quinta-feira, 10 de maio de 2012

ARTE E CULTURA AFRICANA

Apesar de, segundo as descobertas mais recentes de fósseis de hominídeos, a África poder ter sido o “berço da humanidade”, donde a espécie Homo sapiens se espalhou pelo mundo e de contar com uma das civilizações mais antigas do mundo – o antigo Egipto -, este continente foi desde a Antiguidade alvo de governantes de vários países, sobretudo os da Europa. As intempéries do passado e as disputas locais deixaram marcas que persistem até hoje no seio das populações de várias nações africanas.

12 comentários:

  1. A história da colonização de África encontra-se documentada desde que os fenícios começaram a estabelecer colónias na costa africana do Mediterrâneo, por volta do século X a.C.. Seguiram-se os gregos, entre os séculos século VI a.C. e século III a.C., os romanos no século II a.C., os vândalos, que tomaram algumas colónias romanas já no século V da nossa era, seguidos pelo império bizantino, no século seguinte, os árabes, no século VII e, finalmente, estados modernos da Europa, a partir do século XIV.
    A colonização árabe Só com a colonização dos Árabes que ocorreu a escrita e um idioma claro do povo Norte-Africano, pois poucos tinham conhecimento de línguas estrangeiras anteriores, ou seja, do Latim (Idioma de Roma) e/ou do Grego (do Império Bizantino). E que dominou todas as terras que são os actuais Saara e outras regiões, como o Oriente Médio.
    A colonização portuguesa A colonização portuguesa de África foi o resultado dos descobrimentos e começou com a ocupação das Ilhas Canárias ainda no princípio do século XIV. A primeira ocupação violenta dos portugueses em África foi a conquista de Ceuta em 1415. Mas a verdadeira "descoberta" de África iniciou-se um pouco mais tarde, mas ainda no século XV. Em 1444, Dinis Dias descobre Cabo Verde e segue-se a ocupação das ilhas ainda no século XV, povoamento este que se prolongou até ao século XIX. Durante a segunda metade do século XV os portugueses foram estabelecendo feitorias nos portos do litoral oeste africano. No virar do século, Bartolomeu Dias dobrou o Cabo da Boa Esperança, abrindo as portas para a colonização da costa oriental da África pelos europeus. A partir de meados do século XVI, os ingleses, os franceses e os holandeses expulsam os portugueses das melhores zonas costeiras para o comércio de escravos. Portugal e Espanha conservam antigas colônias. Os portugueses continuam com Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Angola e Moçambique.
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  2. A África é o segundo continente mais populoso da Terra (atrás da Ásia) e o segundo continente mais extenso (atrás da Ásia). Cinco dos países de África foram colónias portuguesas e usam o português como língua oficial: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe; em Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe são ainda falados crioulos de base portuguesa.
    História
    A África é um território banhado pelo Oceano Atlântico, pelo Mar Mediterrâneo e pelo Oceano Índico, onde provavelmente surgiram os primeiros seres humanos. Os mais antigos fósseis de hominídeos foram encontrados na África e têm cerca de cinco milhões de anos.
    O Egito foi provavelmente o primeiro estado a constituir-se na África, há cerca de 5000 anos, mas muitos outros reinos ou cidades-estado foram sucedendo-se neste continente, ao longo dos séculos. Além disso, a África foi, desde a antiguidade, procurada por povos de outros continentes, que buscavam as suas riquezas como sal e ouro. A atual divisão territorial da África, no entanto, é muito recente – de meados do século XX – e resultou da descolonização européia.
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  3. Subdivisões
    Abaixo indicam-se as principais regiões da África e os países que as compõem.

    África Meridional
    África do Sul
    Angola
    Botswana
    Comores
    Lesoto
    Madagáscar
    Malawi
    Maurícia
    Moçambique
    Namíbia
    Suazilândia
    Zâmbia
    Zimbabwe

    África Central
    República Centro-Africana
    República Democrática do Congo
    Chade
    Congo
    África Ocidental
    Benin
    Burkina Faso
    Cabo Verde
    Camarões
    Costa do Marfim
    Gabão
    Gâmbia
    Gana
    Guiné
    Guiné-Bissau
    Guiné Equatorial
    Libéria
    Mali
    Mauritânia
    Níger
    Nigéria
    Senegal
    Serra Leoa
    São Tomé e Príncipe
    Togo
    África Setentrional
    Argélia
    Egito
    Líbia
    Marrocos
    Saara Ocidental
    Sudão
    Tunísia

