política e politeísta antropozoomórfica ( Politeísmo : religião em que há um grande número de deuses ; antropozoomorfismo : os deuses eram identificados com formas humanas e/ou de animais ) . O culto era mais importante do que as crenças .
Os egípcios acreditavam que os deuses comandavam o Universo , interferindo na vida humana a todo instante.
No período Pré Dinástico , cada nomo tinha o seu deus próprio , o deus protetor . Ocorrida a unificação política , vários deles desapareceram , enqüanto outros ficaram mais conhecidos . É o caso , por exemplo de Amon Rá , deus sol , deus carneiro de Tebas . Havia , ainda , os deuses cósmicos : Num , o oceano ; Nuit , céu ; Geb , terra ; Iâh , lua ; que quase não tinham culto , uma vez que não eram protetores especiais de região alguma .
Algumas seitas estrangeiras foram aceitas no Egito , como por exemplo , a do deus Baal , da Fenícia . Havia o culto a homens divinizados e a animais .
No Egito , houve uma tentativa de transformar o politeísmo em monoteísmo . Sem sucesso . O faraó Amenófis IV , influenciado por religiões estrangeiras e ansioso por diminuir o poder dos sacerdotes , provocou uma revolução religiosa proclamando Atón ( sol ) o deus único .
Os egípcios acreditavam na vida extra terrena , na imortalidade . Daí a necessidade da conservação do corpo através da mumificação . Devido aos altos custos , apenas uma pequena camada da população tinha acesso aos cuidados especiais que eram dispensados aos mortos . Cosmogonias e Teologias Uma cosmogonia que data do Antigo Império , põe nos em presença de Rá / Atum , que cria Shu (ar ) e Tefnut ( umidade ) , que produzem Geb ( terra ) e Nuit (céu ) . Por sua vez , estes dão origem a Osíris , Seth , Ísis e Nefth . O rei justo da Terra , Osíris foi morto por seu irmão Seth , que o despedaçou em 14 pedaços e jogou ao longo do Rio Nilo . Ísis , foi em busca dos pedaços do esposo , reuniu os , com exceção do falo , ressuscitou Osíris e concebeu um filho dele ( ainda que sem falo , mas tão somente com a energia espiritual ) , Hórus , o deus falcão , que travou uma luta com Seth que durou 80 anos e vingou o pai com o quem o faraó se identifica . Como na Mesopotâmia , cada templo das grandes cidades , sedes do poder , criava sua própria cosmogonia com o deus local no ápice da hierarquia . O ovo do qual saíra o Criador provinha do lago de Hermópolis .Ele emergia do caos aquático expresso por quatro seres : ocultação , trevas , estado amorfo e abismo aquoso .
Em Heliópolis , surgira das águas uma colina primordial de areia , ainda visível no local onde o mundo começava . Quanto aos atos cosmogânicos , os mais rudes , como a masturbação do deus criador , eram muito valorizados ,mas nos principais centros religiosos surgiram teorias mais refinadas . Foi assim que numa tradição mais tardia , Ptah concebe Atum no coração e cria o pronunciando seu nome . Esse mito tornava Ptah superior a Atum e da mesma maneira Rá era superior a Atum , em virtude de sua posição anterior na cosmogonia .
O mundo , segundo os egípcios era achatado e sustentava o céu , cuja forma de tigela invertida era , às vezes , a parte de baixo da vaca Háthor ou a parte de frente da deusa Nuit , que todas as noites engole o sol . Grande número de deuses têm formas de animais , o que não implica a adoração dos mesmos , mas talvez , o reconhecimento de uma autoridade essencial e mais profunda ou uma inteligência das qualidades arquetípicas das coisas vivas .
A natureza proteiforme dos deuses egípcios é enigmática . São eles que criam os seres humanos , produzidos pela palavra de Ptah ou modelados no torno do oleiro . O espírito se conservará enquanto existir seu suporte físico . Essa preocupação com a subsistência faz com que a inumação ( sepultamento ) , segundo os ritos seja preferível à existência terrestre , mesmo confortável . As tumbas são mais importantes que as casas suntuosas e é impensável economizar em detrimento dos sacerdotes funerários .
