quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

História da Arte Da Pré-história a Arte Moderna



Quando nos defrontamos com obras que não obedecem as regras, há geralmente desconforto. Leonardo Da Vinci disse que arte é mais do que pintar, a arte requer genialidade humana. Hoje vemos os artistas como criadores, que usam sua obra para expressar sua visão do mundo.
Durante séculos o valor de uma obra era calculado com base nos materiais e no tempo de criação. Hoje, algumas obras são vendidas por dezenas de milhões de dólares.
Em um mundo, no qual, muita gente abandonou a religião, o público em geral e os colecionadores tendem a elevar alguns artistas ao estatus de semi-deuses. Os museus substituiram os templos no mundo moderno. A idéia de que a arte pode ser um veículo para os valores espirituais não é nova. De fato, há quem acredite que a arte primitiva servia principalmente como um intermediário entre o homem e Deus.
O Poder das Imagens
Os seres humanos começaram a produzir arte, bem cedo na história. As esculturas mais antigas, estatuetas de pedra ou marfim, têm mais de 30 mil anos de idade. Mesmos nesses dias mais remotos, nossos ancetrais desenhavam nas paredes de profundas cavernas. As pinturas em cavernas que sobreviveram melhor, são as que estão em partes mais profundas. A temperatura e umidade são constantes o ano inteiro, é como se tivessem um sistema maravilhoso de controle climático de museus.
A maioria das pinturas em cavernas mostra animais. Por muitos anos acreditava-se que fossem usadas para ensinar os rudimentos da caça e para fins religiosos na comunicação com os Deuses, mas ainda desconhecemos seu significado verdadeiro. Os pintores tentaram recriar um rebanho de bisões no outono, quando há um período em que se unem e fazem o que os especialistas chamam de chafurtar na poeira. Eles rolam pela terra, é o ritual de fertilidade do bisão e isso está reproduzido pelo artista no teto da caverna.
No antigo Egito a arte tinha claramente um propósito religioso. Os egípcios acreditavam que os espíritos dos mortos poderiam viver eternamente na arte. Essa crença levou a produção de milhares de retratos durante quase quatro mil anos. Os artesãos não tentavam ser marginais ou subversivos, eles obedeciam as ordens do Faraó e dos dignatários ricos. Esse período determinou a relação entre arte e dinheiro que existe até hoje.
Os egípcios desenvolveram técnicas eficientes de retratar o corpo humano. Vamos pensar na lógica das convenções egípcias, mesmo que nos pareçam estranhas. A única maneira de saber como é o nariz é vendo-o de perfil. Os egípcios sabiam disso e representavam a cabeça humana de perfil com os olhos voltados para a frente. Queriam mostrar que a pessoa tinha belos e largos ombros, que são representados de frente. Se estiver andando será representada dando um passo e as pernas serão mostradas de lado. Tudo é muito lógico do ponto de vista egípcio, mesmo que para nós pareça engraçado.
Ao contrário dos egípcios, os gregos tentavam mostrar espaço e profundidade. Eles inventaram os cânones, as regras da matemática usadas para demonstrar movimentos e proporções ideais do corpo humano. Em meados do século V a.C. o escultor Policleto criou Diadomenos especialmente para ilustrar os cônones. Os gregos escolhiam belas garotas, belos jovens. Os modelos eram sempre jovens. Os Diadomenos, de Polícletos, não é só glorioso, ele tem ritmo. Os ombros, os quadris, os joelhos e os pés, têm ritmo e planos constrastantes.Há uma ondulação, um movimento conhecido como ciência dos planos. Mas se você ficar na frente do espelho e tentar reproduzir a posição exata de Diadomenos, vai dar com a cara no chão, porque a posição não é natural. Os gregos deram uma dose de intelecto para representar a beleza natural e pura.
No século I a.C, os romanos conquistaram a Grécia, mas sem dúvida uma antigo ditado uma Grécia conquista sempre conquista o seu feroz conquistador. Todos os ricos de Roma queriam réplicas de estátuas gregas. Nascia a indústria da reprodução.
Na Idade Média nossa herança greco-romana desapareceu com a dissiminação do Cristianismo. Os artistas criaram principalmente cenas da vida reliogiosa.
Os concílios da igreja católica decretavam que certas partes do corpo não deveriam ser mostradas. Na Nossa Senhora só é possível ver o rosto, não vemos as orelhas, ela está coberta como uma freira, claro que os hábitos de freira derivam desse estilo. Era a única forma das pessoas da família sagrada serem mostradas. Uma contradição direta as representações gregas de deuses, que poderiam estar completamente nus. Os artesãos eram considerados meros servos de Deus e trabalhavam na obscuridade. Eles conceberam um paraíso maravilhoso, que ajudava a esquecer o sofrimento da vida na Terra. As catedrais medievais brilhavam com afrescos e vitrais que ensinavam as massas analfabetas os episódios principais da vida de Cristo e dos santos. As obras de arte começaram a ser assinadas por volta de 1300.
Gioto de Vandone foi um dos primeiros artistas a ficar famoso. Gioto foi um mestre da primeira Renascença e com sua intuição ele esbarrava nas leis da perspectiva, mas não as racionalizava, nem criava teorias. Antes de Gioto veja os missais como eram ilustrados. Veja os afrescos nas igrejas romanescas, se Deus fosse mostrado deveria ser muito alto. Os santos eram de estatura média e o povo era muito pequeno. A hierarquia no desenho, sem perspectiva era espiritual. Gioto pintava São Francisco recebendo os estígmas de Cristo e com surpresa Cristo e São Francisco são mesmo tamanho. Gioto viveu em Florênça, uma cidade estado governada por famílias ricas. No século XIV os florentinos eram grandes colecionadores de obras antigas. Por toda Itália as pessoas redescobriam a genialidades da arte greco-romana.
O Artista e seu Tempo
