terça-feira, 24 de abril de 2012

Dança


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Dança
Two dancers.jpg

Duo de dança moderna.
Média Movimento, som
Tipos Solo, com parceiro, grupo
Cultura originária Várias origens estilísticas
Era de origem Antiguidade
A dança é uma das três principais artes cênicas da Antiguidade, ao lado do teatro e da música. No antigo Egito já se realizava as chamadas danças astroteológicas em homenagem a Osíris. Na Grécia, a dança era frequentemente vinculada aos jogos, em especial aos olímpicos.[1] A dança se caracteriza pelo uso do corpo seguindo movimentos previamente estabelecidos (coreografia) ou improvisados (dança livre).[2] Na maior parte dos casos, a dança, com passos cadenciados é acompanhada ao som e compasso de música e envolve a expressão de sentimentos potenciados por ela.
A dança pode existir como manifestação artística ou como forma de divertimento ou cerimônia. Como arte, a dança se expressa através dos signos de movimento, com ou sem ligação musical, para um determinado público, que ao longo do tempo foi se desvinculando das particularidades do teatro.
Atualmente, a dança se manifesta nas ruas em eventos como "Dança em Trânsito", sob a forma de vídeo, no chamado "vídeodança", e em qualquer outro ambiente em que for contextualizado o propósito artístico.

Índice

[esconder]

[editar] História da dança


Apresentação de um grupo de dança.
A história da dança cênica representa uma mudança de significação dos propósitos artísticos através do tempo.
Com o Balé Clássico, as narrativas e ambientes ilusórios é que guiavam a cena. Com as transformações sociais da época moderna, começou-se a questionar certos virtuosismos presentes no balé e começaram a aparecer diferentes movimentos de Dança Moderna. É importante notar que nesse momento, o contexto social inferia muito nas realizações artísticas, fazendo com que então a Dança Moderna Americana acabasse por se tornar bem diferente da Dança Moderna Européia, mesmo que tendo alguns elementos em comum.
A dança contemporânea como nova manifestação artística, sofrendo influências tanto de todos os movimentos passados, como das novas possibilidades tecnológicas (vídeo, instalações). Foi essa também muito influenciada pelas novas condições sociais - individualismo crescente, urbanização, propagação e importâncias da mídia, fazendo surgir novas propostas de arte, provocando também fusões com outras áreas artísticas como o teatro por exemplo.

[editar] Dança e educação

A dança no contexto educacional brasileiro aparece como conteúdo da disciplina Artes; e é citada nas atividades Ritmicas e Expressivas da Educação Física. O profissional de Arte trabalha a dança como atividade e linguagem artística, forma de expressão, como conceito e linguagem estética de arte corporal. Enquanto que o profissional de educação física se utiliza da dança de forma instrumental, assim como a ginástica, os esportes e as lutas, enfocando o aspecto bio-fisiológico, e forma de atividade para condicionamento físico, visando bem estar e saúde que é sua área de atuação.
É preciso deixar claro que professor de educação física não é professor de dança. Apesar deste profissional se utilizar da dança como instrumento, em academias de ginástica para obter condicionamento físico e melhorar a qualidade de vida por exemplo. Os cursos de Educação Física não formam ou qualificam profissionais de dança, seja o artista bailarino, dançarino ou coreógrafo.
O ensino da dança nas escolas brasileiras deve ser abordado dentro do conteúdo Artes, segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (fonte www.mec.gov.br)constitui componente curricular obrigatório, contemplando para o ensino fundamental Artes Visuais, Dança, Música e Teatro, e, para o ensino médio, além destas linguagens já citadas, há a inclusão das Artes Audiovisuais. (PCN - BRASIL, 2000, p. 46)[3]
A abordagem da dança dentro do contexto da educação física é complementar e deve auxiliar no preparo físico para que os profissionais de artes possam atuar.
A dança é uma área de conhecimento autônoma, até mesmo dentro das Artes, e é preciso ser respeitada e reconhecida como tal. A formação para professores e artistas de dança é adquirida nos cursos superiores de dança (bacharelados e licenciaturas) e a profissão é regulamentada pela Lei 6.533/78 a Lei do Artista. [4]

[editar] Classificação e gêneros


Várias classificações das danças podem ser feitas, levando-se em conta diferentes critérios.

[editar] Estudos e técnicas de dança

No início dos anos 1920, os estudos de dança (dança prática, teoria crítica, análise musical e história) começaram a ser considerados uma disciplina acadêmica. Hoje, esses estudos são parte integrante de muitos programas de artes e humanidades das universidades. No final do século XX, o reconhecimento do conhecimento prático como equiparado ao conhecimento acadêmico levou ao aparecimento da [pesquisa prática]] e da prática como pesquisa. Uma grande variedade de cursos de dança estão disponíveis, incluindo:
Graus acadêmicos estão disponíveis desde o bacharelado até o doutorado e também programas de pós-doutorado, com alguns estudiosos de dança fazendo os seus estudos como estudantes maduros depois de uma carreira profissional de dança.

[editar] Competições de dança

Uma competição de dança é um evento organizado em que os concorrentes executam danças perante um juiz ou juízes visando prêmios e, em alguns casos, prêmios em dinheiro. Existem vários tipos principais de competições de dança, que se distinguem principalmente pelo estilo ou estilos de dança executados. Os principais tipos de competições de dança incluem:
Hoje, há vários concursos de dança na televisão e na internet.