Osíris
Antigo rei do Egito , dedicou se a melhorar os costumes selvagens de seus súditos , ensinou lhes o cultivo dos campos e deu lhes sábias leis . Quando pensou que sua obra estava terminada , entregou a administração dos assuntos de governo à sua esposa Ísis , e , acompanhado de seu filho Hórus , foi estendendo aos demais países os benefícios da agricultura , as leis e a religião . Visitou a Etiópia , a Arábia e a Índia , fazendo se amado e admirado pôr toda parte . Tífon ( Seth ) , seu irmão , sequioso pôr poder , matou o arrojando seu corpo ao Nilo . Ísis , querendo dar sepultura ao corpo de seu esposo , partiu em busca de seu cadáver , e , após muitas buscas , foi encontrá lo em Biblos , cidade fenícia , para onde as ondas o haviam carregado . Ísis , para vingar a morte de Osíris , reuniu um exército contra Seth , que foi vencido . À sua morte , os egípcios elevaram na à categoria de deusa sob figura de uma vaca e lhe deram o título de mãe de todas as coisas e de deusa universal . Para os egípcios , Osíris é o Sol e Ísis é a Lua .
Ísis
Divindade egípcia , chamada Sait , Tsit ou Iaset , irmã e mulher de Osíris , mãe de Hórus . Deusa da medicina , do casamento , da cultura do trigo , da magia ; personifica a primeira civilização egípcia .
Hórus
Filho de Ísis e Osíris , era uma divindade egípcia , representado por um falcão .
História do Egito- A história egípcia, até a conquista de Alexandre III, o Magno, se divide nos impérios antigo, médio e novo, com períodos intermediários, seguidos pelos períodos tardio e dos Ptolomeus.As fontes arqueológicas mostram o nascimento, por volta do final do período pré-dinástico (3200 a.C.), de uma força política dominante que, reunindo os antigos reinos do sul (vale) e do norte (delta), se tornou o primeiro reino unificado do antigo Egito. Durante a I e II Dinastias (3100-2755 a.C.), algumas das grandes mastabas (estruturas funerárias que antecederam às pirâmides) foram construídas em Sakkarah e Abidos.O Império Antigo (2755-2255 a.C.) compreende da III à VI Dinastias. A capital era no norte, em Menfis, e os monarcas mantiveram um poder absoluto sobre um governo solidamente centralizado. A religião desempenhou um papel importante, como fica evidenciado pela riqueza e número dos templos; de fato, o governo tinha evoluido para um sistema teocrático, no qual o faraó era considerado um deus na terra, razão pela qual gozava de poder absoluto.A IV Dinastia começou com o faraó Snefru que, entre outras obras significativas, construiu as primeiras pirâmides em Dahshur. Snefru realizou campanhas na Núbia, Líbia e o Sinai. Foi sucedido por Queóps, que erigiu a Grande Pirâmide em Gizé. Redjedef, filho de Queóps (reinou em 2613-2603 a.C.), introduziu uma divindade associada ao elemento solar (Rá) no título real e no panteão religioso. Quéfren e Miquerinos, outros membros da dinastia, construíram seus complexos funerários em Gizé.Com a IV Dinastia, a civilização egípcia conheceu o auge do seu desenvolvimento, que se manteve durante as V e VI Dinastias. O esplendor manifestado nas pirâmides se estendeu para numerosos âmbitos do conhecimento, como arquitetura, escultura, pintura, navegação, artes menores, astronomia (os astrônomos de Mênfis estabeleceram um calendário de 365 dias) e medicina.A VII Dinastia marcou o começo do Primeiro Período Intermediário. Como conseqüência das dissensões internas, as notícias sobre a VII e VIII Dinastias são bastante obscuras. Parece claro, no entanto, que ambas governaram a partir de Mênfis e duraram apenas 25 anos. Nesta época, os poderosos governadores provinciais tinham o controle completo de seus distritos e as facções no sul e no