Leonardo Da Vinci, grande mestre renascentista, gênio, técnico e científico sonhava retratar o invisível. Como muitos pintores e escultores da época, Da Vinci acreditava que os artistas deveriam ter status de criadores. A partir de então, os artistas foram separados dos artesãos, que eram considerados meros feitores. Um artista como Rubens ganhava bem. A burguesia rica e os nobres queriam obras assinadas e pagavam aos artistas na proporção de sua fama. Sabemos, por exemplo, que Rubens tinha uma fábrica de pintura. Ele contratava ótimos trabalhadores. Um se especializava em pintura em tecidos, outro pintava frutas e flores, eram todos especilistas. Rubens chegava e juntava tudo.
Michelângelo foi outro artista reconhecido em sua época. Profundamente místico, ele acreditava que a beleza era o caminho pelo qual a humanidade poderia se comunicar com Deus. O teto da Capela Sistina revela seu talento de mestre.
Do século XVII em diante as academias determinaram que o trabalho em belas artes era intelectual. As convenções estéticas das academias eram ditadas pelos maiores artistas do mundo. Com a crescente influência de Versalles, o centro das artes passou da Itália para a França. O lugar mais importante e onde ocorreu o desenvolvimento mais importante foi a França do século XVII em diante. As idéias de estética, beleza e a forma como devem ser as obras, desse período teve impacto no resto da europa e nas idéias artisticas ocidentais, principalmente devido a ascenção de monarcas absolutistas, reis. Quando falamos nos estilos de Luiz XIV, Luiz XV ou Luiz XVI, isso nos diz alguma coisa, diz quem decidia o que era belo. Segundo as regras da academia, cenas mostrando cenas mostrando personas históricos ou mitológicos estavam no topo da hierarquia. Depois vinham os retratos, as cenas do cotidiano, paisagens e as naturezas-mortas. Gêneros considerados menores, apesar da popularidade.
No século XIX, a sobrevivência de um artista dependia de ele ser aceito no salão de Paris. Edouard Manet ainda era desconhecido quando apresentou o seu Almoço na Relva, no salão de 1863. O tamanho da obra foi uma surpresa, porque telas daquelas proporções eram usadas para cenas históricas. Além do mais, Manet havia misturado gêneros, o nu, o retrato, a paisagem e a natureza-morta. O juri não gostou do novo estilo e rejeitou a obra. Manet não foi o únicao, cuja a obra foi considerada deficiente, 3.000 obras foram rejeitadas. Confrontado com uma onda de protestos, o Imperador Napoleão III ordenou que se fizesse uma exposição em separado, o Salão dos Recusados. Na exposição a tela de Manet se tornou o primeiro sucesso escandaloso na história da arte. Depois o salão oficial aceitou outra tela de Manet. A Bela Olímpia, causou outro escândalo. Olímpia, cujo a modelo, estava em uma cama sem razão alguma, sem justificativa. Como naquela época era preciso haver uma razão, uma história, o público inventou uma história sexual, sófrida e insalubre, baseada em que a modelo deveria ser uma prostituta de classe baixa em uma cama desfeita. Manet teve o infortúnio de inventar um estilo, no qual, a única justificativa era a própria obra, história, mensagem ou significado. Ela abriu uma porta, depois Cezanne começou a fazer pinturas sem justificativas além da obra em si e tendência seguiu até a arte moderna.
Criando uma nova forma de integrar luz e movimento nas telas, os impressionistas e seus sucessores revolucionaram a pintura. Van Gogh, Renoir, Monet e Gauguin, fizeram mais que retratar a realidade com exatidão, usaram a arte como um meio para expressar seu mundo interior.
Aos poucos os artistas deixaram de lado as técnicas convencionais. Eles exploraram novos ângulos, novos perspectivas. Em 1907, Picasso pintou a primeira tela cubista, Senhoritas de Avingnon (Les demoiselles d'Avignon). Alguns amigos dele, o convidaram a visitar um hospital, onde a infelizes prostitutas morriam de sífilis e eram basicamente largadas, porque nada poderia ser feito por elas. Pessoas com sífilis terciárias têm rostos terrivelmente deformados, o nariz afunda nas bochechas e os olhos ficam saltados. É aterrador! Quando ele viu aquelas mulheres naquele estado deplorável descobriu a solução plástica para as detestáveis deformações que faria nas duas mulheres da obra.
Cada vez mais os artistas usavam a arte para criticar a sociedade e questionar a ordem estabelecida. A obra do artista dadaista FrancisPicabia expressa o medo de a mecanização transformar os seres humanos em robôs. Futuristas italianos como Umberto Boccioni achavam que a única coisa que se poderia se fazer com a arte do passado era enterrá-la. Uma das idéias é de que a arte era uma coisa morta, estavam em museus e era feita para cemitérios Achavam que os museus eram cemitérios da arte. Deveriam ser explodidos, eliminados. Isto era estranho, porque quando pensamos na Itália, pensamos na maior arte do mundo. Mas para os jovens artistas da virada do século, era o passado morto pesando sobre o mundo que se modernizava.
A arte abstrata se torna uma das maiores tendências ocidentais. Wassily Kandinsky foi o precursor. Ele explorou cores formas, linhas. Mas grande movimentos sociais, modas, estilos de vida e guerras, continuaram a inspirar artistas. A famosa Guernica de Picasso ilustra os horrores da guerra civil espanhola.
Embora os artistas critiquem a sociedade são os primeiros a questionar a si mesmos e seus propósitos. O pintor Salvador Dali disse que a sua obra pictórica era uma grande catástrofe, porque os grande pintores modernos estavam presos na grande decadência que caracteriza a época deles. Quando comparava o trabalho dele com o de Leonardo Da Vinci, sentia-se humilde.
Nos anos 60, Andy Warhol, tido como o papa da Art Pop, se interessou por objetos que simabolizam a sociedade consumista americana. Talvez melhor do que qualquer pessoa, ele possa ter encarnado a crise do homem moderno que se identificava com a máquina e funcionava como máquina. Dessa grande doença coletiva, ameaça do materialismo ele desenvolveu uma imagem poderosa que integrava virtualmente todos os probemas da sociedade americana da época. Andy Warhol será importante por muito tempo, mesmo que assim como Manet, não tenha tido idéia da contribuição feita por sua obra.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Os10 Quadros Mais Famosos do Mundo – Mais Belas Obras de Arte