[editar] Ballet de repertório

[editar] Ver também

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Referências

Dança do ventre - Acredita- se que a dança do ventre surgiu no Egito, durante a dinastia faraônica, como parte de rituais oferecidos em templos por sacerdotisas para deusas como Ísis, em agradecimento á fertilidade, tanto feminina como do rio Nilo, que graças às suas cheias o alimento era garantido pela região. A dança pode ser considerada uma arte sagrada, se retratando ao seu inicio ritualístico. Sua deturpação teve início com a invasão grega, onde presenciaram um dos rituais e escravizaram as sacerdotisas as obrigando a dançar para seus deleites, formando assim os conhecidos haréns. Dos haréns a história evolui ocidentalmente com a promoção causada por Hollywood, consagrando diversas bailarinas, como Nadia Gamal, Tahia Carioca entre outras. Sua chegada ao Brasil é relacionada à mestra Shahrazad. Teve seu maior sucesso durante a exibição da novela O Clone. Em média a graduação em dança do ventre é feita em 3 anos. Tem como modalidades: editar
Dança clássica - Snujs Espada Candelabro véu, dois véus, véu wings
Dança modernaPunhal Flamenco árabe Taças com velas editar
Danças folclóricasKhaleege Jarro Bastão Pandeiro Hagallah Melleah serpentes (Apenas o movimento) As danças folclóricas normalmente retratam os costumes ou rituais de certa região de e por isso são utilizadas roupas diferentes das de dança do ventre clássica.A dança com a cobra é considerada ato circense uma vez que a cobra era considerada sagrada no antigo Egito, nunca assim sendo aceito ser utilizada como parte em dança.Os homens dançam apenas folcloricamente, tendo destaques em danças como o Dabke, não sendo aceitos na dança do ventre clássica, sendo justificados por sua falta de útero, que seria o epicentro da dança.A dança pode causar danos á saúde caso mal instruída como lesões na lombar e joelho principalmente, sendo facilmente evitados caso os joelhos fiquem semi flexionados, o quadril encaixado, e o abdômen contraído durante a prática - lembrando de toda atividade física ter sido previamente autorizada por um médico e ser instruida por um profissional habilitado; verifique se sua professora possui habilitação (no Brasil, DRT).O mito de criar barriga se dá devido ao esforço repetitivo de " estufar a barriga " forçando o grupo muscular abdominal para fora, deixando o aspecto de grávida. No sentido inverso, também são utilizados movimentos de hipercontração abdominal seguido de um relaxamento. Dessa forma, a prática da dança do ventre funciona como um exercício abdominal, fortalecendo e definindo a musculatura da região do ventre.O intuito da dança do ventre não é o da sedução, sendo esta uma imagem errada e deturpada.Como principais benefícios físicos a dança do ventre, ou dança do oriente, oferece:Melhora da postura Melhora do sistema cardio-respiratório Fortalecimento da área abdominal, quadril e pernas Aumento da flexibilidade Perda de peso Como principais benefícios psicológicos, apresenta:Melhora da auto-estima Funciona como atividade relaxante Proporciona maior contato com a feminilidade
A dança da serpente é um ritual realizado pelas sociedades da serpente e do antílope dos índios hopi do norte da América. O ritual se realiza em várias partes, entre as quais se incluem o jejum, a preparação dos altares e quatro dias empregados na captura de 50 ou 60 serpentes. No décimo sexto dia do festival cada participante sustenta uma serpente entre os dentes enquanto dança. No dia seguinte da cerimônia as serpentes são devolvidas à natureza para que difundam a notícia de que os hopi vivem em harmonia com o mundo natural e espiritual.
Afoxé – Cortejo que sai pelas ruas de Salvador desde 1922. Acontece também em Fortaleza e no Rio de Janeiro. Os desfiles mais famosos ocorrem durante o carnaval da Bahia. Os participantes, na maioria negros, cantam em línguas africanas, acompanhados de atabaques, agogôs e cabaças. Por ter origem religiosa ligada ao candomblé, é conhecido como candomblé de rua. Um dos destaques é o grupo baiano Filhos de Gandhi .
Alexander Borodin foi um dos integrantes do grupo de compositores russos nacionalistas conhecidos como os Cinco. Sua obra é influenciada pelo folclore de seu país. As Danças de Polovetz pertencem à ópera O príncipe Ígor, obra completada por Nikolai Rimski-Korsakov e Alexander Glazunov, depois da morte de Borodin.
Argentina, La (dança) (1890-1936), nome profissional de Antonia Mercé, bailarina e coreógrafa hispano-argentina, que exerceu grande influência no renascimento da dança espanhola do século XX. Abandonou a Ópera de Madri, onde era primeira bailarina, para estudar danças regionais espanholas.
As festas e os ritos de mudança das estações estão na origem de qualquer religião e refletem nossa dependência da natureza. Nas festas da Antigüidade, sacrificavam-se os bens mais preciosos aos deuses. Hoje são um vestígio das que celebravam a vitória da vida sobre a morte, do bem sobre o mal e da fertilidade sobre a esterilidade.
Balé do teatro Bolshoi, uma das mais antigas e famosas companhias de balé russas. Originou-se em aulas que eram dadas em um orfanato de Moscou, em 1773. As atuações da companhia começaram em 1776 e, em 1825, quando Adam Gluszkowsky era o professor de dança, foi transferida para o teatro Bolshoi. Naquela época, a companhia tinha grande importância para o movimento nacionalista do teatro russo. Em 1878, Alexander Gorsky foi nomeado diretor. Ele desenvolveu o estilo Bolshoi, e a reputação que angariou com suas apresentações teatrais dramáticas perdura até hoje.
Balé do teatro Kirov, companhia de balé russa conhecida por suas apresentações de obras clássicas. A companhia data de 1738, quando Jean-Baptiste Lande fundou uma escola para os filhos dos servidores da aristocracia russa. Os professores eram geralmente estrangeiros, embora houvesse russas como Avdotia Istomina. Até 1840, as bailarinas russas eram preteridas pelas grandes românticas como Maria Taglioni e Fanny Elssler. Em 1935, a companhia recebeu o nome de Balé Kirov.
Balé Folclórico da Bahia, companhia de dança que obteve o prêmio Mambembe de 1996. É uma presença constante nos festivais internacionais, onde divulga a fascinante riqueza cultural eclética da região baiana. Dirigido por Watson Botelho, que teve sua formação artística na Fundação Cultural do Estado da Bahia, o BFB pesquisa não só as raízes culturais da região, mas também as danças populares regionais de todo o Brasil, com as quais enriquece seus espetáculos.