norte disputaram o poder. Os governadores de Tebas conseguiram estabelecer a XI Dinastia, que controlava a área de Abidos até Elefantina, perto de Siene (hoje Assuã).O Império Médio (2134-1784 a.C.) começa com a reunificação do território realizada por Mentuhotep II (reinou em 2061-2010 a.C.). Os primeiros soberanos da Dinastia tentaram estender seu controle de Tebas para o norte e o sul, iniciando um processo de reunificação que Mentuhotep completou depois de 2047 a.C., limitando o poder das províncias. Tebas foi a sua capital.Com Amenemés I, o primeiro faraó da XII Dinastia, a capital foi transferida para as proximidades de Mênfis. O deus tebano Amon adquiriu nessa época mais importância que as outras divindades, e foi associado ao disco solar (Amon-Rá).Os hicsos invadiram o Egito a partir da Ásia ocidental, instalando-se no norte. Sua presença possibilitou uma entrada massiva de povos da costa fenícia e palestina, e o estabelecimento da dinastia hicsa, que deu início ao Segundo Período Intermediário. Os hicsos da XV Dinastia reinaram a partir da sua capital, situada na parte leste do delta, o que lhes permitia manter o controle sobre as zonas média e alta do país. O soberano tebano Ahmosis I derrotou os hicsos, reunificando o Egito e criando o Império Novo (1570-1070 a.C.).Amenhotep I (1551-1524 a.C.) estendeu os limites até a Núbia e a Palestina. Com uma grande construção em Karnak, separou sua tumba do seu templo funerário e iniciou o costume de ocultar sua última morada. Tutmés I continuou a ampliação do Império Novo e reforçou a preeminência do deus Amon; sua tumba foi a primeira a ser construída no vale dos Reis. Tutmósis III reconquistou a Síria e a Palestina, que tinham se separado anteriormente, e continuou a expansão territorial do Império.Amenófis IV foi um reformador religioso que combateu o poder dos sacerdotes de Amon. Trocou Tebas por uma nova capital, Aketaton (a moderna Tell el-Amarna), que foi construída em honra de Aton, sobre o qual se centrou a nova religião monoteísta. No entanto, a revolução religiosa foi abandonada no final do seu reinado. Seu sucessor Tutankhamen é conhecido hoje, sobretudo, pela suntuosidade do seu túmulo, encontrado praticamente intacto no vale dos Reis, em 1922.O fundador da XIX Dinastia foi Ramsés I (reinou em 1293-1291 a.C.), que foi sucedido por seu filho Seti I (reinou em 1291-1279 a.C.); esse organizou campanhas militares contra a Síria, Palestina, os líbios e os hititas. Foi sucedido por Ramsés II, que fez a maior parte das edificações em Luxor e Karnak, ao construir o Ramesseum (seu templo funerário) em Tebas, os templos esculpidos na rocha em Abu Simbel e os santuários em Abidos e Mênfis. Seu filho Meneptá (1212-1202 a.C.) derrotou os invasores provenientes do mar Egeu, feitos narrados em um texto esculpido na esteira na qual figura a primeira menção escrita conhecida do povo de Israel.O Terceiro Período Intermediário compreende da XXI à XXIV Dinastias. Os faraós que governaram a partir de Tânis, no norte, entraram em choque com os sumos sacerdotes de Tebas. Os chefes líbios deram origem à XXI Dinastia. Quando os governadores líbios entraram em um período de decadência, vários rivais se armaram para conquistar o poder. De fato, as XXIII e XXIV Dinastias reinaram ao mesmo tempo que a XXII, bem como a XXV (cusita), que controlou de forma efetiva a maior parte do Egito quando ainda governavam as XXIII e XXIV Dinastias, no final do seu mandato.Os faraós incluídos da XXV à XXXI Dinastias governaram a Baixa Época. Os cusitas governaram de 767 a.C. até serem derrotados pelos assírios, em 671 a.C. Quando o último faraó egípcio foi derrotado por Cambises