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Dança | |
---|---|
Duo de dança moderna. | |
Média | Movimento, som |
Tipos | Solo, com parceiro, grupo |
Cultura originária | Várias origens estilísticas |
Era de origem | Antiguidade |
A dança pode existir como manifestação artística ou como forma de divertimento ou cerimônia. Como arte, a dança se expressa através dos signos de movimento, com ou sem ligação musical, para um determinado público, que ao longo do tempo foi se desvinculando das particularidades do teatro.
Atualmente, a dança se manifesta nas ruas em eventos como "Dança em Trânsito", sob a forma de vídeo, no chamado "vídeodança", e em qualquer outro ambiente em que for contextualizado o propósito artístico.
Índice[esconder] |
[editar] História da dança
A história da dança cênica representa uma mudança de significação dos propósitos artísticos através do tempo.Com o Balé Clássico, as narrativas e ambientes ilusórios é que guiavam a cena. Com as transformações sociais da época moderna, começou-se a questionar certos virtuosismos presentes no balé e começaram a aparecer diferentes movimentos de Dança Moderna. É importante notar que nesse momento, o contexto social inferia muito nas realizações artísticas, fazendo com que então a Dança Moderna Americana acabasse por se tornar bem diferente da Dança Moderna Européia, mesmo que tendo alguns elementos em comum.
A dança contemporânea como nova manifestação artística, sofrendo influências tanto de todos os movimentos passados, como das novas possibilidades tecnológicas (vídeo, instalações). Foi essa também muito influenciada pelas novas condições sociais - individualismo crescente, urbanização, propagação e importâncias da mídia, fazendo surgir novas propostas de arte, provocando também fusões com outras áreas artísticas como o teatro por exemplo.
[editar] Dança e educação
A dança no contexto educacional brasileiro aparece como conteúdo da disciplina Artes; e é citada nas atividades Ritmicas e Expressivas da Educação Física. O profissional de Arte trabalha a dança como atividade e linguagem artística, forma de expressão, como conceito e linguagem estética de arte corporal. Enquanto que o profissional de educação física se utiliza da dança de forma instrumental, assim como a ginástica, os esportes e as lutas, enfocando o aspecto bio-fisiológico, e forma de atividade para condicionamento físico, visando bem estar e saúde que é sua área de atuação.É preciso deixar claro que professor de educação física não é professor de dança. Apesar deste profissional se utilizar da dança como instrumento, em academias de ginástica para obter condicionamento físico e melhorar a qualidade de vida por exemplo. Os cursos de Educação Física não formam ou qualificam profissionais de dança, seja o artista bailarino, dançarino ou coreógrafo.
O ensino da dança nas escolas brasileiras deve ser abordado dentro do conteúdo Artes, segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (fonte www.mec.gov.br)constitui componente curricular obrigatório, contemplando para o ensino fundamental Artes Visuais, Dança, Música e Teatro, e, para o ensino médio, além destas linguagens já citadas, há a inclusão das Artes Audiovisuais. (PCN - BRASIL, 2000, p. 46)[3]
A abordagem da dança dentro do contexto da educação física é complementar e deve auxiliar no preparo físico para que os profissionais de artes possam atuar.
A dança é uma área de conhecimento autônoma, até mesmo dentro das Artes, e é preciso ser respeitada e reconhecida como tal. A formação para professores e artistas de dança é adquirida nos cursos superiores de dança (bacharelados e licenciaturas) e a profissão é regulamentada pela Lei 6.533/78 a Lei do Artista. [4]
[editar] Classificação e gêneros
- Quanto ao modo de dançar:
- Quanto a origem:
- dança folclórica (ex.: catira, carimbó, reisado etc);
- dança histórica (ex.: sarabanda, bourré, gavota etc);
- dança cerimonial (ex.: danças rituais indianas);
- dança étnica (ex.: danças tradicionais de países ou regiões).
- Quanto a finalidade:
- dança erótica (ex.: can can, striptease, pole dancing);
- dança cênica ou performática (ex.: balé, dança do ventre, sapateado, dança contemporânea);
- dança social (ex.: dança de salão, axé, tradicional);
- dança religiosa/dança profética (ex.: dança sufi).
[editar] Estudos e técnicas de dança
No início dos anos 1920, os estudos de dança (dança prática, teoria crítica, análise musical e história) começaram a ser considerados uma disciplina acadêmica. Hoje, esses estudos são parte integrante de muitos programas de artes e humanidades das universidades. No final do século XX, o reconhecimento do conhecimento prático como equiparado ao conhecimento acadêmico levou ao aparecimento da [pesquisa prática]] e da prática como pesquisa. Uma grande variedade de cursos de dança estão disponíveis, incluindo:- prática profissional: performance e habilidades técnicas
- prática de pesquisa: coreografia e performance
- etnocoreografia, abrangendo os aspectos de dança relacionados com antropologia, estudos culturais, estudos de gênero, estudos de área, teoria pós-colonial, etnografia etc.
- dançaterapia ou terapia por movimentos de dança.
- Dança e tecnologia: novos meios de comunicação e [o desempenho [tecnologias]].
- Análise de Movimento de Laban e estudos somáticos.
[editar] Competições de dança
Uma competição de dança é um evento organizado em que os concorrentes executam danças perante um juiz ou juízes visando prêmios e, em alguns casos, prêmios em dinheiro. Existem vários tipos principais de competições de dança, que se distinguem principalmente pelo estilo ou estilos de dança executados. Os principais tipos de competições de dança incluem:- Dança competitiva, em que uma variedade de estilos de danças teatrais, como dança acro, balé, jazz[5], hip hop, dança lírica e sapateado, são permitidos.
- Competições abertas, que permitem uma grande variedade de estilos de dança. Um exemplo disto é o popular programa de TV So You Think You Can Dance.
- Dança esportiva, que é focada exclusivamente em dança de salão e dança latina. Exemplos disso são populares programas de televisão Bailando por um Sonho e Dancing with the Stars.
- Competições de estilo único, como dança escocesa, dança de equipe (dance squad) e dança irlandesa, que só permitem um único estilo de dança.
[editar] Ballet de repertório
- O Lago dos Cisnes
- O Quebra Nozes
- A Bela Adormecida
- Don Quixote
- Giselle
- Romeu e Julieta
- La Sylphide
- Coppélia
- Petrushka
- Spartacus
- A Sagração da Primavera
- Pássaro de Fogo
- Harlequinade
- La Fille Mal Garde
- La Bayadère
- Satanela
- Paquita
- Diana e Acteon
- Chamas de Paris
- Le Espctre De La Rose
- Le Corsarie
- Les Sylphides
- La Esmeralda
[editar] Ver também
Referências
- ↑ História da Dança Brasil Escola.