Balé Teatro Guaíra, companhia de dança fundada em Curitiba, Paraná, em 1969, é um dos mais importantes e bem estruturados grupos de dança do Brasil. Produto das contribuições de vários professores preocupados em ligar o balé com nossa cultura e nossas raízes, o Guaíra deu um passo à frente, com a contratação, em 1979, do coreógrafo português Carlos Trincheira, que remontou os grandes balés clássicos de repertório, como Giselle, Quebra-Nozes e Raymonda, em versões integrais. Junto à linguagem clássica, o grupo desenvolveu também a moderna, através de artistas convidados e da organização de workshops e conferências que mantêm o elenco em dia com os últimos conhecimentos nacionais e internacionais.
Balé, forma de dança teatral que se desenvolveu nas cortes italianas do Renascimento (1300-1600). A técnica do balé consiste em posições e movimentos estilizados, que foram sendo elaborados e codificados ao longo dos séculos, dentro de um sistema bem definido, embora flexível, chamado balé clássico ou dança acadêmica. A palavra balé aplica-se também aos grupos de dançarinos que o representam. Cada composição é acompanhada, quase sempre, mas não necessariamente, por música, cenário e figurino. Como os passo foram denominados e codificados pela primeira vez, na França, o francês é a linguagem internacional do balé. A técnica do balé fundamenta-se na rotação externa da pernas e dos pés. Compreende cinco posições de pés, específicas e numeradas, que constituem a base de quase todos os passos possíveis. Existem posições correspondentes para os braços mantidos, em geral, com os cotovelos em suave curvatura.O balé possui uma grande variedade de passos, inclusive os que exigem que os bailarinos, enquanto no ar, girem, batam as pernas ou os pés ao mesmo tempo, ou ainda que invertam a posição das pernas. O empenho em eliminar a força da gravidade culminou com a invenção da dança nas pontas dos pés, também chamada dança de pontas. Essa é uma modalidade de domínio quase que exclusivamente feminino, ainda que os homens possam utilizá-la ocasionalmente.São consideradas particularmente harmoniosas, no balé, certas conexões entre os braços, as pernas, a cabeça e o torso; enquanto que outras, embora perfeitamente aceitáveis em diferentes formas de dança, não são aceitas no balé.Os diversos sistemas existentes de preparação para o balé recebem o nome do país (Rússia, França) ou dos bailarinos e coreógrafos (o bailarino Enrico Cecchetti, o coreógrafo dinamarquês August Bournonville) que os desenvolveram. Esses sistemas diferem mais no estilo e na ênfase do que no ensino dos próprios movimentos. A coreografia de um balé pode ser realizada sobre uma música composta especialmente, ou sobre música já existente. Até o século XX, eram mais comuns as músicas expressamente compostas para o balé. Coreógrafos e compositores trabalhavam às vezes em estreita colaboração; outras vezes, mantinham pouco ou nenhum contato.O argumento de um balé tem o nome de libreto. Seu conteúdo narrativo pode ser escrito especialmente ou adaptado de um romance, um poema, uma peça teatral ou uma ópera. No entanto, existem balés sem conteúdo narrativo: são criações formais, interpretações musicais ou simples exaltações à dança pela dança.O cenário está sujeito à necessidade de guardar o máximo de espaço para a evolução da dança. O centro do palco é geralmente vazio. Muitos balés utilizam apenas um telão de fundo e peças laterais ou bastidores. Alguns balés modernos substituem os telões por projeções de diapositivos, filmes e iluminação especial. Outros confiam simplesmente na expressividade dos efeitos de luz proporcionados pela moderna iluminação de cena.O figurino dos primeiros balés compunha-se apenas de elegantes vestimentas da época. O tutu, saiote rodado em tecido transparente, popularizou-se com Maria Taglioni, no balé La Sylphide (A Sílfide, 1832), considerado o primeiro balé romântico. Com o correr do tempo, foi ficando cada vez mais curto, até se reduzir a um simples adereço típico de bailarina. O repertório de balé, atualmente, é bastante variado. Novos balés convivem com reapresentações e recriações de balés antigos, em montagens cheias de novidades introduzidas pelos coreógrafos, para diferentes companhias. Enquanto coreógrafos fazem experimentações com novos e tradicionais estilos e formas, os bailarinos procuram elevar o nível técnico e dramático da interpretação. As freqüentes viagens das companhias de balé permitem que platéias do mundo inteiro conheçam a amplitude do campo de atuação do balé atual.
Brejeiro- composta por Ernesto Nazareth, interpretada por Ailton Reiner (bandolim), Fred Menendez (cavaquinho) e outros, de Choros de Bahia (Cat.# Nimbus NI 5404) (c) ADDAF (p)1994 Nimbus Records Ltd. Todos os direitos reservados.
Bumba-meu-boi – Representação da vida, morte e ressurreição de um boi. Envolve personagens humanos, animais e fantásticos. Na maior parte do país, a festa acontece entre o Natal e o Dia de Reis (6 de janeiro). Tem origem no final do século XVIII, nos engenhos e nas fazendas de gado do Nordeste, e dissemina-se pelo país. O boi-de-mamão do litoral de Santa Catarina é uma versão do bumba. No Pará e no Amazonas, existe uma variação conhecida como boi-bumbá, festejada em junho. Em Parintins (AM) , durante três dias, dois blocos – o do boi Garantido (vermelho) e o do boi Caprichoso (azul) – disputam o título de melhor boi-bumbá. A comissão julgadora avalia as fantasias, os adereços, as coreografias e as músicas de cada desfile. A festa realiza-se no bumbódromo, um estádio com 35 mil lugares construído especialmente para o evento.
Carlota Portela, Companhia de Dança, grupo de dança contemporânea brasileiro. Bailarina e coreógrafa do Rio de Janeiro, Carlota iniciou seus estudos na área clássica e só mais tarde conheceu a jazz dance. Em 1981, começou seu trabalho independente, estreando com seu grupo Vacilou Dançou a coreografia do mesmo nome, cuja linguagem está ligada ao jazz. Depois de iniciar muitos bailarinos nesse gênero, em 1996 teve êxito retumbante com seu espetáculo Trix, em que três coreografias de estilos semelhantes (da própria Carlota Portela, de Henrique Rodovalho e de Tíndaro Silvano) se fundem numa só dança. A coreografia Pulsares, de Tíndaro Silvano, ao som de tambores, foi uma bem-sucedida experiência baseada nos ritmos profundos do corpo.
Charleston (dança), dança popular dos Estados Unidos, com música de ritmo sincopado, em compasso de ¹. Pode ser dançada em solo, em pares ou em grupo. Foi muito difundida na Europa depois da I Guerra Mundial.
Círio de Nazaré – Procissão realizada desde 1793, em Belém (PA), no segundo domingo de outubro. A devoção à Nossa Senhora de Nazaré, introduzida pelos jesuítas, foi reforçada por uma lenda que diz ter sido encontrada uma imagem milagrosa da santa, no século XVIII, no local em que hoje está a Basílica de Nazaré.