A grande maioria dos pintores que fizeram história na arte já morreram, deixaram demarcada através de suas obras as grandes transformações no mundo, as grandes tragédias, injustiças sociais, mostraram para o mundo a realidade do mundo em que viveram, outros viajaram para bem distante de seu tempo a atingiram um futuro utópico que jamis chegaram a conhecer realmente. As diferentes correntes artísticas até que se chegue aos dias de hoje com tanta modernidade, não acabaram com aquele efeito artístico mágico que deixava os admiradores impressionados, a arte é o que é em qualquer tempo, capaz de impressionar, mudar conceitos e pensamentos, causar admiração e revolta, a arte faz pensar e refletir, a arte faz sonhar e anima muitos a lutar por uma mudança.
Temos uma grande safra de artistas contemporâneos que fazem história pela grande qualidade de suas obras, hoje temos o privilégio do acesso as tintas, tela e pincéis de grande qualidade, escolas que conseguem transmitir elevados níveis de conhecimentos e técnicas, sem contar a qualidade dos materiais que hoje temos a disposição, fatos pelo qual se observa o valor imenso daqueles que descobriram no principio dos movimentos os mais refinados meios de produzir e transmitir aos seus discípulos, algo que tornou-se imortal e nos faz buscar a forma mais bela de transmitir a nossa realidade. 
Diante de tantas preciosidades que já rodaram o mundo, hoje nós resolvemos apresentar uma seleção não oficial, mas bastante relevante dos 10 quadros mais famosos do mundo.
Na lista abaixo você irá encontrar alguns nomes de pintores conhecidos e talvez alguns que não conheça, mais as pinturas sem dúvida nenhuma são extraordinárias, esses pintores tinham um talento impressionante para pintar suas telas, veja:
  1. mona lisa leonardo da vinci 192x300 Os10 Quadros Mais Famosos do Mundo   Mais Belas Obras de Arte
    Mona Lisa – Leonardo da Vinci
  2. noite estrelada vincent van gogh 300x247 Os10 Quadros Mais Famosos do Mundo   Mais Belas Obras de Arte
    Noite Estrelada – Vincent Van Gogh
  3. o beijo gustav klimt 295x300 Os10 Quadros Mais Famosos do Mundo   Mais Belas Obras de Arte
    O Beijo – Gustav Klimt
  4. almoco festa no barco pierre auguste renoir 300x225 Os10 Quadros Mais Famosos do Mundo   Mais Belas Obras de Arte
    Almoço-Festa no Barco – Pierre Auguste Renoir
  5. rapariga com brinco de perola jan vermeer 209x300 Os10 Quadros Mais Famosos do Mundo   Mais Belas Obras de Arte
    Rapariga com Brinco de Pérola – Jan Vermeer
  6. terraco de cafe a noite vincent van gogh 200x300 Os10 Quadros Mais Famosos do Mundo   Mais Belas Obras de Arte
    Terraço de Café à Noite – Vincent Van Gogh
  7. nascer do sol claude monet 300x230 Os10 Quadros Mais Famosos do Mundo   Mais Belas Obras de Arte
    Nascer do Sol – Claude Monet
  8. a ultima ceia leonardo da vinci 300x187 Os10 Quadros Mais Famosos do Mundo   Mais Belas Obras de Arte
    A Última Ceia – Leonardo da Vinci
  9. a persistencia da memoria salvador dali 300x225 Os10 Quadros Mais Famosos do Mundo   Mais Belas Obras de Arte
    A Persistência da Memória – Salvador Dali
  10. do lago georgia okeeffe 247x300 Os10 Quadros Mais Famosos do Mundo   Mais Belas Obras de Arte
    Do lago – Georgia O’Keeffe

AS 10 PINTURAS MAIS CARAS DO MUNDO - SUUUPER INTERESSANTE!

Top 10 pinturas mais caras de todos os tempos

As pinturas mais caras de todos os tempos são impressionantes, não apenas pela importância artística, mas pelo valor exorbitante de cada uma. E é comum pensar que após a morte do artista da pintura, a obra é mais valorizada, então nessa seleção estão pinturas com os maiores preços de todos os tempos.
10°

Nu, folhas e busto – Pablo Picasso/1932

pintura mais cara de todos os tempos nu pablo picasso
O preço da pintura é resumido em 113,3 milhões de dólares. E foi comprada por desconhecido em 2010. E a idéia é semelhante ao La Rêve, ou seja, a pintura é retrato de Marie-Thérèse Walter, a amante e mãe da Maya Widmaier-Picasso.

O Grito – Edvard Munch/1895

o grito pintura mais cara
O Grito custa 121,1 milhões de dólares, e a pintura foi vendida ao empresário americano Leon Black, no ano 2012. Trata-se de amante da arte, com coleção estimada em mais de 750 milhões de dólares, sendo O Grito uma das 10 pinturas mais caras de todos os tempos.
Na coleção estão desenhos de Vincent van Gogh e Raphael, pinturas de Pablo Picasso e ainda aquarelas de J.M.W. Turner. Após comprar O Grito, a exposição do quadro aconteceu em MOMA, o museu de arte moderna de Nova York.

Garçon à la Pipe – Pablo Picasso/1905

Garcon a la Pipe Pablo Picasso
A obra apresenta preço total de 127,9 milhões de dólares, e acredita-se que Guido Barilla, empresário, teria arrematado a pintura no ano 2004, e nunca foi apresentado o nome do comprador, da obra concluída pelo pintor espanhol aos 24 anos.