II, em 525 a.C., o país caiu sob domínio persa (durante a XXVII Dinastia).A ocupação do Egito pelas tropas de Alexandre Magno, em 332 a.C., pôs um fim ao domínio persa. Alexandre designou o general macedônio Ptolomeu, conhecido mais tarde como Ptolomeu I Sóter, para governar o país. A maior parte do período que seguiu à morte de Alexandre Magno, em 323 a.C., foi caracterizada pelos conflitos com outros generais, que tinham se apoderado das distintas partes do império. Em 305 a.C., assumiu o título real e fundou a dinastia ptolemaica. Cleópatra VII foi a última soberana dessa Dinastia. Tentando manter-se no poder, aliou-se a Caio Júlio César e, mais tarde, a Marco Antônio. Depois da morte de Cleópatra, em 30 a.C., o Egito foi controlado pelo Império Romano durante sete séculos. Nessa época, a língua copta começou a ser usada independentemente da egípcia.Com a finalidade de controlar a população e limitar o poder dos sacerdotes, os imperadores romanos protegeram a religião tradicional. Os cultos egípcios a Ísis e Serápis se estenderam por todo o mundo greco-romano. O Egito foi também um centro importante do cristianismo primitivo. A Igreja Copta, que aderiu ao monofisismo, se separou da corrente principal do cristianismo no século V.Durante o século VII, o poder do Império Bizantino foi desafiado pela dinastia dos Sassânidas da Pérsia, que invadiram o Egito em 616. Em 642, o país caiu sob o domínio dos árabes, que introduziram o islamismo.Nos séculos que se seguiram, teve início um lento processo de arabização que com o tempo produziu a mudança de um país cristão de fala copta para um outro, muçulmano de fala árabe. A língua copta se converteu em uma língua litúrgica.Durante o califado abássida, surgiram freqüentes insurreições por todo o país provocadas pelas diferenças entre os sunitas, maioria ortodoxa, e a minoria que aderiu aos xiitas. Em 868, Ahmad ibn Tulun transformou o Egito em um estado autônomo, vinculada aos abasidas apenas pelo pagamento de um pequeno tributo. A dinastia de Tulun (os tulúnidas) governou durante 37 anos um império que englobava o Egito, a Palestina e a Síria.Depois do último governo dos tulúnidas, o país entrou em um estado de anarquia. Suas frágeis condições o tornaram presa fácil para os fatímidas, que em 969 invadiram e conquistaram o Egito e fundaram o Cairo, convertendo-a na capital do seu império. Os fatímidas foram derrotados pelos ayyubis, cujo lider Saladino (Salah ad Din Yusuf ibn Ayubb) se proclamou sultão do Egito e estendeu seus territórios até Síria e Palestina, tomando dos cruzados a cidade de Jerusalém (ver Cruzadas). A debilidade de seus sucessores levou a uma progressiva tomada do poder pelos mamelucos, soldados de diversas origens étnicas que os serviam e terminaram por proclamar-se sultões com Izza al Din Aybak, em 1250.No final do século XIII e começo do século XIV, o território dos mamelucos se estendia para o norte até os limites da Ásia Menor. A segunda dinastia de sultões mamelucos, os buris, era de origem circassiana; governaram de 1382 a 1517, quando o sultão Selim I invadiu o Egito e o integrou ao Império otomano.Embora o domínio real dos turcos otomanos sobre o Egito tenha durado apenas até o final do século XVII, o país pertenceu nominalmente ao Império otomano até 1915. Em vez de acabar com os mamelucos, os otomanos utilizaram-nos em sua administração. Na metade do século XVII, os emires mamelucos (ou beis) restabeleceram sua supremacia. Os otomanos aceitaram a situação, com a condição de que pagassem um tributo.A ocupação francesa do Egito em 1798, levada a cabo por Napoleão I Bonaparte, interrompeu por um curto intervalo de tempo a hegemonia