Cisne Negro, Companhia de Dança, grupo de dança contemporâneo brasileiro. Foi criado em 1977, em São Paulo, pela professora Hulda Bittencourt, bailarina de formação clássica (estudou com Maria Olenewa). O grupo tem suas raízes na educação física, o que lhe dá uma linguagem própria que, sem obedecer a uma escola definida, explora a liberdade de movimentos criada pelas coreografias. Com a união ao grupo do professor Edson Claro e a participação de coreógrafos nacionais e estrangeiros, a Companhia Cisne Negro desenvolveu uma brilhante trajetória internacional, apresentando-se em festivais no exterior que premiaram seus espetáculos bem concebidos.
Companhia de Dança do Palácio das Artes, grupo de dança brasileiro de Minas Gerais. Surgiu do curso e das mãos competentes de Carlos Leite, que foi primeiro bailarino do Teatro Municipal e do Balé da Juventude do Rio de Janeiro. Com base clássica, suas atividades tiveram início em 1970, mantendo-se sem interrupções. Em 1995, comemorou seus 25 anos de carreira apresentando uma recriação de Relâche, de Eric Satie, cuja primeira exibição, 20 anos antes, contou com cenários do pintor dadaístaFrancis Picabia e projeção simultânea do filme de René ClairEntr'acte.
Companhia Nós da Dança, grupo de dança brasileiro criado em 1981 pela bailarina e coreógrafa Regina Sauer, que estudou nos Estados Unidos nas escolas de Alvin Ailey e Martha Graham. Já no primeiro ano de atividades, a companhia obteve o primeiro lugar no I Encontro de Jazz Dance, mostrando um estilo caracterizado pela busca de novas linguagens através do gesto livre e da contemporaneidade. Em 1983, com uma nova linha de trabalho, conquistou novamente o primeiro lugar em dança moderna. Em constante renovação, comemorou os 15 anos da companhia com o espetáculo Insight, acrescentando ao seu estilo próprio muita energia e algumas acrobacias.
Congadas – Desfiles de negros comemoram a coroação de um rei do Congo no dia de São Benedito (26 de dezembro). São danças e cantos de origem africana e ibérica. As congadas mais conhecidas são as de Lapa (PR), as de alguns municípios de Santa Catarina e as das antigas regiões de ouro em Minas Gerais. Na Paraíba, descendentes de escravos fazem congadas em homenagem à padroeira dos negros, Nossa Senhora do Rosário, na primeira semana de outubro.
Dança do Sabre, dança ritual masculina com espadas, da qual existem quatro grandes variantes. As danças de combate com espadas (como as danças pírricas da antiga Grécia) eram utilizadas para treinamento militar. Na Turquia e nos Balcãs, encontram-se danças circulares de guerrilha.
Dança, movimentos corporais rítmicos, geralmente acompanhados de música, que seguem um padrão e funcionam como forma de comunicação ou expressão. A dança é a transformação de funções normais e expressões corriqueiras em movimentos fora do comum com propósitos extraordinários. A dança pode incluir um vocabulário pré-establecido de movimentos, como no balé e na dança folclórica européia, ou pode utilizar gestos simbólicos ou mímicos, como em inúmeras danças asiáticas. Pessoas de diferentes culturas dançam de maneira distinta por várias razões, e os diversos tipos de dança revelam muito sobre o modo como vivem.A dança pode ser recreativa, ritual ou artística. Pode contar uma história, servir a propósitos religiosos, políticos, econômicos e sociais; ou pode ser uma experiência agradável, excitante, de valor meramente estético.Existem dois tipos principais de dança: danças de participação coletiva, que não precisam de espectadores, e danças que são representadas, desenhadas para um público. As danças participativas incluem danças de trabalho, algumas formas de danças religiosas e danças recreativas, como as festas campestres e os bailes populares e sociais. Para que toda a comunidade possa participar, essas danças têm, geralmente, um esquema simples de passos muito repetitivos e fáceis de aprender. As danças representadas costumam ser executadas em templos, teatros, ou diante de uma corte real, como antigamente; os dançarinos, neste caso, são profissionais e sua dança pode ser considerada uma arte. Os movimentos tendem a ser relativamente difíceis e exigem treinamento especializado.
Dançarinas se apresentam em Pequim, China. Os gestos que fazem com as mãos têm um caráter simbólico relacionado à tradição da arte budista na China.
Danças africanas, danças praticadas pelos povos dos países do continente africano (subsaariano), dentro de um determinado contexto social ou religioso, para o entretenimento ou como forma de arte coreográfica.
Danças de Polovetz- em Mussorgsky, Borodin: Pictures at an Exhibition (Cat. # 8.550051) (p) 1987 Naxos of America, Inc. Todos os direitos reservados.
Deborah Colker, Companhia de Dança, grupo de dança contemporânea brasileiro. Bailarina e coreógrafa nascida no Rio de Janeiro em 1962, Deborah fundou sua companhia em 1994. Com formação eclética — foi jogadora de vôlei e estudante de música e psicologia—, introduziu no Brasil uma linguagem agressiva, influenciada pelos contemporâneos dos Estados Unidos, que mistura conceitos das artes marciais e dos esportes. Depois de trabalhar vários anos em coreografia teatral, alcançou o triunfo definitivo com o espetáculo Velox (1995), em que 11 bailarinos dançavam sobre uma parede cenográfica que se transformava em parte intrínseca do espetáculo. Segundo sua própria definição, seu estilo é “uma maneira sincera e ecumênica de praticar a arte da dança”.
Embora durante o renascimento tenha começado a surgir o fenômeno da profissionalização da dança, os bailes folclóricos perduraram em quase todas as sociedades. Esta gravura do século XVI, Dança na aldeia, de Daniel Hopfer, mostra um grupo de aldeões descansando de suas tarefas no campo.
Estas bailarinas indonésias dançam segundo o estilo tradicional, com os joelhos voltados para fora e girando continuamente as munhecas. Os movimentos dos braços são mais restritos nas mulheres que nos homens. Na dança tradicional indonésia a parte superior do corpo está associada com as forças do bem e a parte inferior, com as do mal. As bailarinas costumam usar belos e ornamentados vestidos.
Fandango – Festa em homenagem aos marujos que se realiza na época do Natal, no Norte e no Nordeste. Também tem o nome de marujada. Personagens vestidos de marinheiros cantam e dançam ao som de instrumentos de corda. No Sul, é festa típica de pescadores e caboclos do litoral paranaense. São cerca de 30 danças rurais regionais divididas em dois grupos: as batidas, exclusivas dos homens, marcadas por sapateado forte e barulhento; e as valsadas, ou bailadas, nas quais os casais arrastam os pés no chão.
Farra do boi – Festa de descendentes de açorianos, no litoral de Santa Catarina. Realiza-se nos períodos do Natal e da Páscoa. Os participantes cotizam-se para comprar um boi bravo, que é solto no meio da multidão. O animal é torturado e abatido para depois ser repartido entre os “sócios”. A partir da década de 80, grupos ecológicos fazem campanha contra o ritual por considerá-lo extremamente cruel com o animal.