Le bal du moulin de la galette – Pierre-Auguste Renoir/1876

Le bal du moulin de la galette – Pierre-Auguste Renoir
O preço da incrível pintura é 140,3 milhões de dólares, e o comprador foi Ryoei Saito, de novo. Este gastou valores exorbitantes com as pinturas, mas a revolta gerada foi pela declaração do japonês, de que ao morrer, desejava os quadros enterrados de Renoir e van Gogh juntos com ele.
Em sua defesa, declarou que era somente brincadeira. Mas ao morrer, Saito levou para o túmulo a localização da pintura de van Gogh, no ano 1996, e até então não se sabe da obra. Já em relação à tela de Renoir, foi vendida com apuros financeiros da empresa do Saito, e a hipótese é que esteja com investidores suíços.

Retrato de Dr. Gachet – Vincent van Gogh/1890

Retrato de Dr Gachet – Vincent van Gogh
O Retrato de Dr. Gachet apresenta valor de 148,3 milhões de dólares, e foi vendido ao empresário japonês Ryoei Saito, no ano 1990. E a surpresa foi Saito pagar a forguna, bem acima do preço, pela pintura do holandês.

Retrato de Adele Bloch-Bauer I – Gustav Klimt/1907

Retrato de Adele Bloch-Bauer I – Gustav Klimt
A pintura apresenta custo de 135 milhões de dólares, sendo a mesma vendida ao empresário americano Ronald Lauder no ano 2006. Atualmente a pintura que é famosa está exposta em Nova York, em Neue Galerie.

Woman III – Willem de Kooning/1951-53

Woman III – Willem de Kooning
O custo da pintura é 154,5 milhões de dólares nessa seleção das 10 pinturas mais caras de todos os tempos. E Woman III foi comprada por Steven A. Cohen, o mesmo de La Rêve, que é o 106° homem mais rico pelo mundo, na lista da Forbes, um grande colecionador de arte.

Le Rêve – Pablo Picasso/1932

Le Reve – Pablo Picasso uma das obras mais caras do mundo
La Rêve tem exorbitante valor de 155 milhões de dólares. Steven A. Cohen, empresário de Wall Street, adquiriu a pintura. E já desejava o retrato da Marie-Thérèse Walter desde 2006, que era amante de Picasso.
O dono de La Rêve, Steve Wynn desejava vender a obra para Steven, mas em acidente perfurou a tela com cotovelo, cancelando o negócio que seria de 137 milhões de dólares. Por fim a pintura foi restaurada e então vendida.

No. 5 – Jackson Pollock/1948

number 5 Jackson Pollock um das pinturas mais valiosas
Essa pintura apresenta preço de 160,8 milhões de dólares, cujo comprador não foi apresentado, em venda com organização do David Geffen, no ano 2006. A venda de sucesso é considerada a mais alta com obra contemporânea.

Os Jogadores de Carta – Paul Cézanne/1892-93

Les Joueurs de cartes – Paul Cezanne
A obra líder entre as 10 pinturas mais caras de todos os tempos é Os Jogadores de Carta, valendo 260 milhões de dólares, que foi comprada pela família real do Qatar, no ano 2011. Com essa compra o quadro de Paul Cézanne é, na atualidade, uma das obras com maior valor em acervo privado.

Leia mais em: http://top10mais.org/top-10-pinturas-mais-caras-de-todos-os-tempos/#ixzz3EnU0ouJm

10 pinturas mais caras do mundo

19 de abril de 2013
Costuma-se dizer que a morte de um artista ajuda a agregar um bocado de valor à sua obra. Um tanto mórbido, é verdade. Mas é fato que muitos mestres das artes deixaram legados que valem muito mais dinheiro do que eles provavelmente viram em vida. Por isso, saiba: caso queira participar do próximo leilão, é bom estar preparado para abrir a carteira e dar adeus a ~alguns~ milhões de dólares. Conheça as 10 obras de arte mais caras do mundo:

1. Os Jogadores de Carta, de Paul Cézanne (1892/93)

Quanto: 260 milhões de dólares (U$ 250 milhões, sem correção monetária)
Quem comprou: A família real do Qatar, em 2011. A compra milionária tornou quadro de Cézanne uma das obras de arte mais valiosas atualmente pertencentes a um acervo privado.
.
2. No. 5, 1948, de Jackson Pollock (1948)

Quanto: 160,8 milhões de dólares (U$ 140 milhões, sem correção)
Quem comprou: Não foi revelado o nome do comprador que levou para casa o quadro de Pollock na venda organizada por David Geffen em 2006. O alto valor pago pelo amante das artes misterioso fez dessa a venda mais alta de uma obra contemporânea.

3. La Rêve, de Pablo Picasso (1932)


Quanto: 155 milhões de dólares
Quem comprou: O famoso empresário de Wall Street, Steven A. Cohen, em março de 2013. Cohen estava de olho no retrato de Marie-Thérèse Walter, antiga amante de Picasso, desde 2006. Steve Wynn, então dono do quadro, pretendia vendê-lo ao empresário por 137 milhões de dólares, mas teve que cancelar o negócio depois que acidentalmente perfurou a tela com seu cotovelo. Ops. A pintura foi restaurada e a venda, enfim, concluída.

4. Woman III, de Willem de Kooning (1951/53)

Quanto: 154,5 milhões de dólares (U$ 135 milhões, sem correção)
Quem comprou: Steven A. Cohen novamente. O colecionador de arte, considerado o 106º homem mais rico do mundo pela Forbes, arrematou o quadro de Konning em 2006.

5. Retrato de Adele Bloch-Bauer I, de Gustav Klimt (1907)

Quanto: 135 milhões de dólares
Quem comprou: O empresário estadunidense Ronald Lauder, em 2006. Por sorte, Lauder resolveu não pendurar o belo quadro na parede da sala: a famosa pintura do artista austríaco encontra-se exposta na Neue Galerie, em Nova York.

6. Retrato de Dr. Gachet, de Vincent van Gogh (1890)

Quanto: 148,3 milhões de dólares (U$ 82,5 milhões, sem correção)
Quem comprou: O empresário japonês Ryoei Saito, em 1990. Saito chocou o mundo ao pagar uma fortuna, muito acima do “preço de mercado”, pelo quadro do holandês. E não parou por aí: dois dias depois ele fez outra compra milionária (o próximo item dessa lista) e deu chá de sumiço nas duas importantes obras.