    África Oriental
    Burundi
    Djibouti
    Eritreia
    Etiópia
    Quénia
    Ruanda
    Seychelles
    Somália
    Tanzânia
    Uganda
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  4. A África é o continente mais pobre do mundo, onde estão quase 2/3 dos portadores do vírus HIV do planeta, a continuidade dos conflitos armados, o avanço de epidemias e o agravamento da miséria, levam esta região quase ao caos total. Milhões de habitantes da África vivem com menos de 1 dólar ao dia, abaixo do nível da pobreza definido pelo Banco Mundial.
    Demografia: A população da África distribuída em 54 países População urbana: 289.964.000 (37%) População rural: 493.731.000 (63%) Analfabetismo: 40,3% (2000)
    Religiões principais: Muçulmanos (310,5 milhões - 39,6%) Católicos romanos (117,2 milhões - 14,9%)
    Maiores cidades africanas: Lagos, na Nigéria (13,4 milhões) Cairo, no Egito (10,6 milhões)
    Lista de animais que vivem na África
    Avestruz Chacal Chimpanzé Dromedário Elefante Girafa Gorila Hiena Hipopótamo Leão Leopardo Rinoceronte Zebra
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  5. O povo Bérbere Os bérberes eram povos nômades do deserto do Saara. Este povo enfrentava as tempestades de areia e a falta de água, para atravessar com suas caravanas este território, fazendo comércio. Costumavam comercializar diversos produtos, tais como : objetos de ouro e cobre, sal, artesanato, temperos, vidro, plumas, pedras preciosas etc.
    Costumavam parar nos oásis para obter água, sombra e descansar. Utilizavam o camelo como principal meio de transporte, graças a resistência deste animal e de sua adaptação ao meio desértico.
    Durante as viagens, os bérberes levavam e traziam informações e aspectos culturais. Logo, eles foram de extrema importância para a troca cultural que ocorreu no norte do continente.
    Os bantos Este povo habitava o noroeste do continente, onde atualmente são os países Nigéria, Mali, Mauritânia e Camarões. Ao contrário dos bérberes, os bantos eram agricultores. Viviam também da caça e da pesca.
    Conheciam a metalurgia, fato que deu grande vantagem a este povo na conquista de povos vizinhos. Chegaram a formar um grande reino ( reino do Congo ) que dominava grande parte do noroeste do continente.
    Viviam em aldeias que era comandada por um chefe. O rei banto, também conhecido como manicongo, cobrava impostos em forma de mercadorias e alimentos de todas as tribos que formavam seu reino.
    O manicongo gastava parte do que arrecadava com os impostos para manter um exército particular, que garantia sua proteção, e funcionários reais. Os habitantes do reino acreditavam que o maniconco possuía poderes sagrados e que influenciava nas colheitas, guerras e saúde do povo.
    Os soninkés e o Império de Gana Os soninkés habitavam a região ao sul do deserto do Saara. Este povo estava organizado em tribos que constituíam um grande império. Este império era comandado por reis conhecidos como caia-maga. Viviam da criação de animais, da agricultura e da pesca. Habitavam uma região com grandes reservas de ouro. Extraíam o ouro para trocar por outros produtos com os povos do deserto (bérberes). A região de Gana, tornou-se com o tempo, uma área de intenso comércio. Os habitantes do império deviam pagar impostos para a nobreza, que era formada pelo caia-maga, seus parentes e amigos. Um exército poderoso fazia a proteção das terras e do comércio que era praticado na região. Além de pagar impostos, as aldeias deviam contribuir com soldados e lavradores, que trabalhavam nas terras da nobreza.
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  6. Arte africana - A pintura é empregada na decoração das paredes dos palácios reais, celeiros, das choupas sagradas. Seus motivos, muito variados, vão desde formas essencialmente geométricas até a reprodução de cenas de caça e guerra. Serve também para o acabamento das máscaras e para os adornos corporais (ENFEITES). A mais importante manifestação da arte africana é, porém, a escultura. A madeira é um dos materiais preferidos. Ao trabalhá-la, o escultor associa outras técnicas (cestaria, pintura, colagem de tecidos)
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  7. As máscaras Africanas - As "máscaras" são as formas mais conhecidas da plástica africana. Constituem síntese de elementos simbólicos mais variados se convertendo em expressões de vontade criadora do africano; foram os objetos que mais impressionaram os povos europeus desde as primeiras exposições em museus do Velho Mundo, através de milhares de peças saqueadas do patrimônio cultural da África, embora sem reconhecimento de seu significado simbólico. A máscara transforma o corpo do (bailarino chamado de ODANÇA) que conserva sua individualidade e, servindo-se dele como se fosse um suporte vivo e animado, encarna a outro ser; gênio, animal mítico que é representando assim momentaneamente. Uma máscara é um ser que protege quem a carrega. Está destinada a captar a força vital que escapa de um ser humano ou de um animal, no momento de sua morte. A energia captada na máscara é controlada e posteriormente redistribuída em benefício da coletividade. Como exemplo dessas máscaras destacamos as Epa e as Gueledeé.