Festa, conjunto de iniciativas realizadas por uma comunidade para comemorar algum acontecimento passado ou presente. Quando o fato que se comemora se relaciona com a ação salvadora de Deus (como na Páscoa ou no Natal), a festa é chamada cristã.
Festas da colheita, são consideradas as mais antigas festas conhecidas. Existem desde tempos pagãos, quando os homens agradeciam aos deuses a chegada das colheitas que garantiam alimento para o ano vindouro.
Festas juninas – Introduzidas por portugueses, para os quais o culto de São João, comemorado no dia 24 de junho, é um dos mais antigos e populares. Tradicionalmente, as festas iniciam-se a partir do dia 12 do mês de junho, véspera do dia de Santo Antônio, e vão até o final do mês, quando, no dia 29, se comemora o dia de São Pedro. As festas têm comidas típicas, como pé-de-moleque, pipoca, canjica, pinhão, bolo de fubá e quentão, fogos de artifício e dança de quadrilha.
Festas populares no Brasil Rituais populares de espírito lúdico que se realizam anualmente, em datas determinadas, em diversas regiões do país. Algumas têm origem religiosa, tanto católica como de cultos africanos, e outras são seculares, ligadas às tradições regionais ou nacionais.
Grupo Espaço de Dança do Amazonas, companhia de dança brasileira. Tem uma história que se remonta a 1970, com as aulas de dança de José Rezende, que teve sua formação clássica com Tatiana Leskova. Paralelamente, o primeiro grupo de dança contemporânea de Manaus, Dançavida, criado pelas bailarinas Conceição Souza, Marta Martí e Ida Vicenzia, se dissolveu, levando Conceição Souza à organização do Balé da Cidade, em 1986, que depois passaria a se chamar Grupo Espaço de Dança Amazonas (Gedam). Com elementos modernos marcados pela participação de professores ligados à educação física, a companhia teve freqüente participação na montagem de espetáculos teatrais e conta com o apoio da Universidade do Amazonas.
Habitantes de Mali, os dogones vestem máscaras e trajes cerimoniais (como o luto, por exemplo). Representando freqüentemente um personagem mitológico nascido da cosmogonia dos dogones, o próprio dançarino fabrica sua máscara, em cuja parte mais alta costuma inserir um símbolo, como a cruz de Lorena que vemos aqui.
House music Estilo musical criado especialmente para ser tocado e dançado em discotecas e clubes noturnos. Composta em estúdios de som com a ajuda de samplers – computadores programados para essa tarefa –, a house music é formada por trechos de melodias ou ritmos de outras canções, que são misturados a efeitos especiais e sons variados e gravados em longas faixas. Uma melodia fácil, ritmo marcado, letras e arranjos mais elaborados que os da dance music e a presença de metais ajudam a house a substituir a disco music e o funk eletrônico do início dos anos 80.
Índia, Danças clássicas da, consideradas uma das formas de arte mais desenvolvidas da cultura indiana. A enorme área geográfica do subcontinente indiano contém uma grande diversidade de terras, climas, povos, culturas e línguas, o que se reflete em seus muitos estilos de dança, do clássico e do folclórico ao contemporâneo.
INFLUÊNCIA DOS ESTILOS AFRICANOS FORA DO CONTINENTE A dança africana chegou à América através do comércio de escravos, sendo freqüentemente influenciada pelas danças dos europeus e de outros povos que chegaram à região. Tais danças incluem quadrilhas e cotilhões, que foram adaptadas das danças de salão européias. No Caribe e na África do Sul, a dança e a música (inseparáveis neste contexto) eram meios poderosos para a manutenção da identidade cultural dos escravos africanos. Por essa razão, seus proprietários tentaram muitas vezes suprimi-las, mas isso não foi possível, posto que qualquer coisa podia ser utilizada como instrumento de percussão — inclusive os pés e as mãos — e o ritmo conduzia irresistivelmente à dança.A dança ocupava um lugar de destaque nas celebrações matrimoniais, fúnebres (ver Ritos funerários) e natalícias, além de outras festividades. Alguns estilos estavam associados a práticas espirituais enraizadas nas regiões africanas, como o culto a Xangô — deus da tempestade dos iorubas da Nigéria, simbolizado pelo machado e pelo carneiro — e o vodu. O mesmo acontecia nas danças primitivas africanas: os bailes tinham a função de induzir ao transe em determinadas circunstâncias; os adoradores ficavam possuídos pelo espírito de Xangô, ou de outros deuses ou antepassados, através do frenesi da dança. Inclusive nas áreas nas quais foram suprimidas essas religiões e os negros se converteram às igrejas protestantes, as mesmas danças de grupo indutoras à possessão têm persistido, mas nestas mediante o espírito cristão. Essas danças são conhecidas como ring-shout (grito coletivo). O john canoe, uma dança natalícia na qual são usadas enormes máscaras e, algumas vezes, pernas de pau, pode ter suas origens na dança jonkunnu.
INFLUÊNCIAS Ao longo dos séculos, as danças da Índia sofreram diferentes influências, que exerceram grande impacto em seu desenvolvimento. Do século XII ao XVIII d.C., o império mongol floresceu e mais tarde decaiu nas regiões do norte. Sob o mecenato dos imperadores, as artes, especialmente a música e a pintura, foram estimuladas nas cortes. O kathak evoluiu da tradição dos contadores de contos à forma sutil e complexa de hoje. Com a chegada do império britânico, a dança, entre outras artes, sofreu um eclipse temporal, especialmente nos locais onde se estabeleceu o protetorado inglês. Devido à imposição da escolarização inglesa e dos valores vitorianos, a dança deixou de ser fomentada, especialmente entre a classe média. Gradualmente, caiu em desgraça e os devadasis foram expulsos dos templos.No entanto, na primeira metade do século XX, personalidades como Rabindranath Tagore, Rukmini Arundale e Uday Shankar lutaram incansavelmente para reviver a rica herança da dança clássica indiana. Essas pessoas realizaram um grande esforço para proporcionar maior relevo à dança e criaram as bases para o espetacular renascimento desta forma de arte depois que a Índia recuperou sua independência, em 1947. A partir de então, surgiu um número cada vez maior de bailarinos, professores, alunos e companhias de dança indiana, bem como escolas na Índia, Grã-Bretanha, América do Norte e Austrália.Da mesma forma que se tem dado continuidade às tradições folclóricas e à dança clássica, surgiram, nos últimos 50 anos, a dança contemporânea e a dança cinematográfica. Esta última transformou-se em uma forma popular de arte e coreógrafos como Mrinalini Sarabhai, Manjusri Chaki-Sircar, Chandralekha e Kumudini Lakhia desenvolveram uma nova linguagem, criando obras modernas baseadas na tradição clássica e, algumas vezes, em temas da atualidade.Na Grã-Bretanha, existe uma longa tradição de dança indiana. Uday Shankar trabalhou com Anna Pavlova na década de 1920. As excursões de Ram Gopal na década de 1950 continuaram com as realizadas pelas companhias britânicas a partir de 1970. Shobana Jeyasingh abriu um novo campo ao trabalhar com compositores e coreógrafos ocidentais, como Michael Nyman e Richard Alston, e com companhias de teatro e coreógrafos indianos contemporâneos, criando formas inovadoras e desafiantes para transmitir o classicismo indiano ao grande público.