- ↑ Britannica.com from encyclopedia britannica (em inglês). Encyclopedia Britannica. Página visitada em 1 de Maio de 2010.
- ↑ http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/14_24.pdf
- ↑ http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/L6533.htm
- ↑ Uma possível história da dança jazz no Brasil
Dança do ventre - Acredita- se que a dança do ventre surgiu no Egito, durante a dinastia faraônica, como parte de rituais oferecidos em templos por sacerdotisas para deusas como Ísis, em agradecimento á fertilidade, tanto feminina como do rio Nilo, que graças às suas cheias o alimento era garantido pela região. A dança pode ser considerada uma arte sagrada, se retratando ao seu inicio ritualístico. Sua deturpação teve início com a invasão grega,
onde presenciaram um dos rituais e escravizaram as sacerdotisas as
obrigando a dançar para seus deleites, formando assim os conhecidos haréns. Dos haréns a história evolui ocidentalmente com a promoção causada por Hollywood, consagrando diversas bailarinas, como Nadia Gamal, Tahia Carioca entre outras. Sua chegada ao Brasil é relacionada à mestra Shahrazad. Teve seu maior sucesso durante a exibição da novela O Clone. Em média a graduação em dança do ventre é feita em 3 anos. Tem como modalidades: editar
Danças folclóricasKhaleege Jarro Bastão Pandeiro Hagallah Melleah serpentes (Apenas o movimento) As danças folclóricas
normalmente retratam os costumes ou rituais de certa região de e por
isso são utilizadas roupas diferentes das de dança do ventre clássica.A
dança com a cobra é considerada ato circense uma vez que a cobra era considerada sagrada no antigo Egito,
nunca assim sendo aceito ser utilizada como parte em dança.Os homens
dançam apenas folcloricamente, tendo destaques em danças como o Dabke,
não sendo aceitos na dança do ventre clássica, sendo justificados por
sua falta de útero, que seria o epicentro da dança.A dança pode causar
danos á saúde caso mal instruída como lesões na lombar e joelho
principalmente, sendo facilmente evitados caso os joelhos fiquem semi
flexionados, o quadril encaixado, e o abdômen contraído durante a
prática - lembrando de toda atividade física ter sido previamente
autorizada por um médico e ser instruida por um profissional habilitado;
verifique se sua professora possui habilitação (no Brasil, DRT).O mito de criar barriga se dá devido ao esforço repetitivo de " estufar a barriga " forçando o grupo muscular abdominal para fora, deixando o aspecto de grávida. No sentido inverso, também são utilizados movimentos de hipercontração abdominal
seguido de um relaxamento. Dessa forma, a prática da dança do ventre
funciona como um exercício abdominal, fortalecendo e definindo a
musculatura da região do ventre.O intuito da dança do ventre não é o da
sedução, sendo esta uma imagem errada e deturpada.Como principais
benefícios físicos a dança do ventre, ou dança do oriente,
oferece:Melhora da postura Melhora do sistema cardio-respiratório
Fortalecimento da área abdominal, quadril e pernas Aumento da
flexibilidade Perda de peso Como principais benefícios psicológicos,
apresenta:Melhora da auto-estima Funciona como atividade relaxante
Proporciona maior contato com a feminilidade
A dança da serpente é
um ritual realizado pelas sociedades da serpente e do antílope dos
índios hopi do norte da América. O ritual se realiza em várias partes,
entre as quais se incluem o jejum, a preparação dos altares e quatro
dias empregados na captura de 50 ou 60 serpentes. No décimo sexto dia do
festival cada participante sustenta uma serpente entre os dentes
enquanto dança. No dia seguinte da cerimônia as serpentes são devolvidas
à natureza para que difundam a notícia de que os hopi vivem em harmonia
com o mundo natural e espiritual.
Afoxé –
Cortejo que sai pelas ruas de Salvador desde 1922. Acontece também em
Fortaleza e no Rio de Janeiro. Os desfiles mais famosos ocorrem durante o
carnaval da Bahia. Os participantes, na maioria negros, cantam em
línguas africanas, acompanhados de atabaques, agogôs e cabaças. Por ter
origem religiosa ligada ao candomblé, é conhecido como candomblé de rua.
Um dos destaques é o grupo baiano Filhos de Gandhi .
Alexander
Borodin foi um dos integrantes do grupo de compositores russos
nacionalistas conhecidos como os Cinco. Sua obra é influenciada pelo
folclore de seu país. As Danças de Polovetz pertencem à ópera O príncipe Ígor, obra completada por Nikolai Rimski-Korsakov e Alexander Glazunov, depois da morte de Borodin.
Argentina, La (dança)
(1890-1936), nome profissional de Antonia Mercé, bailarina e coreógrafa
hispano-argentina, que exerceu grande influência no renascimento da
dança espanhola do século XX. Abandonou a Ópera de Madri, onde era
primeira bailarina, para estudar danças regionais espanholas.
As
festas e os ritos de mudança das estações estão na origem de qualquer
religião e refletem nossa dependência da natureza. Nas festas da
Antigüidade, sacrificavam-se os bens mais preciosos aos deuses. Hoje são
um vestígio das que celebravam a vitória da vida sobre a morte, do bem
sobre o mal e da fertilidade sobre a esterilidade.
Balé do teatro Bolshoi,
uma das mais antigas e famosas companhias de balé russas. Originou-se
em aulas que eram dadas em um orfanato de Moscou, em 1773. As atuações
da companhia começaram em 1776 e, em 1825, quando Adam Gluszkowsky era o
professor de dança, foi transferida para o teatro Bolshoi. Naquela
época, a companhia tinha grande importância para o movimento
nacionalista do teatro russo. Em 1878, Alexander Gorsky foi nomeado
diretor. Ele desenvolveu o estilo Bolshoi, e a reputação que angariou
com suas apresentações teatrais dramáticas perdura até hoje.
Balé do teatro Kirov,
companhia de balé russa conhecida por suas apresentações de obras
clássicas. A companhia data de 1738, quando Jean-Baptiste Lande fundou
uma escola para os filhos dos servidores da aristocracia russa. Os
professores eram geralmente estrangeiros, embora houvesse russas como
Avdotia Istomina. Até 1840, as bailarinas russas eram preteridas pelas
grandes românticas como Maria Taglioni e Fanny Elssler. Em 1935, a
companhia recebeu o nome de Balé Kirov.