7. Le bal du moulin de la galette, de Pierre-Auguste Renoir (1876)

Quanto: 140,3 milhões de dólares (U$ 78,1 milhões, sem correção)
Quem comprou: Ryoei Saito, novamente. Além dos gastos extravagantes, o japonês causou revolta ao declarar que, quando morresse, queria que os quadros de van Gogh e Renoir fossem enterrados com ele. Climão. Ele se defendeu dizendo que tudo não passava de uma brincadeira. Só que ninguém achou muita graça quando Saito faleceu em 1996 e levou para o túmulo a localização do quadro de van Gogh, cujo paradeiro permanece desconhecido. O destino da tela de Renoir também é incerto: vendida para um comprador anônimo quando a empresa de Saito passou por apuros financeiros, acredita-se que ela esteja na posse de investidores suiços.

8. Garçon à la Pipe, de Pablo Picasso (1905)

Quanto: 127.9 milhões de dólares (U$ 104,2 milhões, sem correção)
Quem comprou: Dizem por aí que o empresário Guido Barilla teria sido o responsável por arrematar, em 2004, a obra de Picasso. Mas, apesar dos rumores, nunca foi divulgado o nome real do comprador que investiu uma fortuna no trabalho concluído quando o pintor espanhol tinha 24 anos.

9. O Grito, de Edvard Munch (1895)

Quanto: 121,1 milhões de dólares (U$ 199,9 milhões, sem correção)
Quem comprou: O empresário estadunidense Leon Black, em 2012. Amante da arte (e com muito dinheiro para gastar na paixão), Black tem uma coleção com valor estimado em mais de 750 milhões de dólares, que inclui desenhos de Vincent van Gogh e Raphael, aquarelas de J.M.W. Turner, e pinturas de Pablo Picasso. Depois da compra, o mais famoso quadro de Munch foi exposto no MOMA, museu de arte moderna de Nova York, e pode ser visitado até o fim deste mês de abril.

10. Nu, folhas e busto, de Pablo Picasso (1932)

Quanto: 113,3 milhões de dólares (U$ 106,5 milhões, sem correção)
Quem comprou: Um comprador desconhecido arrematou a obra de Picasso, em 2010. Assim como La Rêve, o quadro é um retrato de Marie-Thérèse Walter, amante do artista e mãe de sua filha Maya Widmaier-Picasso.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

FADO

Fado

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Fado
Painel do Fado por José Malhoa
Origens estilísticas Música portuguesa; possível influência moura e brasileira (modinha)
Contexto cultural Princípios do séc. XIX, Lisboa, Portugal
Instrumentos típicos Guitarra portuguesa, Guitarra clássica
Popularidade Popular em Portugal; relativamente apreciado em Espanha, em França, nos Países Baixos, no Japão, na Índia, no Brasil, etc.
Formas derivadas Fado de Coimbra e Fado de Lisboa
O fado é um estilo musical português. Geralmente é cantado por uma só pessoa (fadista) e acompanhado por guitarra clássica (nos meios fadistas denominada viola) e guitarra portuguesa. O fado foi elevado à categoria de Património Oral e Imaterial da Humanidade pela UNESCO1 numa declaração aprovada no VI Comité Intergovernamental desta organização internacional, realizado em Bali, na Indonésia, entre 22 e 29 de Novembro de 2011.2 3

Origem

A palavra fado vem do latim fatum, ou seja, "destino", é a mesma palavra que deu origem às palavras fada, fadario, e "correr o fado".
Uma explicação popular para a origem do fado de Lisboa remete para os cânticos dos Mouros, que permaneceram no bairro da Mouraria, na cidade de Lisboa após a reconquista Cristã. A dolência e a melancolia, tão comuns no Fado, teriam sido herdadas daqueles cantos. No entanto, tal explicação é ingénua de uma perspectiva etnomusicológica. Não existem registos do fado até ao início do século XIX, nem era conhecido no Algarve, último reduto dos árabes em Portugal, nem na Andaluzia onde os árabes permaneceram até aos finais do século XV.
"Na Irlanda, o cantor ou vate tinha o nome de Faith, e no tempo de Francisco I, Fatiste era o compositor «de jeux et novalistés » em que se vê a transição para a forma dramática, e a importância que merece entre nós o nome de Fadista dado ao cantor popular."4
Uma outra origem é do escandinavo "fata", que significa vestir, compor, que teria dado origem, segundo outra teoria, no francês antigo ao termo "fatiste" que significa poeta."Assim podemos ver que o fado é uma degeneração da xacara, que pelas transformações sociais, veio a substituir a canção de gesta da idade média".5
Numa outra teoria, também não completamente provada, a origem do fado parece despontar da imensa popularidade nos séculos XVIII e XIX da Modinha, e da sua síntese popular com outros géneros afins, como o Lundu que por sua vez tem origem em danças angolanas com o Kaduke de Mbaka, posteriormente uma das mais populares danças praticadas em Luanda com o nome de masemba6 7 . No essencial, a origem do fado é ainda desconhecida, mas certo é, que surge no rico caldo de culturas presentes em Lisboa, sendo por isso uma canção urbana.
Fado do marinheiro
Perdido lá no mar alto
Um pobre navio andava;
Já sem bolacha e sem rumo
A fome a todos matava.

Deitaram a todos as sortes
A ver qual d'eles havia
Ser pelos outros matado
P´ró jantar daquele dia

Caiu a sorte maldita
No melhor moço que havia;
Ai como o triste chorava
Rezando à Virgem Maria.