Maracatu – Festa carnavalesca pernambucana de origem afro-brasileira. Como as congadas, inspira-se nas coroações de reis negros. Simulando um cortejo real, os blocos saem pelas ruas no carnaval divididos em “nações”, sinônimo popular para grandes grupos homogêneos.
Marilena Ansaldi, bailarina clássica brasileira, estudou por dois anos no balé Bolshoi, de Moscou. Em Paris, trabalhou como extra nos filmes A corrida do século, de Blake Edwards, e Lady L, de Peter Ustinov. Sozinha no palco, procura evitar os processos convencionais da criação e trabalha sem roteiro pré-fixado, de modo a permitir que, a cada apresentação, a cena se renove. Em 1975, recebeu o prêmio Molière por Isso ou aquilo, espetáculo dirigido por Iacov Hillei. Participou, entre outras, das montagens Escuta Zé (1977), dirigida por Celso Nunes, e Picasso e eu, em cujos roteiros há enxertos autobiográficos.
Na cerimônia tradicional da dança das armas, os homens iemenitas lembram a bravura dos guerreiros do deserto de outrora.
Notação (dança), registro escrito dos movimentos da dança. Em dois manuscritos catalães de 1468, aproximadamente, encontra-se um desses registros antigos, difíceis de interpretar, em que uma combinação de traços verticais e horizontais, além de sinais que lembram os algarismos 9 e 3, representam cinco passos específicos e indicam as direções do movimento. Um outro método, bem mais usual, pressupõe conhecimento de um vocabulário dos passos, que são indicados por suas iniciais.
O estilo house nasce em 1986 na cidade norte-americana de Detroit. DJ do clube Warehouse, Frankie Knuckles passa longo tempo diante de computadores e samplers fazendo experiências de mixagens com o objetivo de produzir um contagiante ritmo de dança. É chamado de “house music” em homenagem ao Warehouse, casa noturna onde trabalha seu criador. O primeiro sucesso do novo gênero é Jack your body, de Steve Hurley, em 1987. Na Inglaterra, o estilo chega primeiro à cidade de Sheffield, celeiro de bandas tecno-pop como a Heaven 17 e a Cabaret Voltaire. Em Sheffield, estoura nas paradas a música House Nation, do House Master Boyz. O M/A/R/R/S, o Royal House e o Black Riot são alguns dos grupos mais conhecidos de house.
O FOLCLORE As formas clássicas têm muitos pontos de união com a dança folclórica. Em todo o subcontinente indiano, existe uma imensa variedade de bailes folclóricos: danças sociais para celebrar ocasiões especiais como matrimônios, danças para mulheres e danças para homens. Os bailarinos dançam e cantam e o acompanhamento dos tambores é indispensável. Talvez as danças folclóricas mais conhecidas sejam as enérgicas e vigorosas bhangra do Punjab e o garba e o dandia ras (dança dos passos) de Gujarat.
O poema épico de que narra a história de Rama (O Ramayana) foi revelado, segundo a tradição, a um homem santo hindu chamado Valmiki pelo deus da criação Brama. Essa narração religiosa, que data aproximadamente do ano 4 d.C., tem diversas versões na Índia e no sudeste asiático. No Camboja, a história é narrada com música e dança e interpretada pelo Balé Real desde o século XVIII. Embora o relato épico também seja conhecido em povoados, onde é transmitido pela tradição oral ou dramatizado em teatros populares de marionetes, o balé era tradicionalmente uma arte cortesã apresentada em palácios ou em festivais principescos. A música do balé é interpretada pela orquestra pinpeat, constituída por xilofones tradicionais, metalofones, gongos horizontais, tambores e pratos.
O Quarup é um ritual em que os povos indígenas do Xingu tentam fazer com que os mortos se reincorporem em troncos enfeitados com seus pertences. Um dos pontos altos da festa é o confronto dos campeões locais na luta da huka-huka. Os lutadores se pintam e passam óleo no corpo, para dificultar os golpes do adversário. Em uma espécie de desfile que faz parte do ritual, os índios andam em fila indiana, cada um pisando exatamente sobre as pegadas do que vai à sua frente. O objetivo é enganar um suposto inimigo, fazendo-o supor que apenas um guerreiro teria passado por aquele lugar.
OS CLÁSSICOS A tradição clássica é uma forma de arte antiga e sofisticada que se estende ao longo de vários séculos. Tem sua origem nos templos e é executada pelos devadasis (bailarinos do templo). Os estilos clássicos estão relacionados com a mitologia, a filosofia, as crenças espirituais da cultura hindu e, em tempos mais recentes, com a tradição islâmica. Têm suas raízes no Natyasastra, o texto mais antigo que se conhece sobre dramaturgia, atribuído a Bharata, que na realidade atuou mais como pesquisador e compilador de trabalhos muito antigos do que como o inventor do gênero dramático. Segundo as hipóteses mais aceitas, o Natyasastra se situa dos séculos III a IV d.C.; esse tratado sânscrito define o drama como a conjunção da palavra, da mímica, da dança e da música e estabelece seus princípios técnicos e estéticos.Do século II ao VIII d.C., houve uma significativa diversificação. Gradualmente, a dança foi se dissociando do drama e nasceram os diferentes estilos clássicos, que refletiram as tradições particulares de cada região em que surgiram. No entanto, todos os estilos clássicos compartilham os elementos básicos do nritta (dança pura), do nritya (expressão) e do natya (elemento dramático).Dentro do natya, o abhinaya (expressão do conteúdo dramático através da pantomima e do gesto) adquire formas diferentes em cada estilo, sendo uns mais exagerados que outros. Os temas do abhinaya também variam, mas cada estilo afirma os ensinamentos do navarasa, os nove estados de ânimo ou sentimentos: o amor, o desprezo, o pesar, a ira, o medo, o valor, o desgosto, a admiração e a paz. Esses estados de ânimo encontram-se classificados no Natyasastra, onde também são descritos os meios de expressá-los através dos movimentos dos olhos, das sobrancelhas, do pescoço, das mãos e do corpo.Existem ainda duas categorias de movimentos que todos os ailarinos podem realizar independentemente de seu sexo: o tandava, aspecto masculino e vigoroso da dança, e o lasya, que representa o lado elegante e feminino. Todos os estilos são executados com os pés descalços, embora em alguns deles sejam utilizados os ghungroos (guizos nos tornozelos) para aumentar o ritmo dos passos. Os mudras (gestos com as mãos), os estilizados movimentos do rosto e dos olhos e os complexos esquemas rítmicos constituem outras características dessa dança.