Balé Folclórico da Bahia,
companhia de dança que obteve o prêmio Mambembe de 1996. É uma presença
constante nos festivais internacionais, onde divulga a fascinante
riqueza cultural eclética da região baiana. Dirigido por Watson Botelho,
que teve sua formação artística na Fundação Cultural do Estado da
Bahia, o BFB pesquisa não só as raízes culturais da região, mas também
as danças populares regionais de todo o Brasil, com as quais enriquece
seus espetáculos.
Balé Teatro Guaíra,
companhia de dança fundada em Curitiba, Paraná, em 1969, é um dos mais
importantes e bem estruturados grupos de dança do Brasil. Produto das
contribuições de vários professores preocupados em ligar o balé com
nossa cultura e nossas raízes, o Guaíra deu um passo à frente, com a
contratação, em 1979, do coreógrafo português Carlos Trincheira, que
remontou os grandes balés clássicos de repertório, como Giselle, Quebra-Nozes e Raymonda,
em versões integrais. Junto à linguagem clássica, o grupo desenvolveu
também a moderna, através de artistas convidados e da organização de workshops e conferências que mantêm o elenco em dia com os últimos conhecimentos nacionais e internacionais.
Balé,
forma de dança teatral que se desenvolveu nas cortes italianas do
Renascimento (1300-1600). A técnica do balé consiste em posições e
movimentos estilizados, que foram sendo elaborados e codificados ao
longo dos séculos, dentro de um sistema bem definido, embora flexível,
chamado balé clássico ou dança acadêmica. A palavra balé aplica-se
também aos grupos de dançarinos que o representam. Cada composição é
acompanhada, quase sempre, mas não necessariamente, por música, cenário e
figurino. Como os passo foram denominados e codificados pela primeira
vez, na França, o francês é a linguagem internacional do balé. A técnica
do balé fundamenta-se na rotação externa da pernas e dos pés.
Compreende cinco posições de pés, específicas e numeradas, que
constituem a base de quase todos os passos possíveis. Existem posições
correspondentes para os braços mantidos, em geral, com os cotovelos em
suave curvatura.O balé possui uma grande variedade de passos, inclusive
os que exigem que os bailarinos, enquanto no ar, girem, batam as pernas
ou os pés ao mesmo tempo, ou ainda que invertam a posição das pernas. O
empenho em eliminar a força da gravidade culminou com a invenção da
dança nas pontas dos pés, também chamada dança de pontas. Essa é uma
modalidade de domínio quase que exclusivamente feminino, ainda que os
homens possam utilizá-la ocasionalmente.São consideradas particularmente
harmoniosas, no balé, certas conexões entre os braços, as pernas, a
cabeça e o torso; enquanto que outras, embora perfeitamente aceitáveis
em diferentes formas de dança, não são aceitas no balé.Os diversos
sistemas existentes de preparação para o balé recebem o nome do país
(Rússia, França) ou dos bailarinos e coreógrafos (o bailarino Enrico
Cecchetti, o coreógrafo dinamarquês August Bournonville) que os
desenvolveram. Esses sistemas diferem mais no estilo e na ênfase do que
no ensino dos próprios movimentos. A coreografia de um
balé pode ser realizada sobre uma música composta especialmente, ou
sobre música já existente. Até o século XX, eram mais comuns as músicas
expressamente compostas para o balé. Coreógrafos e compositores
trabalhavam às vezes em estreita colaboração; outras vezes, mantinham
pouco ou nenhum contato.O argumento de um balé tem o nome de libreto.
Seu conteúdo narrativo pode ser escrito especialmente ou adaptado de um
romance, um poema, uma peça teatral ou uma ópera. No entanto, existem
balés sem conteúdo narrativo: são criações formais, interpretações
musicais ou simples exaltações à dança pela dança.O cenário está sujeito
à necessidade de guardar o máximo de espaço para a evolução da dança. O
centro do palco é geralmente vazio. Muitos balés utilizam apenas um
telão de fundo e peças laterais ou bastidores. Alguns balés modernos
substituem os telões por projeções de diapositivos, filmes e iluminação
especial. Outros confiam simplesmente na expressividade dos efeitos de
luz proporcionados pela moderna iluminação de cena.O figurino dos
primeiros balés compunha-se apenas de elegantes vestimentas da época. O
tutu, saiote rodado em tecido transparente, popularizou-se com Maria
Taglioni, no balé La Sylphide (A Sílfide,
1832), considerado o primeiro balé romântico. Com o correr do tempo,
foi ficando cada vez mais curto, até se reduzir a um simples adereço
típico de bailarina. O repertório de balé, atualmente, é bastante
variado. Novos balés convivem com reapresentações e recriações de balés
antigos, em montagens cheias de novidades introduzidas pelos
coreógrafos, para diferentes companhias. Enquanto coreógrafos fazem
experimentações com novos e tradicionais estilos e formas, os bailarinos
procuram elevar o nível técnico e dramático da interpretação. As
freqüentes viagens das companhias de balé permitem que platéias do mundo
inteiro conheçam a amplitude do campo de atuação do balé atual.
Brejeiro-
composta por Ernesto Nazareth, interpretada por Ailton Reiner
(bandolim), Fred Menendez (cavaquinho) e outros, de Choros de Bahia
(Cat.# Nimbus NI 5404) (c) ADDAF (p)1994 Nimbus Records Ltd. Todos os
direitos reservados.
Bumba-meu-boi –
Representação da vida, morte e ressurreição de um boi. Envolve
personagens humanos, animais e fantásticos. Na maior parte do país, a
festa acontece entre o Natal e o Dia de Reis (6 de janeiro). Tem origem
no final do século XVIII, nos engenhos e nas fazendas de gado do
Nordeste, e dissemina-se pelo país. O boi-de-mamão do litoral de Santa
Catarina é uma versão do bumba. No Pará e no Amazonas, existe uma
variação conhecida como boi-bumbá, festejada em junho. Em Parintins (AM)
, durante três dias, dois blocos – o do boi Garantido (vermelho) e o do
boi Caprichoso (azul) – disputam o título de melhor boi-bumbá. A
comissão julgadora avalia as fantasias, os adereços, as coreografias e
as músicas de cada desfile. A festa realiza-se no bumbódromo, um estádio
com 35 mil lugares construído especialmente para o evento.
Carlota Portela, Companhia de Dança,
grupo de dança contemporânea brasileiro. Bailarina e coreógrafa do Rio
de Janeiro, Carlota iniciou seus estudos na área clássica e só mais
tarde conheceu a jazz dance.