Mas de repente o gageiro,
Vendo terra pela prôa,
Grita alegre pela gávea:
Terras , terras de Lisboa.8
Cancioneiro popular
No entanto o fado só passou a ser conhecido depois de 1840, nas ruas de Lisboa. Nessa época só o fado do marinheiro era conhecido, e era, tal como as cantigas de levantar ferro as cantigas das fainas, ou a cantiga do degredado, cantado pelos marinheiros na proa do navio. O fado mais antigo é o fado do marinheiro, e é este fado que vai se tornar o modelo de todos os outros géneros de fado que mais tarde surgiriam como o fado corrido que surgiu a seguir e depois deste o fado da cotovia. E com o fado surgiram os fadistas, com os seus modos característicos de se vestirem, as suas atitudes não convencionais, desafiadoras por vezes, que se viam em frequentes contendas com grupos rivais. Um fadista, ou faia, de 1840 seria reconhecido pela sua maneira de trajar:9
" Usava boné de oleado com tampo largo, e pala de polimento, ou boné direito do feitio dos guardas municipais, com fita preta formando laço ao lado e pala de polimento; jaqueta de ganga ou jaqueta com alamares."
" O seu penteado[]consistia em trazer o cabelo cortado de meia cabeça para trás, mas comprido para diante, de maneira que formasse melenas ou belezas, empastadas sobre a testa."
Na primeira metade do século XX, já em Portugal, o fado foi adquirindo grande riqueza melódica e complexidade rítmica, tornando-se mais literário e mais artístico. Os versos populares são substituídos por versos elaborados e começam a ouvir-se as décimas, as quintilhas, as sextilhas, os alexandrinos e os decassílabos.
Durante as décadas de 30 e 40, o cinema, o teatro e a rádio vão projectar esta canção para o grande público, tornando-a de alguma forma mais comercial. A figura do fadista nasce como artista. Esta foi a época de ouro do fado onde os tocadores, cantadores saem das vielas e recantos escondidos para brilharem nos palcos do teatro, nas luzes do cinema, para serem ouvidos na rádio ou em discos.
Surgem então as Casas de Fado e com elas o lançamento do artista de fado profissional. Para se poder cantar nestas Casas era necessário carteira profissional e um repertório visado pela Comissão de Censura, bem como, um estilo próprio e boa aparência. As casas proporcionavam também um ambiente de convívio e o aparecimento de letristas, compositores e intérpretes.
Já em meados do século XX o fado iniciou sua conquista pelo mundo, tornando-se muito famoso também fora de Portugal.
Os artistas que cantam o fado trajavam de negro. É no silêncio da noite, com o mistério que a envolve, que se deve ouvir, com uma "alma que sabe escutar", esta canção, que nos fala de sentimentos profundos da alma portuguesa. É este o fado que faz chorar as guitarras…
O fadista canta o sofrimento, a saudade de tempos passados, a saudade de um amor perdido, a tragédia, a desgraça, a sina e o destino, a dor, amor e ciúme, a noite, as sombras, os amores, a cidade, as misérias da vida, critica a sociedade… Em contraste com o conteúdo melancólico, o compasso do fado transmite um humor animador e possivelmente este contraste contribui à fascinação do fado.