Os mudras, ou gestos das mãos, das danças clássicas indianas são usados não apenas formalmente, para efeito estético, mas também como uma linguagem simbólica na dança narrativa. A figura mostra os 24 mudras do Mohiniattam; existem pequenas variações entre os mudras nos estilos do sul da Índia.
Os solistas Ailton Reiner (bandolim) e Fred Menendez (cavaquinho) interpretam Brejeiro, que o compositor Ernesto Nazareth se recusava a chamar de maxixe.
Peão de boiadeiro – Festas realizadas em cerca de 600 municípios em todo o país. A mais conhecida é a de Barretos, realizada pela primeira vez em 1956, em homenagem aos peões de boiadeiro. Eles demonstram suas habilidades dominando cavalos e bois bravios. Atualmente, a Festa de Barretos acontece no Estádio Rodeio – projetado por Oscar Niemeyer –, na segunda quinzena de agosto, e dura dez dias.
Pós-modernismo (dança), movimento que representou uma recusa às teorias e práticas do modernismo. Originalmente, é uma classificação cronológica associada ao trabalho específico de um grupo de vanguarda de coreógrafos, artistas visuais e músicos que apresentaram seus trabalhos na igreja Judson Memorial, em Greenwich Village, Nova York, entre 1962 e 1964.O Judson Dance Theater nasceu do trabalho realizado pelo músico Robert Dunn para uma classe de coreografia, nos estudos de Merce Cunningham, de 1960 e 1962. Esses artistas revisaram a natureza da dança, questionando todos os aspectos da execução e da representação do trabalho coreográfico. Desde sua primeira atuação, em julho de 1962, o grupo refletiu as preocupações que estavam presentes no mundo da arte. Foram particularmente influenciados pelas teorias filosóficas do existencialismo, do budismo zen e da fenomenologia.Os integrantes do Judson Dance Theater recusaram os sistemas formais de codificação dos movimentos, bem como a linguagem corporal especializada que estes requeriam. Os trabalhos do grupo se centravam na dança como tema único e na pureza do movimento.Ivonne Rainier foi um destacado membro do Judson Dance Theater e autora, em 1965, de um de seus mais famosos manifestos, definido pela escritora Sally Banes como a “estética da negação”. A intenção de Rainier era desmistificar e objetivar a dança, descartando dela todo o supérfluo. Deu uma expressão concreta a esse minimalismo em sua obra Trio A (1966). Outros membros eminentes do Judson Dance Theater foram Trisha Brown, Lucinda Childs, David Gordon, Deborah Hay e Steve Paxton. De uma forma geral, o termo pós-moderno, em dança, se aplica também ao trabalho de artistas da Europa e dos Estados influenciados pelas criações do grupo que originou o movimento.
Quasar Companhia de Dança, grupo de dança contemporânea brasileiro, fundado em Goiânia em 1988. Tem direção geral de Vera Bicalho e direção artística e coreografias de Henrique Rodavalho, cuja formação reúne elementos do teatro, da mímica e da educação física. Com apoio da Universidade Federal de Goiás desde 1994, alterna sua participação em festivais internacionais como o de Tel Aviv, em 1996, e em eventos nacionais como o Carlton Dance Festival. A provocante linguagem do grupo tem como base a energia corporal e seu perfeito controle, até os limites estabelecidos pela física. Seus seis bailarinos desafiam esses limites constantemente, através de um trabalho de expansão muscular que se traduz em verdadeiras explosões de movimento.
Reamker- de Cambodia: Music of the Ramayana (Cat. # C 560015) (p) 1990 Ocora-Radio France. Todos os direitos reservados.
REGIONALISMOS Embora tenham desenvolvido técnica própria e apresentações distintas, as variantes regionais mantêm as mesmas regras básicas e normas que aparecem no Natyasastra. Existem diferenças de estilo que dão qualidade peculiar a cada uma. As principais variedades são:Bharata natyam: desenvolvida nos templos de Tamil Nadu, no sul da Índia. Contém um estimulante fluxo de percussão. O espaço e o movimento são percebidos ao longo de precisas linhas geométricas, acentuados por um frágil trabalho de pés.Kathak: tem sua origem nos contos tradicionais do norte da Índia. Mais tarde, floresceu nas cortes hindu e mongol, onde se transformou na sutil e sofisticada forma de hoje. O estilo é caracterizado pelo complexo trabalho dos pés e os giros rápidos do corpo.Odissi: provém do leste da Índia. Suas líricas e fluidas linhas são pontuadas por pausas, nas quais os bailarinos adotam poses esculturais, representações essas que podem ser vistas nas paredes de alguns templos.Manipuri: é um estilo elegante e suave que provém de Manipur, no noroeste da Índia. Os bailarinos dão pequenos passos e saltos e as mulheres vestem rígidas e longas saias. As lendas sobre Krishna são os temas desenvolvidos nas atuações.Kathakali: surgido em Kerala, no sudoeste da Índia. Este estilo vigoroso e dramático está relacionado com as tradições das artes marciais. Utiliza mímica, maquiagem e vestuário estilizados para representar os personagens dos mitos e lendas.Mohini Attam: também surgiu em Kerala. As mulheres dançam vestidas de branco e dourado. É uma mistura do bharata natyam e do kathakali com doses de danças folclóricas locais, em particular o kaikottikali.Kuchipudi: recebe seu nome do povo de Kuchipudi, no estado meridional de Andhra Pradesh. Tem muitos elementos comuns com o bharata natyam e é vibrante e intensa. É composta por bailes individuais e danças dramáticas.