Em 1981, começou seu trabalho independente, estreando com seu grupo
Vacilou Dançou a coreografia do mesmo nome, cuja linguagem está ligada
ao jazz. Depois de iniciar muitos bailarinos nesse gênero, em 1996 teve
êxito retumbante com seu espetáculo Trix,
em que três coreografias de estilos semelhantes (da própria Carlota
Portela, de Henrique Rodovalho e de Tíndaro Silvano) se fundem numa só
dança. A coreografia Pulsares, de Tíndaro Silvano, ao som de tambores, foi uma bem-sucedida experiência baseada nos ritmos profundos do corpo.
Charleston (dança),
dança popular dos Estados Unidos, com música de ritmo sincopado, em
compasso de ¹. Pode ser dançada em solo, em pares ou em grupo. Foi
muito difundida na Europa depois da I Guerra Mundial.
Círio
de Nazaré – Procissão realizada desde 1793, em Belém (PA), no segundo
domingo de outubro. A devoção à Nossa Senhora de Nazaré, introduzida
pelos jesuítas, foi reforçada por uma lenda que diz ter sido encontrada
uma imagem milagrosa da santa, no século XVIII, no local em que hoje
está a Basílica de Nazaré.
Cisne Negro, Companhia de Dança,
grupo de dança contemporâneo brasileiro. Foi criado em 1977, em São
Paulo, pela professora Hulda Bittencourt, bailarina de formação clássica
(estudou com Maria Olenewa). O grupo tem suas raízes na educação
física, o que lhe dá uma linguagem própria que, sem obedecer a uma
escola definida, explora a liberdade de movimentos criada pelas
coreografias. Com a união ao grupo do professor Edson Claro e a
participação de coreógrafos nacionais e estrangeiros, a Companhia Cisne
Negro desenvolveu uma brilhante trajetória internacional,
apresentando-se em festivais no exterior que premiaram seus espetáculos
bem concebidos.
Companhia de Dança do Palácio das Artes,
grupo de dança brasileiro de Minas Gerais. Surgiu do curso e das mãos
competentes de Carlos Leite, que foi primeiro bailarino do Teatro
Municipal e do Balé da Juventude do Rio de Janeiro. Com base clássica,
suas atividades tiveram início em 1970, mantendo-se sem interrupções. Em
1995, comemorou seus 25 anos de carreira apresentando uma recriação de Relâche,
de Eric Satie, cuja primeira exibição, 20 anos antes, contou com
cenários do pintor dadaístaFrancis Picabia e projeção simultânea do
filme de René ClairEntr'acte.
Companhia Nós da Dança,
grupo de dança brasileiro criado em 1981 pela bailarina e coreógrafa
Regina Sauer, que estudou nos Estados Unidos nas escolas de Alvin Ailey e
Martha Graham. Já no primeiro ano de atividades, a companhia obteve o
primeiro lugar no I Encontro de Jazz Dance, mostrando um estilo
caracterizado pela busca de novas linguagens através do gesto livre e da
contemporaneidade. Em 1983, com uma nova linha de trabalho, conquistou
novamente o primeiro lugar em dança moderna. Em constante renovação,
comemorou os 15 anos da companhia com o espetáculo Insight, acrescentando ao seu estilo próprio muita energia e algumas acrobacias.
Congadas
– Desfiles de negros comemoram a coroação de um rei do Congo no dia de
São Benedito (26 de dezembro). São danças e cantos de origem africana e
ibérica. As congadas mais conhecidas são as de Lapa (PR), as de alguns
municípios de Santa Catarina e as das antigas regiões de ouro em Minas
Gerais. Na Paraíba, descendentes de escravos fazem congadas em homenagem
à padroeira dos negros, Nossa Senhora do Rosário, na primeira semana de
outubro.
Dança do Sabre,
dança ritual masculina com espadas, da qual existem quatro grandes
variantes. As danças de combate com espadas (como as danças pírricas da
antiga Grécia) eram utilizadas para treinamento militar. Na Turquia e
nos Balcãs, encontram-se danças circulares de guerrilha.
Dança,
movimentos corporais rítmicos, geralmente acompanhados de música, que
seguem um padrão e funcionam como forma de comunicação ou expressão. A
dança é a transformação de funções normais e expressões corriqueiras em
movimentos fora do comum com propósitos extraordinários. A dança pode
incluir um vocabulário pré-establecido de movimentos, como no balé e na
dança folclórica européia, ou pode utilizar gestos simbólicos ou
mímicos, como em inúmeras danças asiáticas. Pessoas de diferentes
culturas dançam de maneira distinta por várias razões, e os diversos
tipos de dança revelam muito sobre o modo como vivem.A dança pode ser
recreativa, ritual ou artística. Pode contar uma história, servir a
propósitos religiosos, políticos, econômicos e sociais; ou pode ser uma
experiência agradável, excitante, de valor meramente estético.Existem
dois tipos principais de dança: danças de participação coletiva, que não
precisam de espectadores, e danças que são representadas, desenhadas
para um público. As danças participativas incluem danças de trabalho,
algumas formas de danças religiosas e danças recreativas, como as festas
campestres e os bailes populares e sociais. Para que toda a comunidade
possa participar, essas danças têm, geralmente, um esquema simples de
passos muito repetitivos e fáceis de aprender. As danças representadas
costumam ser executadas em templos, teatros, ou diante de uma corte
real, como antigamente; os dançarinos, neste caso, são profissionais e
sua dança pode ser considerada uma arte. Os movimentos tendem a ser
relativamente difíceis e exigem treinamento especializado.
Dançarinas
se apresentam em Pequim, China. Os gestos que fazem com as mãos têm um
caráter simbólico relacionado à tradição da arte budista na China.
Danças africanas,
danças praticadas pelos povos dos países do continente africano
(subsaariano), dentro de um determinado contexto social ou religioso,
para o entretenimento ou como forma de arte coreográfica.
Danças de Polovetz- em Mussorgsky, Borodin: Pictures at an Exhibition (Cat. # 8.550051) (p) 1987 Naxos of America, Inc. Todos os direitos reservados.
Deborah Colker, Companhia de Dança,
grupo de dança contemporânea brasileiro. Bailarina e coreógrafa nascida
no Rio de Janeiro em 1962, Deborah fundou sua companhia em 1994. Com
formação eclética — foi jogadora de vôlei e estudante de música e
psicologia—, introduziu no Brasil uma linguagem agressiva, influenciada
pelos contemporâneos dos Estados Unidos, que mistura conceitos das artes
marciais e dos esportes. Depois de trabalhar vários anos em coreografia
teatral, alcançou o triunfo definitivo com o espetáculo Velox
(1995), em que 11 bailarinos dançavam sobre uma parede cenográfica que
se transformava em parte intrínseca do espetáculo. Segundo sua própria
definição, seu estilo é “uma maneira sincera e ecumênica de praticar a
arte da dança”.