O Fado em Lisboa

Na segunda metade do século XIX, surge em Lisboa, embalado nas correntes do romantismo, uma melopeia que tanto exprimia a tristeza unânime de um povo e a desilusão deste para com o ambiente instável em que vivia, como abria faróis de esperança sobre o quotidiano das gentes mais desfavorecidas e, mais tarde, penetrava ainda nos salões da aristocracia, tornando-se rapidamente uma expressão musical nacional.
A sua origem histórica é incerta e não é uma importação10 mas antes uma criação que surge de uma mistura cultural que ocorreu em Lisboa.
O musicólogo Rui Vieira Nery, considera que a história do fado tem início bem longe de Lisboa mas o investigador Paulo Caldeira mostra mais acuidade com as afirmações ao demonstrar que o fado começou por ser cantado nas chamadas "Casas de Fado" , como Alfama, Castelo, Mouraria, Bairro Alto, Madragoa, e as suas origens boémias e ordinárias, baseadas nas tabernas e bordéis, nos ambientes de orgia e violência dos bairros mais pobres e violentos da capital, tornavam o fado condenável aos olhos da Igreja, que desde cedo tentou impedir a evolução de tal movimento.
Porém, é com a penetração da fidalguia nos bairros do castelo, com a presença constante dos cavalheiros e mesmo fidalgos titulares, que o fado se torna presença nos pianos dos salões aristocráticos.10 Tais nobres que se aventuravam naquele ambiente bairrista foram traduzindo as melodias da guitarra para as pautas das damas de sociedade, que até ali só investiam nas modinhas. Tal investidura levou a que o fado, ao passar da década de 1880, se tornasse assíduo dos salões.
As guerras civis da metade do século criaram um clima de insegurança que envolveu as vicissitudes a vida parlamentar e política, despertando na voz popular a adesão maior ao fado e ao regozijo que este lhe trazia.10
Amália, Arte de Rua em Lisboa.
As tabernas, primordialmente, eram palco de encontros de fidalgos, artistas, trabalhadores da hortas, populares e estrangeiros, que se reuniam em noites de fado vadio, ou seja, o fado não profissional.
A primeira cantadeira de fado de que se tem conhecimento foi Maria Severa Onofriana que cantava e tocava guitarra nas ruas da Mouraria, especialmente na Rua do Capelão. Era amante do Conde de Vimioso e o romance entre ambos é tema de vários fados.
Mas é com início do século XX que nasce Ercília Costa, uma fadista quase esquecida pelas vicissitudes do tempo, que foi a primeira fadista com projecção internacional e a primeira a galgar fronteiras de Portugal.
Os temas mais cantados no fado são a saudade, a nostalgia, o ciúme, as pequenas histórias do quotidiano dos bairros típicos e as lides de touros. Eram os temas permitidos pela ditadura de Salazar, que permitia também o fado trágico, de ciúme e paixão resolvidos de forma violenta, com sangue e arrependimento. Letras que falassem de problemas sociais, políticos ou quejandos eram reprimidas pela censura.
Deste fado "clássico" (?)11 são expoentes mais recentes Carlos Ramos, Alfredo Marceneiro, Maria Amélia Proença, Berta Cardoso, Maria Teresa de Noronha, Hermínia Silva, Fernando Farinha, Fernando Maurício, Lucília do Carmo, Manuel de Almeida, entre outros.
O fado moderno (?)11 iniciou-se e teve o seu apogeu com Amália Rodrigues. Foi ela quem popularizou fados com letras de grandes poetas, como Luís de Camões, José Régio, Pedro Homem de Mello, Alexandre O’Neill, David Mourão-Ferreira, José Carlos Ary dos Santos e outros, no que foi seguida por outros fadistas como João Ferreira-Rosa, Teresa Tarouca, Carlos do Carmo, Beatriz da Conceição, Maria da Fé, Mísia. Também João Braga tem o seu nome na história da renovação do fado, pela qualidade dos poemas que canta e música, dos autores já citados e de Fernando Pessoa, António Botto, Affonso Lopes Vieira, Sophia de Mello Breyner Andresen, Miguel Torga ou Manuel Alegre, e por ter sido o mentor de uma nova geração de fadistas. Acompanhando a preocupação com as letras, foram introduzidas novas formas de acompanhamento e músicas de grandes compositores: com Amália é justo destacar Alain Oulman (um papel determinante na modernização do suporte musical do fado), mas também Frederico de Freitas, Frederico Valério, José Fontes Rocha, Alberto Janes, Carlos Gonçalves.
Nascido em Lisboa o fado tornou-se rapidamente numa canção nacional10 que é hoje conhecido mundialmente pode ser (e é muitas vezes) acompanhado por violino, violoncelo e até por orquestra, mas não dispensa a sonoridade da guitarra portuguesa, de que houve e ainda há excelentes executantes, como Armandinho, José Nunes, Jaime Santos, Raul Nery, José Fontes Rocha, Carlos Gonçalves, Pedro Caldeira Cabral, José Luís Nobre Costa, Ricardo Parreira, Paulo Parreira ou Ricardo Rocha. Também a viola é indispensável na música fadista e há nomes incontornáveis, como Alfredo Mendes, Martinho d'Assunção, Júlio Gomes, José Inácio, Francisco Perez Andión, o Paquito, Jaime Santos Jr., Carlos Manuel Proença. Obrigatório é mencionar um virtuoso da guitarra clássica que se especializou em viola de Fado, Artur Caldeira, e o expoente máximo da "escola antiga", o viola-baixo de Fado, Joel Pina, o "Professor".
Actualmente, muitos jovens – Dulce Pontes, Cuca Roseta, Marco Rodrigues, Ana Moura, Carminho, Rodrigo Costa Felix,Raquel Tavares, Helder Moutinho, Maria Ana Bobone, Mariza, Yolanda Soares,Joana Amendoeira, Mafalda Arnauth, Miguel Capucho, Ana Sofia Varela, Marco Oliveira, Katia Guerreiro, Luísa Rocha, Camané, Aldina Duarte, Gonçalo Salgueiro, Diamantina Rodrigues, Ricardo Ribeiro, Cristina Branco , António Zambujo - juntaram o seu nome aos dos consagrados ainda vivos e estão dando um fôlego incrível a esta canção urbana.
O fado dito "típico" é hoje em dia cantado principalmente (?)11 para turistas, nas "casas de fado" e com o acompanhamento tradicional. As mais tradicionais casas de fado encontram-se nos bairros típicos de Alfama, Mouraria, Bairro Alto e Madragoa. Mantém as características dos primórdios: o cantar com tristeza e com sentimento mágoas passadas e presentes. Mas também pode contar uma história divertida com ironia ou proporcionar um despique entre dois cantadores, muitas vezes improvisando os versos – então, é a desgarrada.

Século XX

Em parte do século XX vive-se em plena censura no regime salazarista, e uma licença era exigida aos fadistas e instrumentistas e as letras e os poemas eram sujeitos a uma censura rigorosa.O século XX é a época de ouro do fado, este é projectado para o grande público, o fadista deixa de se limitar às tabernas e vielas e surge nos palcos do teatro, no cinema, na rádio e em discos, saltando para o teatro de Revista. Aparece-nos as chamadas Casa de fados e o fadista passa a ser considerado artista profissional, com estilo próprio e boa aparência, trajado de negro como a escuridão da noite silenciosa. Este novo meio é propício ao aparecimento de letristas, compositores e intérpretes.12 Na primeira metade do século XX aparece-nos Ercília Costa a primeira fadista portuguesa de projecção internacional apelidada de "Sereia peregrina do Fado", "Santa do Fado" e "Toutinegra do Fado”. Empurrado para as luzes da ribalta pelo cinema, rádio e mais tarde televisão, o Fado, era adorado por todos, não havendo quase português que não o ouvisse. Ainda há pouco cantado nas tabernas e nos pátios dos bairros populares, como Alfama, Castelo, Mouraria, Bairro Alto, Madragoa, torna-se a alma portuguesa.É neste século na década de 50 que surge Amália Rodrigues, conhecida nacional e internacionalmente como a maior fadista de todos os tempos e pioneira do fado moderno.13

Anos Recentes

Após um longo período de investigação e estudos, já no início do século XXI o fado é inscrito na lista do património cultural da humanidade (27 de novembro de 2011): “O património cultural imaterial, transmitido de geração em geração, é permanentemente recriado pelas comunidades e grupos em função do seu meio, da sua interacção com a natureza e a sua história, proporcionando-lhes um sentimento de identidade e de continuidade, contribuindo assim para promover o respeito pela diversidade cultural e a criatividade humana” (Convenção para a Salvaguarda do Património Imaterial da Humanidade, UNESCO, 2003). Apresentada pela Câmara Municipal de Lisboa, através da EGEAC / Museu do Fado, no mês de junho de 2010, a candidatura do Fado foi distinguida num grupo restrito de 7 candidaturas consideradas “exemplares” pela UNESCO, do ponto de vista da sua concepção, preparação, apresentação e argumentação. O turismo segue de mãos dadas com o fado. Lisboa fica valorizada.