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  8. Arte e religião - As civilizações africanas tem uma visão holística (CÓSMICA) e simbólica da vida. Cada individuo é parte de um todo, ligados, todos em função do cosmos em uma eterna busca pela harmonia e de equilíbrio. Outro conceito fundamental na filosofia da existência africana é a importância do grupo, para que a comunidade viva, cada fiel deve participar seguindo o papel que lhe pertence a nível espiritual e terreno.
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  9. AS Principais Religiões SÃO:
    Candomblé - O candomblé diferentemente da umbanda, se mantém bem mais fiel e menos modernizada, conservando antigos ritos, como o sacrifício de galinhas e bodes. É praticado pelas Américas, mantendo muitas de suas características ancestrais. Cada Orixá é regido por um tipo de canto, saudação e batida de atabaque. Modificam–se, igualmente, as roupas, as danças e as oferendas. Geralmente, a incorporação é feita por um médium experiente, mas pessoas sem contato com a religião podem receber seus santos, afirmam especialistas. O orixá maior é oxala dentre todos os deuses do Candomblé. Há os sacerdotes que usam os animais para sacrificio, outros tocam o tambor ou preparam a comida, podem ascender espiritualmente e abrir seu próprio centro de candomblé no futuro. A iniciação varia. Em tese, o próprio orixá indica atos como: abstinência sexual, raspagem dos cabelos e roupas brancas etc. Os dialetos nagô e yorubá são mantidos, embora haja letras em português. Não a sincretismos com santos católicos, exemplo: Yansa é Yansa e pronto na (umbanda Yansa é Santa Bárbara). O estado de maior afluência do candomblé é a Bahia.
    Umbanda - A umbanda engloba em si elementos Kardecistas (ALAN KARDEC = ESPÍRITA), como a reencarnação, e as rezas do catolicismo, além da cultura indígena, oriental e africana. São feitos por cablocos, negros velhos, índios, ciganos, crianças, espíritos do mar, terra, ar etc. A umbanda tem uma forte ligação com o sincretismo dos Santos Católicos. O líder do terreiro é o Pai ou Mãe de Santo e seus seguidores são os filhos de Santo. Toda a cerimônia umbandista tem inicio com o defumador (FUMAÇA) em todo o local, para a seguir com os hinos, chamados de pontos, no intuito de fazer baixar o santo. Alguns terreiros sacrificam animais, mas a maioria dos terreiros estão acabando com está pratica de dar sangue aos seus orixás; ritual adivindo (PROVENIENTE = VINDO = ORIGINADO) do Candomblé. Geralmente os orixás não são incorporados e sim seus falangeiros (REPRESENTANTES DOS ORIXÁS), mas caso seja necessário chamam-se os Orixás.
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  10. Os guias, cablocos, exus: O Exu bebe cachaça, a criança bebe guaraná ou [garapa de açúcar], pomba gira bebe cerveja, etc. Os orixás não falam geralmente e sim usam seu grito de guerra. Estes seres voltaram à Aruanda, mas deixaram suas energias positivas vinculada às forças naturais Segundo a crença mais comum, cada ser humano tem seu próprio exu, seu próprio orixá de cabeça (principal) e o segundo Orixá.
    Dança RELIGIOSA Africana - A repetição do padrão-musical (BATIDAS REPETIDAS COM FORÇA) manifesta a energia que os fieis estão invocando. A repetição dos movimentos produz o efeito de transe que leva ao encontro com a divindade, muito usado em rituais. O mesmo ato ou gesto é praticado num número infinito de vezes. Nas danças africanas o contato contínuo dos pés nus com a terra é fundamental para absorver as energias que deste lugar se propagam e para enfatizar a vida que tem que ser vivida agora e neste lugar, ao contrario das danças ocidentais performadas sobre as pontas a testemunhar a vontade de deixar este mundo para alcançar um outro.
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  11. Esculturas - Esculturas em Marfim - A produção das esculturas em marfim ocorreu em larga escala, porém nos últimos tempos, devido à proibição da caça aos elefantes pelo risco da extinção da espécie, ou ainda a intervenção das ONGs que se ocupam da preservação do meio ambiente (fauna e flora), houve uma falta do material e uma diminuição da produção. Antigamente faziam peças pequenas para serem usadas como proteção, braceletes, pequenas figuras de animais especialmente leopardos. Também existiam esculturas em madeira com marfim incrustado. Em menor quantidade estão os objetos esculpidos em pedra dura.