Renascimento (dança), dança desenvolvida e executada na Europa no período histórico conhecido como Renascimento. Era influenciada pela atmosfera do renascimento italiano. Os mestres de dança seguiam a pauta marcada pelos artistas criadores das danças, que eram caracterizadas, principalmente, pelos elaborados esquemas de marcações espaciais. O número de bailarinos era, por isso, limitado; desapareceram as danças em filas e círculos, tão comuns na Idade Média. Havia duas danças, basicamente, na Itália do século XV: a bassa dança, uma derivação de uma dança cortesã medieval de par, em compasso ½, para dois o três bailarinos, e o ballo, uma com mistura de ritmos que incorpora às vezes elementos da mímica. Os cuatro ritmos básicos eram a bassa dança (½), o saltarello (µ), a guadernaria (¹) e a piva (¬).Na França e na Inglaterra, durante a segunda metade do século XVI, as danças mais populares continuaram sendo processionais. O sarau na corte começava com a majestosa pavana, seguida freqüentemente da galharda, na qual o homem demonstrava suas habilidades técnicas e dama o imitava, com passos mais simples e delicados. Nessa época, mal se fazia diferença entre dança teatral e dança de salão. Muitas das espetaculares mascaradas que se realizavam nas cortes européias tinham coreografias especialmente criadas, em que eram utilizados os passos e os ritmos mais comuns dos salões de baile.
Um ano depois de fazer sucesso, o estilo começa a gerar filhotes: acid house, acid jazz, acid ska, garage e deep house. O mais duradouro é o deep house, que usa principalmente gravações de cantoras de soul, chamadas de divas, como base para suas composições marcadas pelo vocal. Destacam-se no deep house as cantoras Adeva, Chrystal Waters, Kynn Mazelle, Ce Ce Peniston, Caron Wheeler e Des’reé, que faz sucesso no Brasil em 1995 com a música You Gotta Be.
VARIEDADES DE DANÇA NA ÁFRICA As variedades de estilos e tradições da dança por todo o território subsaariano da África são tão numerosas quanto os grupos sociais existentes nos países do continente, tanto urbanos como rurais. Entretanto, podemos observar alguns aspectos comuns, como o importante papel da dança como veículo de expressão ou de comunicação social ou espiritual. Na África, o bailarino, mais do que um intérprete, é um professor, um historiador, um porta-voz, um sacerdote, um médium espiritual, um curandeiro e um contador de histórias.As danças vão desde as formas antigas que se referiam, por exemplo, à fertilidade, à caça, aos ritos de iniciação e crescimento e às colheitas até formas mais modernas, que foram mudando em resposta às novas condições — neste caso, inclui-se a dança sul-africana gum boot, inventada pelos mineiros negros, que usavam suas botas de borracha como instrumentos enquanto dançavam durante o sistema do apartheid, que proibia a execução de música. Na sociedade urbana, outras formas artísticas evoluíram, trazendo novos estilos musicais africanos, como o highlife e o jiti (ver Música africana).Como parte de um ritual espiritual, a dança pode ser considerada uma forma simbólica de comunicação com os poderes naturais ou um movimento indutor ao transe, que coloca o bailarino em condições de ascender diretamente ao mundo dos espíritos. Em determinadas danças de máscara, o bailarino assume por um tempo a identidade de um deus ou de um poderoso espírito ancestral. Em muitas sociedades rurais de perfil tradicional, as danças coletivas assinalam rituais de iniciação como a chegada da idade em que os jovens competem entre eles dentro da dança como parte de sua entrada na maturidade (ver Ritos de passagem).Freqüentemente, as danças africanas adquirem um forte caráter narrativo, que pode ter evoluído a partir do costume dos caçadores de contar histórias de suas aventuras para os demais membros da comunidade. A coreografia narrativa pode referir-se a mitos da criação, relatar histórias morais ou simplesmente entreter e divertir, mas a dança também é praticada como uma atividade puramente estética. Muitas universidades africanas criaram departamentos de arte que, ao mesmo tempo em que asseguram a manutenção das formas tradicionais, fomentam o desenvolvimento da dança coreografada, apresentada tanto na África como no resto da mundo.
Ventre, Dança do, dança para solista proveniente do norte da África, do Oriente Médio e das áreas balcânicas de influência turca. Caracteriza-se por movimentos ondulantes do abdme e dos quadris, associados a elegantes movimentos de braços.

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