Embora
durante o renascimento tenha começado a surgir o fenômeno da
profissionalização da dança, os bailes folclóricos perduraram em quase
todas as sociedades. Esta gravura do século XVI, Dança na aldeia, de Daniel Hopfer, mostra um grupo de aldeões descansando de suas tarefas no campo.
Estas
bailarinas indonésias dançam segundo o estilo tradicional, com os
joelhos voltados para fora e girando continuamente as munhecas. Os
movimentos dos braços são mais restritos nas mulheres que nos homens. Na
dança tradicional indonésia a parte superior do corpo está associada
com as forças do bem e a parte inferior, com as do mal. As bailarinas
costumam usar belos e ornamentados vestidos.
Fandango
– Festa em homenagem aos marujos que se realiza na época do Natal, no
Norte e no Nordeste. Também tem o nome de marujada. Personagens vestidos
de marinheiros cantam e dançam ao som de instrumentos de corda. No Sul,
é festa típica de pescadores e caboclos do litoral paranaense. São
cerca de 30 danças rurais regionais divididas em dois grupos: as
batidas, exclusivas dos homens, marcadas por sapateado forte e
barulhento; e as valsadas, ou bailadas, nas quais os casais arrastam os
pés no chão.
Farra
do boi – Festa de descendentes de açorianos, no litoral de Santa
Catarina. Realiza-se nos períodos do Natal e da Páscoa. Os participantes
cotizam-se para comprar um boi bravo, que é solto no meio da multidão. O
animal é torturado e abatido para depois ser repartido entre os
“sócios”. A partir da década de 80, grupos ecológicos fazem campanha
contra o ritual por considerá-lo extremamente cruel com o animal.
Festa,
conjunto de iniciativas realizadas por uma comunidade para comemorar
algum acontecimento passado ou presente. Quando o fato que se comemora
se relaciona com a ação salvadora de Deus (como na Páscoa ou no Natal), a
festa é chamada cristã.
Festas da colheita,
são consideradas as mais antigas festas conhecidas. Existem desde
tempos pagãos, quando os homens agradeciam aos deuses a chegada das
colheitas que garantiam alimento para o ano vindouro.
Festas
juninas – Introduzidas por portugueses, para os quais o culto de São
João, comemorado no dia 24 de junho, é um dos mais antigos e populares.
Tradicionalmente, as festas iniciam-se a partir do dia 12 do mês de
junho, véspera do dia de Santo Antônio, e vão até o final do mês,
quando, no dia 29, se comemora o dia de São Pedro. As festas têm comidas
típicas, como pé-de-moleque, pipoca, canjica, pinhão, bolo de fubá e
quentão, fogos de artifício e dança de quadrilha.
Festas populares no Brasil Rituais populares de
espírito lúdico que se realizam anualmente, em datas determinadas, em
diversas regiões do país. Algumas têm origem religiosa, tanto católica
como de cultos africanos, e outras são seculares, ligadas às tradições
regionais ou nacionais.
Grupo Espaço de Dança do Amazonas,
companhia de dança brasileira. Tem uma história que se remonta a 1970,
com as aulas de dança de José Rezende, que teve sua formação clássica
com Tatiana Leskova. Paralelamente, o primeiro grupo de dança
contemporânea de Manaus, Dançavida, criado pelas bailarinas Conceição
Souza, Marta Martí e Ida Vicenzia, se dissolveu, levando Conceição Souza
à organização do Balé da Cidade, em 1986, que depois passaria a se
chamar Grupo Espaço de Dança Amazonas (Gedam). Com elementos modernos
marcados pela participação de professores ligados à educação física, a
companhia teve freqüente participação na montagem de espetáculos
teatrais e conta com o apoio da Universidade do Amazonas.
Habitantes
de Mali, os dogones vestem máscaras e trajes cerimoniais (como o luto,
por exemplo). Representando freqüentemente um personagem mitológico
nascido da cosmogonia dos dogones, o próprio dançarino fabrica sua
máscara, em cuja parte mais alta costuma inserir um símbolo, como a cruz
de Lorena que vemos aqui.
House
music Estilo musical criado especialmente para ser tocado e dançado em
discotecas e clubes noturnos. Composta em estúdios de som com a ajuda de
samplers – computadores programados para essa tarefa –, a house music é
formada por trechos de melodias ou ritmos de outras canções, que são
misturados a efeitos especiais e sons variados e gravados em longas
faixas. Uma melodia fácil, ritmo marcado, letras e arranjos mais
elaborados que os da dance music e a presença de metais ajudam a house a
substituir a disco music e o funk eletrônico do início dos anos 80.
Índia, Danças clássicas da,
consideradas uma das formas de arte mais desenvolvidas da cultura
indiana. A enorme área geográfica do subcontinente indiano contém uma
grande diversidade de terras, climas, povos, culturas e línguas, o que
se reflete em seus muitos estilos de dança, do clássico e do folclórico
ao contemporâneo.
INFLUÊNCIA
DOS ESTILOS AFRICANOS FORA DO CONTINENTE A dança africana chegou à
América através do comércio de escravos, sendo freqüentemente
influenciada pelas danças dos europeus e de outros povos que chegaram à
região. Tais danças incluem quadrilhas e cotilhões, que foram adaptadas
das danças de salão européias. No Caribe e na África do Sul, a dança e a
música (inseparáveis neste contexto) eram meios poderosos para a
manutenção da identidade cultural dos escravos africanos. Por essa
razão, seus proprietários tentaram muitas vezes suprimi-las, mas isso
não foi possível, posto que qualquer coisa podia ser utilizada como
instrumento de percussão — inclusive os pés e as mãos — e o ritmo
conduzia irresistivelmente à dança.A dança ocupava um lugar de destaque
nas celebrações matrimoniais, fúnebres (ver
Ritos funerários) e natalícias, além de outras festividades. Alguns
estilos estavam associados a práticas espirituais enraizadas nas regiões
africanas, como o culto a Xangô — deus da tempestade dos iorubas da
Nigéria, simbolizado pelo machado e pelo carneiro — e o vodu. O mesmo
acontecia nas danças primitivas africanas: os bailes tinham a função de
induzir ao transe em determinadas circunstâncias; os adoradores ficavam
possuídos pelo espírito de Xangô, ou de outros deuses ou antepassados,
através do frenesi da dança. Inclusive nas áreas nas quais foram
suprimidas essas religiões e os negros se converteram às igrejas
protestantes, as mesmas danças de grupo indutoras à possessão têm
persistido, mas nestas mediante o espírito cristão. Essas danças são
conhecidas como ring-shout (grito coletivo). O john canoe, uma dança natalícia na qual são usadas enormes máscaras e, algumas vezes, pernas de pau, pode ter suas origens na dança jonkunnu.