O Fado em Coimbra

Grupo de Fado
Muito ligado às tradições académicas da respectiva Universidade, o Fado de Coimbra 14 tem as suas origens nos estudantes de todo o país que levavam as suas guitarras para Coimbra e, como ainda hoje se assiste, é exclusivamente cantado por homens e tanto os cantores como os músicos usam o traje académico: calças e batina pretas, cobertas por capa de fazenda de lã igualmente preta. Canta-se à noite, quase às escuras, em praças ou ruas da cidade. O local mais típico é na praça junto ao Mosteiro da Sé Velha. Também é tradicional organizar serenatas, em que se canta junto à janela da casa da dama que se pretende conquistar.
O Fado de Coimbra é acompanhado igualmente por uma guitarra portuguesa e uma guitarra clássica (também aqui chamada "viola"). No entanto, a afinação e a sonoridade da guitarra portuguesa são, em Coimbra, diferentes das do fado de Lisboa na medida em que as cordas são afinadas um tom abaixo, e a técnica de execução é diferente por forma a projetar o som do instrumento nos espaços exteriores, que são o palco privilegiado desta canção. Também a guitarra clássica se deve afinar um tom abaixo. Esta afinação pretende transmitir à música uma sonoridade mais soturna, relativamente ao Fado de Lisboa.
Temas mais glosados: os amores estudantis, o amor pela cidade, e outros temas relacionados com a condição humana. Dos cantores ditos "clássicos", destaques para Augusto Hilário, António Menano, Edmundo Bettencourt.
Nos anos 1950 do Século XX iniciou-se um movimento que levou os novos cantores de Coimbra a adoptar a balada e o folclore. Começaram igualmente a cantar grandes poetas, clássicos e contemporâneos, como forma de resistência à ditadura de Salazar. Neste movimento destacaram-se nomes como Adriano Correia de Oliveira e José Afonso (Zeca Afonso), que tiveram um papel preponderante na autêntica revolução operada desde então na Música Popular Portuguesa.
No que respeita à guitarra portuguesa, Artur Paredes revolucionou a afinação e a forma de acompanhamento da Canção de Coimbra, associando o seu nome aos cantores mais progressistas e inovadores. (Artur Paredes foi pai de Carlos Paredes, que o seguiu e que ampliou de tal forma a versatilidade da guitarra portuguesa que a tornou um instrumento conhecido em todo o mundo.)
Saudades de Coimbra ("Do Choupal até à Lapa"), Balada da Despedida do 6º Ano Médico de 1958 ("Coimbra tem mais encanto, na hora da despedida", os primeiros versos, são mais conhecidos do que o título), O meu menino é d’oiro Fado Hilário e Samaritana – são algumas das mais conhecidas Canções de Coimbra.
A canção mais conhecida é Coimbra é uma lição, que teve um êxito assinalável em todo o mundo com títulos como Avril au Portugal ou April in Portugal, levada pelas mãos de Amália.

Categorizações conhecidas

  • Fado Alcântara
  • Fado aristocrata
    • Iniciado por Maria Teresa de Noronha, e progredido por membros da sua família.
  • Fado Bailado
  • Fado Batê
  • Fado-canção
  • Fado Castiço
    • Fado tradicional dos bairros típicos de Lisboa
  • Fado Corrido
    • Caracterizado por ser um fado alegre, desgarrado e dançável.15
  • Fado experimental
    • Dentro do "fado do milénio", atinge o auge com Mísia.
    • Dentro do "Fado Em Concerto", atinge o auge com Yolanda Soares.
  • Fado Lopes
  • Fado Marcha Alfredo Marceneiro
  • Fado da Meia-noite
    • Criado por Felipe Pinto.
  • Fado Menor
    • Caracterizado por ser um fado melancólico, triste e saudoso.
  • Fado Mouraria
  • Fado Pintadinho
  • Fado Tango
    • Criado por Joaquim Campos.
  • Fado Tamanquinhas
  • Fado Vadio
    • Fado não-profissional.
  • Rapsódia de fados
    • Justaposição ou mescla de melodias (fados) tradicionais ou populares.
  • Fado Marialva
    • Caracterizado por ser um fado alegre, referente à tradição tauromáquica
    • "Cavalo Ruço", "Campinos do Ribatejo", "Fado das Caldas"...

Ver também

Referências

  1. Fado, urban popular song of Portugal UNESCO
  2. Página da candidatura.
  3. Fado passa a ser Património Imaterial da Humanidade RTP. 27 de Novembro de 2011.
  4. CURSO DE HISTORIA DA LITTERATURA PORTUGUEZA
  5. Teófilo Braga. Epopêas da raça mosárabe
  6. Kathy Santos. Debate com Joana Amendoeira: Crónica do Fado que Passa na Universidade de Montreal Teia da Língua Portuguesa. Página visitada em 28 de Abril, 2014.
  7. Histórias da Música em Angola Consulado Geral de Angola no Brasil. Página visitada em 28 de Abril, 2014.
  8. Cancioneiro popular
  9. Carvalho,Pinto. Historia Do Fado
  10. Cf. Paulo Caldeira, 2008, «O precursor do Fado viveu em Viana do Castelo»
  11. CF. Paulo Caldeira, 2008, «O Precursor do Fado viveu em Viana do Castelo»
  12. ABELHO, Azinal. Os Anjos Cantam o Fado. [S.l.]: Lisboa, 1961.
  13. Pimentel, Alberto. Triste Canção do Sul. [S.l.: s.n.], 1989.
  14. http://www.cm-coimbra.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=188&Itemid=467
  15. Carlos do Carmo - 23 de Setembro 2007, TV Broadcast - RTP2, Camara Clara
Web

Ligações externas

Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
Wikiquote Citações no Wikiquote
Commons Imagens e media no Commons

Total de visualizações de página

Wikipedia

Resultados da pesquisa

Seguidores