mameluca. Em 1801, uma força britânico-otomana expulsou os franceses. Mehemet Ali assumiu o poder e, em 1805, o sultão otomano o reconheceu como governador do Egito. Mehemet Ali destruiu todos os seus oponentes até se tornar a única autoridade no país. Para poder controlar todas as rotas comerciais, realizou uma série de guerras expansionistas.Os britânicos ocuparam o Egito de 1882 a 1954. O interesse da Grã-Bretanha se centrava no canal de Suez, que facilitaria a rota britânica até a Índia. Na I Guerra Mundial, a Grã-Bretanha estabeleceu um protetorado. Em 1918, surgiu um movimento nacionalista para garantir a independência. Eclodiu uma revolta violenta no país, razão pela qual a Grã-Bretanha suprimiu o protetorado em 1922 e foi proclamada uma monarquia independente, governada pelo rei Fuad I.Em 1948, o Egito e outros Estados árabes entraram em guerra com o recém-criado Estado de Israel. Com a derrota, o Exército se voltou contra o rei Faruk I. Em 1952, um golpe de estado depôs o rei e proclamou a República do Egito.O primeiro presidente, o general Muhammad Naguib, foi uma figura nominal, pois o poder foi exercido por Gamal Abdel Nasser, presidente do Conselho do Comando da Revolução. Em 1956, foi eleito oficialmente presidente da República. No começo, Nasser seguiu uma política de solidariedade com outras nações africanas e asiáticas do Terceiro Mundo e se converteu no grande defensor da unidade árabe. A negativa dos países ocidentais de proporcionar-lhe armas (que provavelmente utilizaria contra Israel) provocou uma reviravolta na política externa de Nasser, que o aproximou dos bloco dos países do Leste.No que diz respeito à política interna, Nasser suprimiu a oposição política, estabeleceu um regime de partido único e socializou a economia. Essa nova ordem foi chamada de socialismo árabe. Em 1967, continuou a luta contra Israel, que desembocou na guerra dos Seis Dias, ao final da qual Israel assumiu o controle de toda a península do Sinai. O canal de Suez permaneceu fechado durante a guerra e posteriormente foi bloqueado. Nasser recorreu à União Soviética.Nasser morreu em 1971 e foi sucedido pelo seu vice-presidente, Anwar al-Sadat. Sadat promoveu uma abertura política e econômica, além de procurar uma saída para o problema israelense mediante a negociação; como não conseguiu, planejou outro ataque contra Israel, dando início à guerra do Yom Kippur. Em 1974 e 1975, Egito e Israel concluíram uma série de acordos que resultou na retirada das tropas do Sinai. Em 1975, o Egito reabriu o canal de Suez e Israel se retirou de certos pontos estratégicos e de alguns dos campos petroleiros do Sinai.A questão econômica começou a ganhar cada mais importância; em 1977, Sadat pediu para que os assessores militares soviéticos abandonasse o país e se aproximou dos Estados Unidos. Em uma conferência tripartite com o presidente norte-americano Jimmy Carter, realizada em 1978, Sadat e o primeiro-ministro israelense Menahem Begin assinaram um acordo para a solução do conflito egípcio-israelense. Grupos fundamentalistas islâmicos protestaram contra o tratado de paz, e Sadat foi assassinado em 1981.Hosni Mubarak sucedeu Sadat. Abriu politicamente o país e melhorou as relações com outros Estados árabes. Participou da coalizão que lutou contra o Iraque na guerra do Golfo Pérsico, em 1991. Em 1992, os fundamentalistas islâmicos começaram a lançar violentos ataques com o objetivo de substituir o governo de Mubarak por outro baseado no estrito cumprimento da lei islâmica. Em outubro de 1993, Mubarak foi reeleito para um terceiro mandato presidencial, embora continuasse a violência por parte dos militantes islâmicos.