INFLUÊNCIAS
Ao longo dos séculos, as danças da Índia sofreram diferentes
influências, que exerceram grande impacto em seu desenvolvimento. Do
século XII ao XVIII d.C., o império mongol floresceu e mais tarde decaiu
nas regiões do norte. Sob o mecenato dos imperadores, as artes,
especialmente a música e a pintura, foram estimuladas nas cortes. O kathak
evoluiu da tradição dos contadores de contos à forma sutil e complexa
de hoje. Com a chegada do império britânico, a dança, entre outras
artes, sofreu um eclipse temporal, especialmente nos locais onde se
estabeleceu o protetorado inglês. Devido à imposição da escolarização
inglesa e dos valores vitorianos, a dança deixou de ser fomentada,
especialmente entre a classe média. Gradualmente, caiu em desgraça e os devadasis
foram expulsos dos templos.No entanto, na primeira metade do século XX,
personalidades como Rabindranath Tagore, Rukmini Arundale e Uday
Shankar lutaram incansavelmente para reviver a rica herança da dança
clássica indiana. Essas pessoas realizaram um grande esforço para
proporcionar maior relevo à dança e criaram as bases para o espetacular
renascimento desta forma de arte depois que a Índia recuperou sua
independência, em 1947. A partir de então, surgiu um número cada vez
maior de bailarinos, professores, alunos e companhias de dança indiana,
bem como escolas na Índia, Grã-Bretanha, América do Norte e Austrália.Da
mesma forma que se tem dado continuidade às tradições folclóricas e à
dança clássica, surgiram, nos últimos 50 anos, a dança contemporânea e a
dança cinematográfica. Esta última transformou-se em uma forma popular
de arte e coreógrafos como Mrinalini Sarabhai, Manjusri Chaki-Sircar,
Chandralekha e Kumudini Lakhia desenvolveram uma nova linguagem, criando
obras modernas baseadas na tradição clássica e, algumas vezes, em temas
da atualidade.Na Grã-Bretanha, existe uma longa tradição de dança
indiana. Uday Shankar trabalhou com Anna Pavlova na década de 1920. As
excursões de Ram Gopal na década de 1950 continuaram com as realizadas
pelas companhias britânicas a partir de 1970. Shobana Jeyasingh abriu um
novo campo ao trabalhar com compositores e coreógrafos ocidentais, como
Michael Nyman e Richard Alston, e com companhias de teatro e
coreógrafos indianos contemporâneos, criando formas inovadoras e
desafiantes para transmitir o classicismo indiano ao grande público.
Maracatu –
Festa carnavalesca pernambucana de origem afro-brasileira. Como as
congadas, inspira-se nas coroações de reis negros. Simulando um cortejo
real, os blocos saem pelas ruas no carnaval divididos em “nações”,
sinônimo popular para grandes grupos homogêneos.
Marilena
Ansaldi, bailarina clássica brasileira, estudou por dois anos no balé
Bolshoi, de Moscou. Em Paris, trabalhou como extra nos filmes A corrida do século, de Blake Edwards, e Lady L,
de Peter Ustinov. Sozinha no palco, procura evitar os processos
convencionais da criação e trabalha sem roteiro pré-fixado, de modo a
permitir que, a cada apresentação, a cena se renove. Em 1975, recebeu o
prêmio Molière por Isso ou aquilo, espetáculo dirigido por Iacov Hillei. Participou, entre outras, das montagens Escuta Zé (1977), dirigida por Celso Nunes, e Picasso e eu, em cujos roteiros há enxertos autobiográficos.
Na cerimônia tradicional da dança das armas, os homens iemenitas lembram a bravura dos guerreiros do deserto de outrora.
Notação (dança),
registro escrito dos movimentos da dança. Em dois manuscritos catalães
de 1468, aproximadamente, encontra-se um desses registros antigos,
difíceis de interpretar, em que uma combinação de traços verticais e
horizontais, além de sinais que lembram os algarismos 9 e 3, representam
cinco passos específicos e indicam as direções do movimento. Um outro
método, bem mais usual, pressupõe conhecimento de um vocabulário dos
passos, que são indicados por suas iniciais.
O
estilo house nasce em 1986 na cidade norte-americana de Detroit. DJ do
clube Warehouse, Frankie Knuckles passa longo tempo diante de
computadores e samplers fazendo experiências de mixagens com o objetivo
de produzir um contagiante ritmo de dança. É chamado de “house music” em
homenagem ao Warehouse, casa noturna onde trabalha seu criador. O
primeiro sucesso do novo gênero é Jack your body, de Steve Hurley, em
1987. Na Inglaterra, o estilo chega primeiro à cidade de Sheffield,
celeiro de bandas tecno-pop como a Heaven 17 e a Cabaret Voltaire. Em
Sheffield, estoura nas paradas a música House Nation, do House Master
Boyz. O M/A/R/R/S, o Royal House e o Black Riot são alguns dos grupos
mais conhecidos de house.
O
FOLCLORE As formas clássicas têm muitos pontos de união com a dança
folclórica. Em todo o subcontinente indiano, existe uma imensa variedade
de bailes folclóricos: danças sociais para celebrar ocasiões especiais
como matrimônios, danças para mulheres e danças para homens. Os
bailarinos dançam e cantam e o acompanhamento dos tambores é
indispensável. Talvez as danças folclóricas mais conhecidas sejam as
enérgicas e vigorosas bhangra do Punjab e o garba e o dandia ras (dança dos passos) de Gujarat.
O poema épico de que narra a história de Rama (O Ramayana)
foi revelado, segundo a tradição, a um homem santo hindu chamado
Valmiki pelo deus da criação Brama. Essa narração religiosa, que data
aproximadamente do ano 4 d.C., tem diversas versões na Índia e no
sudeste asiático. No Camboja, a história é narrada com música e dança e
interpretada pelo Balé Real desde o século XVIII. Embora o relato épico
também seja conhecido em povoados, onde é transmitido pela tradição oral
ou dramatizado em teatros populares de marionetes, o balé era
tradicionalmente uma arte cortesã apresentada em palácios ou em
festivais principescos. A música do balé é interpretada pela orquestra pinpeat, constituída por xilofones tradicionais, metalofones, gongos horizontais, tambores e pratos.