    Esculturas em madeira - A escultura em madeira é a fabricação de múltiplas figuras que servem de atributo às divindades, podendo ser cabeças de animais, figuras alusivas a acontecimentos, fatos circunstanciais pessoais que o homem coloca frente às forças. Existem também objetos que denotam poder, como insígnias, espadas e lanças com ricas esculturas em madeira recoberta por lâminas de ouro sempre denotando um motivo alusivo à figura dos dignatários. Os utensílios de uso cotidiano, portas e portais para suas casas, cadeiras e utensílios diversos sempre repetindo os mesmo desenhos estilísticos.
    Esculturas em outros materiais - Além das esculturas em madeira existem os objetos confeccionados com fragmentos de vidro das mais variadas cores, colocados em gorros, possuindo uma gama de figuras humanas e de animais, feitas com fio de algodão que passam por todo o tecido, colocados sempre em combinação vertical. As pedras podem ser alternadas por cauris, canudilhos metálicos ou de seda e algodão. Os tecidos são lisos ou estampados, os bordados são rebordados com linhas e com pedras de vidro. Confeccionam roupas longas e gorros. A inventividade do bordado com pedras de vidro está muito espalhada nas populações da República da Nigéria. Os suportes para abanos, crinas e rabos de animais, também decoram com pedras de vidro, canudilhos e cauris. Os tecidos e o vestuário chegaram a um desenvolvimento plástico considerável em zona de sultura urbana, assimilando muitos elementos da indumentária islâmica e outros introduzidos pelos europeus colonialistas. O tear horizontal, permitiu a confecção variada de tiras que posteriormente se juntam longitudinalmente para formar tecidos maiores. Deste tipo de confecção o mais característico é o chamado Kente, entre os Ashanti. Ainda entre estes tecidos está o estampado chamado Denkira, com figuras diferentes que se combinam para estruturarr um desenho ou determinar um motivo fundamental. Os desenhos são imersos em uma tintura vegetal e impressos em tecido branco estendido em uma almofada.
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  12. Materiais Usados
    Ferro - O ferro é ultilizado à partir de uma prancha fundida mediante pressão e calor. São confeccionados muitos atributos em várias formas pelos Abomei, de quem é a imagem da entidade Gu, dono do ferro representado por uma figura antropomorfa. Com a mesma técnica são encontrados vários atributos a variadas entidades e também vários instrumentos musicais.
    Bronze - A fundição do bronze na cidade Iorubá de Ifé e logo após Benin, se transformou a expressão mais desenvolvida da plástica tradicional africana, influindo e criando múltiplas variantes de fundição do bronze em outros pontos desta região. Em 1300 o soberano de Ifé, a cidade sacralizada, enviou um de seus descendentes ao reino de Benin para conhecer suas técnicas e aplicá-las em seu regresso, o estilo da arte em bronze do Benin é um testemunho das relações estreitas entre os dois reinos, mas os Ioruba, os superaram, na técnica e na delicadeza de sua arte. O bronze de Ifé parte de um estilo de modelação como a terracota. Seus antecedentes têm sido encontrados nas terracotas de Nok. Nestas, os detalhes da figura humana estão um pouco resumidos, destacando algumas marcas regionais, e nisto, assim como nas proporções gerais, diferem das de Ifé, nas que se percebe a procura dos modelos anatômicos, como se fossem retratos, dentro de um tamanho menor. As cabeças de bronze apresentam variedades de caracteres faciais, presos em detalhes sutis que permitem apreciar diferentes expressões nos rostos e até incluem algumas deformações anatômicas.
    Influência africana - No dia 28 de Outubro de 1846, o Presidente da República Joaquin Suárez, aboliu a escravidão no Uruguai num processo que começou em 1825. Com a abolição da escravatura, os rituais de dança africanos foram descritos em alguns documentos em Montevideo e no campo, que ficaram conhecidos como Tangós.
    O tango se desenvolveu simultanemente em Montevideo e em Buenos Aires. Traicionalmente considera-se uma criação de imigrantes italianos e espanhóis, os conhecedores opinam que a dança e a música africana influenciaram profundamente a música e os movimentos da dança que se associam com o tango.
    Picasso e a África - Pablo Picasso (1881-1973), mesmo nunca tendo ido a África, produzia obras com máscaras e estátuas que ele tinha com ele enquanto trabalhava. Picasso dizia que o "vírus" da arte africana o tinha contagiado.
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