O
Quarup é um ritual em que os povos indígenas do Xingu tentam fazer com
que os mortos se reincorporem em troncos enfeitados com seus pertences.
Um dos pontos altos da festa é o confronto dos campeões locais na luta
da huka-huka. Os lutadores se pintam e passam óleo no corpo, para
dificultar os golpes do adversário. Em uma espécie de desfile que faz
parte do ritual, os índios andam em fila indiana, cada um pisando
exatamente sobre as pegadas do que vai à sua frente. O objetivo é
enganar um suposto inimigo, fazendo-o supor que apenas um guerreiro
teria passado por aquele lugar.
OS
CLÁSSICOS A tradição clássica é uma forma de arte antiga e sofisticada
que se estende ao longo de vários séculos. Tem sua origem nos templos e
é executada pelos devadasis
(bailarinos do templo). Os estilos clássicos estão relacionados com a
mitologia, a filosofia, as crenças espirituais da cultura hindu e, em
tempos mais recentes, com a tradição islâmica. Têm suas raízes no Natyasastra,
o texto mais antigo que se conhece sobre dramaturgia, atribuído a
Bharata, que na realidade atuou mais como pesquisador e compilador de
trabalhos muito antigos do que como o inventor do gênero dramático.
Segundo as hipóteses mais aceitas, o Natyasastra
se situa dos séculos III a IV d.C.; esse tratado sânscrito define o
drama como a conjunção da palavra, da mímica, da dança e da música e
estabelece seus princípios técnicos e estéticos.Do século II ao VIII
d.C., houve uma significativa diversificação. Gradualmente, a dança foi
se dissociando do drama e nasceram os diferentes estilos clássicos, que
refletiram as tradições particulares de cada região em que surgiram. No
entanto, todos os estilos clássicos compartilham os elementos básicos do
nritta (dança pura), do nritya (expressão) e do natya (elemento dramático).Dentro do natya, o abhinaya
(expressão do conteúdo dramático através da pantomima e do gesto)
adquire formas diferentes em cada estilo, sendo uns mais exagerados que
outros. Os temas do abhinaya também variam, mas cada estilo afirma os ensinamentos do navarasa,
os nove estados de ânimo ou sentimentos: o amor, o desprezo, o pesar, a
ira, o medo, o valor, o desgosto, a admiração e a paz. Esses estados de
ânimo encontram-se classificados no Natyasastra,
onde também são descritos os meios de expressá-los através dos
movimentos dos olhos, das sobrancelhas, do pescoço, das mãos e do
corpo.Existem ainda duas categorias de movimentos que todos os ailarinos
podem realizar independentemente de seu sexo: o tandava, aspecto masculino e vigoroso da dança, e o lasya, que
representa o lado elegante e feminino. Todos os estilos são executados
com os pés descalços, embora em alguns deles sejam utilizados os ghungroos (guizos nos tornozelos) para aumentar o ritmo dos passos. Os mudras
(gestos com as mãos), os estilizados movimentos do rosto e dos olhos e
os complexos esquemas rítmicos constituem outras características dessa
dança.

Os mudras, ou gestos das mãos, das danças clássicas indianas são usados não apenas formalmente, para efeito estético, mas também como uma linguagem simbólica na dança narrativa. A figura mostra os 24 mudras do Mohiniattam; existem pequenas variações entre os mudras nos estilos do sul da Índia.
Os solistas Ailton Reiner (bandolim) e Fred Menendez (cavaquinho) interpretam Brejeiro, que o compositor Ernesto Nazareth se recusava a chamar de maxixe.
Peão
de boiadeiro – Festas realizadas em cerca de 600 municípios em todo o
país. A mais conhecida é a de Barretos, realizada pela primeira vez em
1956, em homenagem aos peões de boiadeiro. Eles demonstram suas
habilidades dominando cavalos e bois bravios. Atualmente, a Festa de
Barretos acontece no Estádio Rodeio – projetado por Oscar Niemeyer –, na
segunda quinzena de agosto, e dura dez dias.
Pós-modernismo (dança),
movimento que representou uma recusa às teorias e práticas do
modernismo. Originalmente, é uma classificação cronológica associada ao
trabalho específico de um grupo de vanguarda de coreógrafos, artistas
visuais e músicos que apresentaram seus trabalhos na igreja Judson
Memorial, em Greenwich Village, Nova York, entre 1962 e 1964.O Judson
Dance Theater nasceu do trabalho realizado pelo músico Robert Dunn para
uma classe de coreografia, nos estudos de Merce Cunningham, de 1960 e
1962. Esses artistas revisaram a natureza da dança, questionando todos
os aspectos da execução e da representação do trabalho coreográfico.
Desde sua primeira atuação, em julho de 1962, o grupo refletiu as
preocupações que estavam presentes no mundo da arte. Foram
particularmente influenciados pelas teorias filosóficas do
existencialismo, do budismo zen e da fenomenologia.Os integrantes do
Judson Dance Theater recusaram os sistemas formais de codificação dos
movimentos, bem como a linguagem corporal especializada que estes
requeriam. Os trabalhos do grupo se centravam na dança como tema único e
na pureza do movimento.Ivonne Rainier foi um destacado membro do Judson
Dance Theater e autora, em 1965, de um de seus mais famosos manifestos,
definido pela escritora Sally Banes como a “estética da negação”. A
intenção de Rainier era desmistificar e objetivar a dança, descartando
dela todo o supérfluo. Deu uma expressão concreta a esse minimalismo em
sua obra Trio A (1966).
Outros membros eminentes do Judson Dance Theater foram Trisha Brown,
Lucinda Childs, David Gordon, Deborah Hay e Steve Paxton. De uma forma
geral, o termo pós-moderno, em dança, se aplica também ao trabalho de
artistas da Europa e dos Estados influenciados pelas criações do grupo
que originou o movimento.
Quasar Companhia de Dança,
grupo de dança contemporânea brasileiro, fundado em Goiânia em 1988.
Tem direção geral de Vera Bicalho e direção artística e coreografias de
Henrique Rodavalho, cuja formação reúne elementos do teatro, da mímica e
da educação física. Com apoio da Universidade Federal de Goiás desde
1994, alterna sua participação em festivais internacionais como o de Tel
Aviv, em 1996, e em eventos nacionais como o Carlton Dance Festival. A
provocante linguagem do grupo tem como base a energia corporal e seu
perfeito controle, até os limites estabelecidos pela física. Seus seis
bailarinos desafiam esses limites constantemente, através de um trabalho
de expansão muscular que se traduz em verdadeiras explosões de
movimento.
Reamker- de Cambodia: Music of the Ramayana (Cat. # C 560015) (p) 1990 Ocora-Radio France. Todos os direitos reservados.
REGIONALISMOS
Embora tenham desenvolvido técnica própria e apresentações distintas,
as variantes regionais mantêm as mesmas regras básicas e normas que
aparecem no Natyasastra. Existem diferenças de estilo que dão qualidade peculiar a cada uma. As principais variedades são:Bharata natyam:
desenvolvida nos templos de Tamil Nadu, no sul da Índia. Contém um
estimulante fluxo de percussão. O espaço e o movimento são percebidos ao
longo de precisas linhas geométricas, acentuados por um frágil trabalho
de pés.Kathak: tem sua
origem nos contos tradicionais do norte da Índia. Mais tarde, floresceu
nas cortes hindu e mongol, onde se transformou na sutil e sofisticada
forma de hoje. O estilo é caracterizado pelo complexo trabalho dos pés e
os giros rápidos do corpo.Odissi:
provém do leste da Índia. Suas líricas e fluidas linhas são pontuadas
por pausas, nas quais os bailarinos adotam poses esculturais,
representações essas que podem ser vistas nas paredes de alguns templos.Manipuri:
é um estilo elegante e suave que provém de Manipur, no noroeste da
Índia. Os bailarinos dão pequenos passos e saltos e as mulheres vestem
rígidas e longas saias. As lendas sobre Krishna são os temas
desenvolvidos nas atuações.Kathakali:
surgido em Kerala, no sudoeste da Índia. Este estilo vigoroso e
dramático está relacionado com as tradições das artes marciais. Utiliza
mímica, maquiagem e vestuário estilizados para representar os
personagens dos mitos e lendas.Mohini Attam: também surgiu em Kerala. As mulheres dançam vestidas de branco e dourado. É uma mistura do bharata natyam e do kathakali com doses de danças folclóricas locais, em particular o kaikottikali.Kuchipudi: recebe seu nome do povo de Kuchipudi, no estado meridional de Andhra Pradesh. Tem muitos elementos comuns com o bharata natyam e é vibrante e intensa. É composta por bailes individuais e danças dramáticas.
Renascimento (dança),
dança desenvolvida e executada na Europa no período histórico conhecido
como Renascimento. Era influenciada pela atmosfera do renascimento
italiano. Os mestres de dança seguiam a pauta marcada pelos artistas
criadores das danças, que eram caracterizadas, principalmente, pelos
elaborados esquemas de marcações espaciais. O número de bailarinos era,
por isso, limitado; desapareceram as danças em filas e círculos, tão
comuns na Idade Média. Havia duas danças, basicamente, na Itália do
século XV: a bassa dança, uma derivação de uma dança cortesã medieval de par, em compasso ½, para dois o três bailarinos, e o ballo, uma com mistura de ritmos que incorpora às vezes elementos da mímica. Os cuatro ritmos básicos eram a bassa dança (½), o saltarello (µ), a guadernaria (¹) e a piva
(¬).Na França e na Inglaterra, durante a segunda metade do século XVI,
as danças mais populares continuaram sendo processionais. O sarau na
corte começava com a majestosa pavana, seguida freqüentemente da
galharda, na qual o homem demonstrava suas habilidades técnicas e dama o
imitava, com passos mais simples e delicados. Nessa época, mal se fazia
diferença entre dança teatral e dança de salão. Muitas das
espetaculares mascaradas que se realizavam nas cortes européias tinham
coreografias especialmente criadas, em que eram utilizados os passos e
os ritmos mais comuns dos salões de baile.
Um
ano depois de fazer sucesso, o estilo começa a gerar filhotes: acid
house, acid jazz, acid ska, garage e deep house. O mais duradouro é o
deep house, que usa principalmente gravações de cantoras de soul,
chamadas de divas, como base para suas composições marcadas pelo vocal.
Destacam-se no deep house as cantoras Adeva, Chrystal Waters, Kynn
Mazelle, Ce Ce Peniston, Caron Wheeler e Des’reé, que faz sucesso no
Brasil em 1995 com a música You Gotta Be.
VARIEDADES
DE DANÇA NA ÁFRICA As variedades de estilos e tradições da dança por
todo o território subsaariano da África são tão numerosas quanto os
grupos sociais existentes nos países do continente, tanto urbanos como
rurais. Entretanto, podemos observar alguns aspectos comuns, como o
importante papel da dança como veículo de expressão ou de comunicação
social ou espiritual. Na África, o bailarino, mais do que um intérprete,
é um professor, um historiador, um porta-voz, um sacerdote, um médium
espiritual, um curandeiro e um contador de histórias.As danças vão desde
as formas antigas que se referiam, por exemplo, à fertilidade, à caça,
aos ritos de iniciação e crescimento e às colheitas até formas mais
modernas, que foram mudando em resposta às novas condições — neste caso,
inclui-se a dança sul-africana gum boot, inventada pelos mineiros negros, que usavam suas botas de borracha como instrumentos enquanto dançavam durante o sistema do apartheid,
que proibia a execução de música. Na sociedade urbana, outras formas
artísticas evoluíram, trazendo novos estilos musicais africanos, como o highlife e o jiti (ver
Música africana).Como parte de um ritual espiritual, a dança pode ser
considerada uma forma simbólica de comunicação com os poderes naturais
ou um movimento indutor ao transe, que coloca o bailarino em condições
de ascender diretamente ao mundo dos espíritos. Em determinadas danças
de máscara, o bailarino assume por um tempo a identidade de um deus ou
de um poderoso espírito ancestral. Em muitas sociedades rurais de perfil
tradicional, as danças coletivas assinalam rituais de iniciação como a
chegada da idade em que os jovens competem entre eles dentro da dança
como parte de sua entrada na maturidade (ver Ritos
de passagem).Freqüentemente, as danças africanas adquirem um forte
caráter narrativo, que pode ter evoluído a partir do costume dos
caçadores de contar histórias de suas aventuras para os demais membros
da comunidade. A coreografia narrativa pode referir-se a mitos da
criação, relatar histórias morais ou simplesmente entreter e divertir,
mas a dança também é praticada como uma atividade
puramente estética. Muitas universidades africanas criaram departamentos
de arte que, ao mesmo tempo em que asseguram a manutenção das formas
tradicionais, fomentam o desenvolvimento da dança coreografada,
apresentada tanto na África como no resto da mundo.
Ventre, Dança do,
dança para solista proveniente do norte da África, do Oriente Médio e
das áreas balcânicas de influência turca. Caracteriza-se por movimentos
ondulantes do abdme e dos quadris, associados a elegantes movimentos de
braços.
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